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ÁGUASDOLUSO

BURRIQUEIROS,OS QUE TOCAM OS BURROS...

ÁGUASDOLUSO

BURRIQUEIROS,OS QUE TOCAM OS BURROS...

06
Abr19

ANTIGUIDADE FUTEBOLÍSTICA

Peter

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Esta é uma   equipa do Clube Desportivo do Luso fotografada no campo do Valinho .

Dos onze jogadores aqui presentes, aos quais se junta o Antero, massagista, restam três sobreviventes,

embora já não joguem. O mais pequeno do trio em  estatura é o guarda redes, o Manel  "Lapin" , 

os outros são o Manel,  mas Furriel e o António Rocha. 

À esquerda da foto , na parte  posterior, vê-se  parte da equipa principal . a preparar-se para a pose.

A fotografia é do "Lapin" chamando-lhe agora  a equipa dos três.

Como se vê,  nas bancadas há muito publico sob a sombra dos pinheiros.

O ano em que isto aconteceu, ninguém se lembra.

02
Fev17

ALICE

Peter

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 ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS

C aro Presidente, estamos a chegar ao fim de um mandato a zeros. Zero de dívidas, zero de obras, zero de ideias, zero de crescimento. A meu ver, melhor seria dever o que se pode pagar com respeito pelas regras estabelecidas e ter feito alguma coisa. A gestão moderna não se faz sem o recurso ao crédito e a não utilização dessa ferramenta fundamental é mais passível de críticas que de elogios. Teria sido melhor para o território, melhor para o município, melhor para o emprego, melhor para o bem-estar, melhor para as pessoas aproveitar a realidade sem a patetice da dívida! Mas isso não aconteceu, o que de facto aconteceu foi o estagnar do concelho em edis a tempo inteiro, não sabemos quantos assessores e mais uns avençados que a pouca transparência política não deixa perceber. Uma hierarquia tão grande vista pela vez primeira no executivo da Mealhada para fazer zero, é muito mau, e assim se desperdiça o mandato em coisa nenhuma.

Este não é o caminho certo, caro Presidente. Pode ser a via da clientela que a partidarite quer ou a oportuna via que os votos anunciam, mas não é o caminho correcto para num concelho pequeno, carente e acrítico que precisa, ou precisava, dum executivo inteligente e activo e duma estratégia viva e ousada para visionar e empurrar um futuro. Tive a ousadia de pensar isso acreditando que a experiência adquirida lhe tivesse trazido confiança e iniciativa, hoje não ficaria bem comigo próprio nem perante os leitores se não corrigisse nestes maus resultados as previsões iniciais totalmente furadas.

O zero verificado é o fruto maduro duma acomodação politica não prevista nos dados da balança, um erro meu, não via então este concelho na paz podre em que vive quatro anos volvidos. Parado, inerte, incapaz, ancorado em fanfarronices balofas, com uma frota politica á espera do emprego numa terceira ou quarta volta mesmo sem o crédito duma carta de alforria. Digerindo azedas maravilhas de jantares politiqueiros, propagandas gratuitas, festinhas, futebóis e crismas de paróquia e zero de trabalho. Trabalho árduo não houve, medidas inteligentes também não, mal andariam os empresários se estivessem á espera do demagógico acto da política para fazer os negócios da venda do vinho e do leitão, já que a história da água é outra coisa e o pão, viste-o! Mas é tudo uma farsa da política assente na ruina dum passado comum que não diz nada, que não merece respeito nem continuação para ocupantes da conjuntural cadeira do poder.

