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ÁGUASDOLUSO

BURRIQUEIROS,OS QUE TOCAM OS BURROS...

ÁGUASDOLUSO

BURRIQUEIROS,OS QUE TOCAM OS BURROS...

13
Out20

MIRALINDA

Peter

miralinda.JPGCasa construída pelo nativo e conterrâneo José Troncho de Melo, médico,provavelmente até pelo pai Manuel Troncho de Melo, nos princípios do séc. XX, está nos dias de hoje em lamentável ruína, sem donos e sem futuro. Diríamos que está em decomposição, apesar de estar situada no centro do Luso, a dois passos de tudo e abandonada por todas as forças políticas , quer da  autarquia cãmara, quer da freguesia.

José Troncho de Melo, nasceu no Luso filho de lavradores com grande folha de bens. Formou-se em medicina na universidade de Coimbra e exerceu em Lisboa, no Luso e no mar, a bordo de paquetes  que faziam as viagens transatlânticas entre a Europa e a América latina. Médico, estudioso, um pouco de cientista, escreveu vários livros. Entre eles Luso-Bussaco Estação de Repouso, Buçaco e seus Horizontes ou Leonor de Lencastre. Na sua época,teve a sua Vida, teve uma  Obra, depois  foi esquecido pela terra que o viu nascer. Foi um homem de carácter , impulsivo, dinâmico , que não esqueceu o seu lugar no mundo que era o seu. Fez conferências em Portugal e Brasil, onde conviveu e colaborou com a comunidade portuguesa e com a família de Melo Pimenta, originária do Luso. Foi presidente da Câmara do seu concelho. Homem ativo e controverso no bom sentido, passava muitos dias nas suas propriedades e fazia prospeção de água, abrindo numerosos poços nos seus terrenos,  no entanto, sem grande êxito na busca,  chegou á conclusão por experiência própria que a vertente oeste da serra do Bussaco é parca de água. Muitos desses poços ainda subsistem nos seus pequenos caudais ou simplesmente choros de água que sobrevivem.  Por ser ativo, participante e polémico, os conterrâneos obsequiaram-no com a alcunha de Ciclone, numa época em que poucos passavam sem um apelido extra, uma alcunha adaptada a um jeito ou um feitio.

A Miralinda foi vendida em meados da séc. XX ao industrial de azeites Correia da Silva, quando construiu em Stª Eufémia uma fábrica de extração de azeites por processos quimicos. Depois de a recuperar e modernizar, este industrial do Porto ali viveu alguns anos com a família.  Depois de moradia familiar, passou a Casa do Povo e finalmente a posto médico da segurança social. Hoje, esta casa está abandonada , entregue á sua própria ruina.

miralinda1.jpg

Por volta da viragem do século,  a segurança social  retirou-se do edficio, que ficou então entregue á última direção eleita ,como propriedade sem dono. Se tivesse sido entregue á Câmara Municipal, poderia ter sido recuperada com apoio da comunidade europeia, direcionada para biblioteca publica, museu de hotelaria ou outro destino consentâneo com necessidades da terra, no entanto, não se conseguindo esclarecer a situação o desleixo e a incuria tomaram conta do bem até aos dias que correm . A vila, além de não ter poder próprio, também passa  pela  falta de iniciativa dos naturais  para lutar por estruturas próprias.  Um museu de hotelaria ou um monumento dedicado aos homens ,estruturas de entretenimento capazes de criar desafios e atrair o turista,  uma entrada na Venda Nova espaçosa e digna , onde a água tenha um lugar de eleição, lutar pela construção da barragem  projectada para o Vale de Ribeira, uma bacia liquida necessária para apoio à floresta e aos fogos, mas também ao turismo, uma  funivia entre o Luso, o Bussaco e a Cruz Alta, uma pista de squi alpino numa encosta da serra, usando materiais modernos que substituem a neve com êxito, como existe Europa fora, uma praia fluvial nas margens do lago que hoje não tem uma utilização que se dirija á industria da terra , turismo e alojamentos. De facto , o Luso habituou-se a ter tudo feito e hoje, quando a crise se instala e fica, não há outras respostas para atrair e fixar o visitante, quando até as falhas do contrato de concessão das termas não se faz  cumprir, algo que é degradante para nós , enquanto portugueses.Os seiscentos euros anuais pela concessão da mina de água termal, foram substituidos pelo nada que fica na vila, pela mudança do engarrafamento da água de Luso , pelo fecho e transferência da sede da empresa para Lisboa e pelo, uma dádiva perversa da comunidade europeia que permite o roubo da riqueza por outros membros da união. pagamento dos impostos na Polónia.