As velhas estratégias que aguardam há duas décadas execução, um golfe, o nó rodoferroviário, os parques industriais de Barcouço e de Barrô, além desse pomposo Luso 2007, foram substituídos pela compra de lixo imobiliário onde a autarquia se especializa na criação de ratos e, na área de maior potencialidade do concelho, o Turismo, voltamos cem anos atrás com o arremedo de termas que hoje existe, mil e tal quartos a menos e outros disparates em que o município se envolveu na defesa do poder económico do capital que ironicamente nem temos, esquecendo os verdadeiros interesses das populações, dos empresários e investidores, bem como a herança de duas centenas de anos que recebemos de mão beijada. A gestão da última década, caro presidente, foi o desastre que está á vista. Nada acrescentou ao todo municipal, manteve apagado o fogo em todas as freguesias e continuou a tarefa de destruir irresponsavelmente a hotelaria e o turismo que tinham notório peso dentro dos nossos limites e mantinham postos de trabalho na freguesia termal, na qual está hoje claramente evidente o especial zelo político na sua liquidação e a total incapacidade para a defender. O contrário do que fazem todos os municípios por Portugal além! Porquê, pergunta-se? Querem transferir a freguesia  para onde?

Uma catástrofe abalizada por autarcas incapacitados ou intencionais? Os resultados á vista  são absolutamente contrários  aos interesses do território que ocupamos !

Talvez por não ser natural do concelho lhe falte o saber acumulado ao longo dos anos em muitas das pessoas que daqui são, que aqui moram ou daqui se espalharam mundo fora com a universidade da vida no bolso curricular, o trabalho, o saber e a necessidade de sobreviver nos alforges de famílias inteiras. Podíamos fazer um rol de gente daqui e de concelhos vizinhos, mas de nada valeria, nunca os conheceu, não os conhece, não são propriamente a sua história e muito menos a sua alma. Porém sem erros aritméticos eu refiro-lhe de forma concreta que neste município existiram mais de mil e quinhentas camas de hotelaria, freguesia do Luso incluída, e hoje, incluído o seu tempo de autarca no activo, destruíram-se, e não existirão mais que duzentos ou trezentos contando com as camas casuais ou camas de horas. Esta realidade, que naturalmente não lhe pesa, espelha a diferença que existe entre quem viveu a história, participou da história e aprendeu na história e quem pouco sabe sobre o que se passa á sua volta, particularmente nesse mundo relativamente recente e rico, a que damos o nome de turismo.

Nesta matéria, o que a política da Câmara tem andado a fazer são asneiras, tão ocas e tão vazias como os almoços leitoeiros das maravilhas onde pretensiosamente pretende meter o Buçaco como se o Buçaco fosse mais uma maravilha da mesa e dos banquetes. Além de não se comer nem beber, noutros tempos apenas os burros o faziam, o Buçaco é conhecido em todo o mundo há muito tempo e não é a Mealhada das maravilhas que o vai colocar no mapa mas exactamente o contrário caro Presidente. O Buçaco e as Termas sempre deram notoriedade ao município e são ainda hoje a sua potencial riqueza maior e o seu único destino conhecido além desse repasto a que se chama leitão. O meu caro amigo não entendeu ainda estas coisas comezinhas! Se o entendesse não fazia da Mata Nacional a barraca de farturas que anda a fomentar, zelava pela recuperação das termas, da fisioterapia, não gastava o dinheiro dos munícipes naquilo que não lhes pertence. Que o dinheiro não é seu , é de todos nós , deve-o  gastar bem, essa é a sua função, para isso foi eleito, para isso o escolhemos, não para se empinar numa política de saltos altos. Antes de cá chegar, muita gente do concelho fez este património comum que agora o caro presidente ajuda a destruir, ou não o defende, como era sua obrigação enquanto edil.

Depois o Buçaco é um templo, um templo botânico. Num templo há silêncio, adoração, paz e tranquilidade. É para admirar, usufruir, para amar e reflectir, é um lugar sagrado que merece o respeito. Como uma igreja é um local de culto, o Buçaco também o é, de culto e oração e de libertação !  Para arraiais chegou sempre a Ascensão, de resto, dispensa pisoteio, vendilhões de praça pública e promotores de negócios para lhes venderem corpo e alma transformando-o numa feira de vaidades. Deixemos as bacoquices, o empirismo, a senilidade política Se queremos estar dentro da cidade temos de falar e agir com a cidadania da urbe, com a clareza da palavra e da verdade, doutro modo nunca passaremos da aldeia que desejamos.

Depois, não vivemos no país de Alice, ninguém tira coelhos de cartola nem temos poços de petróleo, não somos árabes, sabe perfeitamente que nunca haverá dinheiro suficiente na autarquia para recuperar e manter a Cerca Buçaquina ou fazer a candidatura a património Unesco. Esta será apenas a sua presunção e dum partido que só existe na Mealhada de quatro em quatro anos, quando for necessário meter os votos na urna para escolher um amo já escolhido. Este ano parece que nem é preciso, a ditadura manda! Caminhos duma democracia afunilada nos pântanos deste país de sol! Mesmo assim, hão-de chegar ao Luso, transportar os amigos á sede do concelho frente á boca da urna. Como a política não tem vergonha, esquecem nessa altura que em quatro anos fizeram nas termas uma retrete pública, se entretanto acabarem a obra! Assim não vamos lá,  meu caro presidente!

Luso,Janeiro,2017

 

03
Mai16

PONTOS NOS iii

Peter

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Uma Maravilha  segundo o Municipio da Mealhada

A nossa tertúlia, pequena e emotiva, reúne-se na mesa do café. Lá rimos e choramos conforme a carga emocional dos nossos dias, o estado do tempo ou os acontecimentos que julgamos cruciais na ocupação das horas. São coisas paroquiais, do país e dum mundo de economia global que se encurtou em atos e distâncias e colocou na escala do directo as comunicações. Simulando com a televisão há quem nos chame já eixo do mal, porém, tertuliando os mesmos problemas não temos as mesmas audições nem auferimos rendimento da léria debitada, muita dela sobre nós e o sítio onde habitamos.

Ora recentemente apareceram nas notícias locais duas informações que me deixaram sérias dúvidas, uma delas referindo-se aos duzentos mil turistas que terão visitado no ano de 2015, a Mata do Buçaco, a outra, atribuindo á “cidade da Mealhada” o terceiro lugar em importância na comunidade intermunicipal da região de Coimbra, e dentro desta classificação o mesmo lugar no parâmetro que respeita ao turismo. Fiquei perplexo, simplesmente pela maneira fácil e irresponsável com que se faz jornalismo, se isto é jornalismo, nos círculos regionais e pela maneira como pretensos políticos a quem chamo intencionados, se aproveitam destas ferramentas para tirar partido das suas falaciosas promessas, produzindo de imediato pacóvios comunicados com fins eleitorais. Muito provavelmente tudo comprado e previamente afinado com bens do contribuinte que estas coisas, ao fim e ao cabo, compram-se como fatos por medida.

Num caso e noutro, vale a pena pensar cinco minutos e relembrar através da OTM  (Organização Mundial do Turismo) o que se tem por conceito de turista. De facto, para este órgão do turismo mundial, o turista é aquele que se desloca para fora da sua residência habitual para sítio onde permanece no mínimo por 24 horas em actividade não lucrativa, incluindo uma pernoita nessa estadia. Os outros, que se deslocam e passam umas horas aqui e acolá, não são turistas, são visitantes, excursionistas, romeiros, passantes ou pedintes, agora frequentes. Quem vem ao Carnaval depois de almoço e regressa ao seu lar ao fim da tarde, está, como se vê, bem longe de ser turista e quem vem comer leitão na região poderá estar ligado á gastronomia, mas não deixa de ser simples passante igualmente longe do nome de turista. Esta é a normal nomenclatura no espaço internacional da indústria. Na cidade da Mealhada, praticamente, não há turistas, o posto inaugurado é uma falácia, nulo, como nula é a estratégia turística para o município.

É aqui que as contas não batem certas, depressa o mentiroso, seja ele quem for, é apanhado na sua própria ratoeira. Em relação á Mata do Buçaco, as dormidas contabilizadas durante o ano perante o número de quartos existentes, está muitíssimo longe do número sugerido, isto se incluíssemos a cem por cento o hotel, casas da Mata e alguns quartos de hotéis da área da freguesia. Como a ocupação está longe dos cem por cento aqui levados em conta, fazendo as mesmas por metade, cinquenta por cento de ocupação, com muito boa vontade poderemos chegaremos a sessenta ou setenta mil turistas. A compra se for o caso desta avaliação independente, porque estas coisas compram-se nesta como em outras áreas, parece na verdade falsificada ou resulta do não se saber ou do não querer saber o que é um verdadeiro turista na perspectiva do investidor na matéria. Basta de amadorismo e basta de querer ser o que não é.