Depois, enquanto existirem cavacos que vendem os bens públicos ao capital estrangeiro, Tap,Cimpor, Galp, CTT, EDP, Central de Cervejas e até a água de Luso e socraticos que dolorosamente nos fazem pagar  as dividas  até às gerações dos nossos netos e bisnetos, mediante contratos faraónicos que fizeram  em favor  de compadres e familias,  e com lucros não sabemos para quem, não existem formas de sair desta agonia que já tem barbas e séculos. Um Portugal no mesmo lodo   da injustiça e duma democracia que tem imperadores no topo dos partidos.

Hoje, o imóvel da Miralinda, como outros palacetes valiosos existentes, vai processando a sua ruína  perante um  poder abúlico, cego, inerte, onde a incuria e a noção do património e das irresponsabilidade que cai sobre os  que se candidatam aos lugares politicos, se limita ao silêncio e á ignorância . Nem a freguesia, nem o município , nem as pessoas naturais e residentes, se levantam em voz ,  para que se faça um aproveitamento digno do imovel antes que se transforme definitivamente nuns restos de lixo urbano.

Quer as termas, quer o nome do construtor cidadão do Luso, Troncho , nem aqueles teimosos que continuam a acreditar na  vila mantendo os seus negócios com extremas dificuldades, merecem  respeito da parte de quem manda.  Esse respeito  ou cumplicidade  vai para os investidores capitalistas  estrangeiros , os que levam a nós, o cidadão comum, anos de vida e  sacos com riqueza que era nossa. Perder o que temos por incúria, é o pior que pode acontecer a um país, quando  não há massa critica nem vontade politica nas  estruturas politicas dess país,  para saber governar decentemente, agora que não há Albuquerques, Almeidas , Castros e Albergarias para assestar  canhões  nas terras indefesas conquistadas. Num concelho pobre de  património, mas muito pior que isso, pobre de ideias, as coisas agravam-se á bolina dos ventos partidários , do seu rei e do seu capelão , quando não é o mesmo. A Miralinda,  situada num sítio soberbo deste pequeno burgo, é  um   exemplo acabado da  brincadeira politica  que gere o solo pátrio.

 

12
Ago18

MULTIBANCO SEM DINHEIRO

Peter

 

multi.jpg

 A falta de dinheiro nas máquinas multibanco continua a ser mais um entrave  no turismo desta terra. As queixas multiplicam-se e claro, o Verão é a melhor época para não haver verbas nos cofres do multibanco, quando os visitantes chegam, podem deixar alguma coisa e se vão embora por falta deste generoso serviço e bem. Mais um ótimo pontapé no turismo concelhio que por mais que o empurrem estrada  abaixo não se desloca um passo deste local onde está. Talvez aqui a  autarquia câmara não tenha a maior culpa, mas comprometeu-se a tomar conta destas coisas quando , acabadas as Juntas de Turismo passou a ensacar também as verbas que estas recebiam directamente do Estado. Pelos vistos o responsavel politico não se apercebe, naturalmente porque não andando por cá não tem conhecimento do fenómeno nem sequer é informado pelos respectivos serviços e servidores. Eu digo o responsavel politico porque segundo leio nas actas da autarquia ele é o único que manda, os outros não mandam nada. Põe e dispõe democráticamente.