Quanto á cidade da Mealhada, onde recentemente foi inaugurado um posto de turismo, o rol  nem sequer tem ou merece uma explicação pois não há por onde pegar em tamanha classificação absolutamente inventada e sem qualquer correspondência com a realidade, pois turistas , juntando eróticos e ocasionais, em termos de quantidade os números são meramente residuais. Já aqui disse e repito que a política autárquica tem sido um desastre nesta matéria, e o apresentar estes dados com tal desfaçatez é uma tentativa infrutífera de tapar o sol com a peneira, para além de reconfirmar uma política paralela de destruição e ignorância consciente do património concelhio.

Não é desta maneira que se faz turismo. A saloiice caseira de se fazer duma pequena urbe uma grande cidade com o embicar das biqueiras na ponta dos pés, não resulta. Só com serenidade, com trabalho, criatividade, investimento público e privado, honestidade e tempo isso pode acontecer. São as únicas vias para se lá chegar, no caso do turismo, recursos naturais, culturais, patrimoniais, históricos ou outros itens que não existem na cidade. O excesso de tempo no poder e o desejo de continuar de qualquer modo a exercê-lo, pode ter destas coisas, mas não estamos propriamente na aprendizagem básica das regras democráticas, onde a opacidade dos fenómenos e a fuga á transparência podem ter resultados contrários áquilo que se pretende.

Recentemente a freguesia da Pampilhosa recusou as algemas que lhe querem meter nas portas do cinema pelo preço de cento e cinquenta mil euros. É um bom exemplo de como se não deve ir atrás das prepotências políticas de olhos arregalados! Não se vá vender a alma ao diabo por patacos tão pouco valiosos em relação á obra! Aqui, como no turismo,  a municipalização é prejudicial , Quanto a turismo que é uma industria de ponta que dá de comer a muita gente, cria riqueza e empregos, e potencia um país, não dá , ou não devia  servir para brincadeiras  de duvidoso gosto!

Luso,15 de Abril,2016                        Águasdoluso.blogs.sapo.pt

 

 

16
Mar16

ÁGUA QUINTA MARAVILHA

Peter

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 H á dias a Câmara Municipal inaugurou um posto de turismo na sede do concelho. Já aqui disse, essa é a minha visão das coisas, que faz mal, o posto de turismo deve ser na freguesia onde estão os recursos e melhorar o existente seria a única forma séria e útil de servir os interesses concelhios. É óbvio que não há lugar para dois postos de turismo, esta ideia é um erro da política local, senão mesmo um erro camuflado para matar um deles. É fruto  de estreiteza politica e da falta de massa crítica para fazer avançar processos de desenvolvimento do território como o nó ferroviário da Pampilhosa que não passou de conversa enquanto eram feitos o de Cacia e Vila Verde., ou classificar o Buçaco no património da Unesco, processo que já devia ter avançado e ser hoje realidade sustentada e não a mesma promessa de há vinte anos atrás, agora com descrédito acrescido. Em substituição destes projectos de desenvolvimento de mais complexa execução, fazem-se vazias manifestações de coisa nenhuma como essa das maravilhas, que nada acrescenta a um sector já de si bastante degradado ou multiplicam-se pavilhões para festas e casórios!

Acabar com a poluição do nosso espaço ambiental que se tornou crónica, outro problema grave, não está no horizonte da autarquia, incapaz de o solucionar eleição após eleição, bem como a execução dum espaço de golf fora do lugar próprio, e que deveria ser alterado para a figura de um projecto intermunicipal de 18 buracos a implantar entre dois municípios capaz de o tornar possível em custos de construção e manutenção.

Projectos como estes,  bem como um projecto de incentivos para a criação de empresas de inovação e valor económico para os espaços industriais fariam andar para a frente o município ,seria bem mais útil que a multiplicação descontrolada de estruturas destinadas á angariação de votos, cujos custos são sustentados pela autarquia. Qualquer município precisa de ter riqueza para haver redistribuição pelas famílias e pelos bens estruturais, mas nós, genuínos fazedores de improvisos, fazemos o contrário começando a casa pelo telhado e não pelos alicerces o que põe em sério risco um futuro sustentado.

A defesa das Termas do Luso e do famoso complexo negociado com a autarquia, o Luso 2007 que incluía umas hipotéticas fábricas de produtos afins no hipotético parque industrial de Barrô com entrada de now out , criação de riqueza e de empregos, que deveria ser defendido até às últimas consequências, não passou afinal por de mais um balão de ensaio para usar e deitar fora que conduziu ao desmantelamento da estância termal do concelho e da vila do Luso, esta nos seus retoques finais em morte lenta. Um ciclo de facilidades e contradições da política local que está longe de se poder interpretar nas suas variadas nuances e hiatos , mas extremamente errático para não dizer irresponsável.

Noutras áreas, o que tem feito a autarquia é concentrar o pouco que há em seu redor no centro administrativo do município, em vez de, como neste caso do posto de turismo, instalar um posto das Rotas do Vinho e do Leitão aumentando a visibilidade daqueles produtos nativos chamando-os pelos nomes próprios e não por um remark sem originalidade, as quatro maravilhas, uma mensagem nula. De resto o produto e os serviços já são suficientemente bons para serem chamados pelo nome próprio e não integrados num folclore paroquial destinado a umas jantaradas entre políticos. Hoje, nos tempos da net e do GPS, mais um posto de turismo é perder tempo e dinheiro, quando se pode instalar um posto com o mesmo fim e vantagens num site adequado como se faz  mundo fora. A não ser que se batalhe pelo turista pé rapado ou pelo excursionista do garrafão em vias de extinção que nada deixam pelos lugares por onde passam. Não me admira nada esta filosofia depois que  vi alguém iniciar-se  pela feira do Cartaxo há alguns anos atrás.

Mas acontece, e isto é bastante curioso, que nestas maravilhas está incluída o pão e a água. O pão, produto que é difícil encontrar na fabricação local e água que, suponho, não será a do velho e bonito chafariz que fica atrás do edifício inaugurado, mas presumo seja a do Luso. É que dois dias depois da inauguração dessas maravilhas e do posto de turismo, passei pela delegação de saúde do concelho e consultando o relatório das águas das nascentes verifiquei que a água da nascente da Fonte de S. João do Luso está imprópria para consumo. Sobressaía em letras maiúsculas do relatório das análises oficiais assinado pela senhora Delegada de Saúde no expositor público da própria Delegação, IMPRÓPRIA.É a água que eu bebo, eu e os meus conterrâneos e os que acidentalmente , e são muitos. ali vão encher garrafas e garrafões. A ser esta a maravilha em causa, pergunto-me, como é possível um município inaugurar um posto de turismo onde figura a maravilhosa água,  imprópria para consumo!? E fico-me por aqui para minorar alarmes, entendendo no entanto que são factos que não se podem calar ad eternun como vem acontecendo. Na minha modesta opinião, depois de quinze anos de experiência em que andei gratuitamente envolvido no sector com o mesmo gosto e amor com que escrevo estas linhas no jornal, esta é a negação total do turismo! Ou uma brincadeira de mau gosto!

Escamotear a verdade escondendo ardilosamente os factos reais e a falta de qualidade, é a melhor maneira de espantar o turista que, hoje em dia exige, além duma informação acessível e rigorosa, qualidade das ofertas e preços competitivos. Vender gato por lebre, mesmo que seja por descuido, não é coisa tolerável. Mas foi assim que se inaugurou o posto de turismo, e se apresentou na Feira do Turismo de Lisboa este concelho, já não o LUSO-BUÇACO, mas umas quatro incógnitas maravilhas!  