O Verão das termas, em termos de estruturas paralisadas é um desastre total, desastre que começa com a falta de estacionamentos e vai acabar na falta do dinheiro no multibanco depois duma passagem por buracos  de vários feitios e tamanhos. O mais ridiculo, o do estacionamento, assenta agora numa  aparente falk new , não se pode limpar a barreira porque os depósitos da água correm perigo de ruir. Se assim fosse, há muitos anos teria acontecido , uma vez que a dita barreira já nasceu exactamente na fonte e foi sucessivamente cortada até aos limites actuais e continuará a ser por imposição das intempéries e da geologia do solo local.No entanto,se  apesar de improvavel tal acontecer como acontece ao cinema, cabe á mesma autarquia a total responsabilidade pois foi ela que escolheu e mandou fazer nos respectivos locais os depósitos domiciliários.Esperemos que não estejam concebidos  como o lago ou o pavilhão para que não lhes aconteça o mesmo. O facto concreto e irreversivel é que apesar de todas as asneiras e anomalias desta geringonçada gestão camarária, o Luso-Buçaco tem turistas e mantem as potencialidades,enquanto  a freguesia sede não os tem, não lhe valendo de nada o "imaginário" posto de turismo ali  feito por cobiça, incompetência , até imbecilidade, não no interesse  do municipio mas de pirosas vontades indidividuais. Se uma cidade se fizesse assim, Lisboa , que  é uma cidade, era apenas a freguesia do Castelo rodeada de muralhas com muçulmanos em volta a lutar contra  cruzados!!!!! É uma pena !!!!! É uma pena que a autarquia seja incapaz de gerir politicamente o que são as Termas do Luso !!!!

PS. È claro que estes protestos ou comentários  não contam para nada, a consciência disso é plena. Não há  poder, nem gente, nem votos suficientes neste pre-interior para alguém ser ouvido e ter justiça, mas mesmo assim  a critica é a única via de manter vivas pretensões, velhas e novas, dentro duma democracia sonhada que por enquanto é utópica e cruel para as pessoas, excluindo essa classe politica, como é evidente. Mas a alternativa do  silêncio, do seguidismo , do carreirismo ou do populismo são os piores caminhos para nada acontecer. Só a consciência das coisas  e a sua  discussão podem abrir  os meios de mudança.Coisa que já se vai fazendo  mundo fora em muitos sítios com base na razão e no interesse do cidadão e da colectividade. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

03
Jul18

FONTE DE S.JOÃO (11BICAS)

Peter

 

fonte cor1.jpg

U m excelente postal ilustrado pintado á mão , com data de 1911

selado com um selo de 40 reis , tarjato na diagonal a vermelho

com a actualização "Republica". Posto no correio há 107 anos.

Na imagem cinco lavadeiras tradicionais mergulham as peças

no tanque que é ao mesmo tempo o inicio da ribeira dos moinhos.

Em fundo a capela de s.João Evangelista que dá o nome á

nascente, onde não existem ainda as onze bicas de hoje.

Vêm-se á direita ramadas dos chorões que adornavam o exterior

do recinto. A segunda presa, á esquerda, hoje subterranea, 

não existe ainda. O Luso já era ao tempo uma estância

termal afamada e procurada por muitos banhistas, em grande

parte oriundos da capital, Lisboa.

 

 

30
Dez10

LEIA AS ACTAS

Peter

 

  

                                   TURISMO

 

          ORÇAMENTO E OPÇÕES DO PLANO

      DA CÂMARA MEALHADA PARA 2011

(extracto da acta da acta nº 27, de 9/12/2010, que

aprovou o plano e da intervençao do vereador  do Luso)

 O  senhor vereador Julio Penetra usou da palavra e

referiu que a responsabilidade pela situação em que

o país se encontra reside numa série de equivocos ...

  ...    ....   ...    ...   ...  ...   ...   ...   ...   ...   ...   ...   ...   ...   ...  

...Sobre o documento em apreciação (ORÇAMENTO

E PLANO DA CÂMARADA MEALHADA PARA 2011 ) disse

estar  contente pelo facto de não se terem

abandonado as linhas de desenvolvimento

estratégicas nomeadamente na vertente do turismo...

(fim da citação)

Contente com isto :

Obras novas ou  outras intervenções na matéria

     segundo o Plano aprovado  para 2011 :

  -Recuperação Teatro Avenida,Luso..........1 euro

  -Ampliação da piscina..................................1 euro

  -Centro de Estágios......................................1 euro      

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