Será esta água uma quinta maravilha ou estava já incluida? Fica a pergunta.

Mealhada,1 de Março, 2012.       Águasdolusoblogs.sapo.pt

 

 

13
Mar16

PROPRIEDADE DO ESTADO

Peter

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Neste  velho postal impresso no Porto com  a legenda 

Bussaco-Moinhos do Luso, vê-se o antigo edificio da 

piscina coberta que  foi sempre propriedade do Estado.

Hoje, por voltas inexplicaveis parece ser património da SAL ...

 

20
Fev16

ONDE ESTÃO OS CÊNTIMOS DAS ÁGUAS ?

Peter

 

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 F oi no mês de Outubro do já longínquo ano de 1988 que se assinaram, primeiro em Contrexeville, depois no Luso, os acordos de geminação entre as duas povoações termais, Luso e Contrexeville, cujo principal traço de união consistiu exactamente no facto de serem ambas estâncias termais e possuírem em simultâneo engarrafamentos  e venda de água. Contrex, um gigante francês em produto e tecnologia, o Luso um pigmeu ibérico cuja qualidade da água de mesa superava e supera a sua congénere gaulesa. Na freguesia do Luso governava o partido popular democrático, o velho PPD, que acumulava também com o poder na Câmara. Foi pois o PPD local que conduziu e assinou os protocolos de geminação, de oito a 16 de Outubro com uma delegação do Luso em Contrexeville, de 26 a 30 do mesmo mês com uma delegação de Contrexeville que se deslocou ao Luso.

Estavamos ainda frescos de entrada na CEE mas os protocolos foram elaborados entre ambos os parceiros beneficiando da sabedoria e experiência dos franceses já mestres na matéria. Faziam parte dos acordos a troca de pessoas, de experiências autárquicas e fabris, de alunos e professores das escolas, de manifestações culturais e desportivas, colóquios, e abria-se ao mesmo tempo uma porta gigantesca para a Europa que para nós, fechados e esquecidos há dezenas de anos neste rabo do mundo, era um enigma para onde se emigrava á procura de trabalho e sobrevivência. E fizeram-se de facto algumas trocas, não tantas nem tão frutuosas como se poderia sonhar, mas mesmo assim foi uma porta que se abriu e nos colocou á disposição um mundo novo, o da cooperação e amizade entre povos, onde se deve destacar o papel da responsável pelo Comité de Jumelage francês, Simone Paulmier, grande amiga de Portugal, do Luso e do Buçaco, e do leitão, cuja pujança e vontade de fazer empurrou muitas vezes a nossa atávica inércia em movimento expresso em trocas e contactos constantes e se mais não se fez foi porque nem sempre houve pessoas, sobretudo da nossa parte, dispostas a participar nos encontros, manifestações e viagens que se fizeram.

Este pequeno historial vem a propósito dum resultado obtido, os centavos ou tostões que se conseguiram obter das águas do Luso por cada litro de água vendido no mercado: Foi uma ideia retirada do acordo das águas francesas, traduzida para o português do Luso e depois tornada pretensão pela Mealhada, Câmara. De facto, começamos a notar que Contrex, uma pequena cidade mais ou menos do tamanho do Luso, possuía estruturas e equipamentos urbanos de excelente qualidade, um ótimo campo de futebol relvado, um belo pavilhão coberto, um bom cinema, hipismo, uma moderna escola. etc. E perguntamo-nos como tinha a autarquia   local, a mairie, tanto poder financeiro para realizar tais obras, sabendo então em pormenor através da nossa companheira de geminação Simone Paulmier  e pelo marido Micchel, do contrato existente entre a sociedade das águas de Contrexeviile e a autarquia, da qual esta recebia uma pequena percentagem em francos por cada litro de água posta no mercado. Aprofundada a questão e incitados pelo Comité francês a tentar  a mesma solução, fez-se a ideia e preparou-se o acto, com a autarquia Câmara a entrar  neste processo mercê da legislação portuguesa que descrimina negativamente as freguesias e não lhes permite assinar estes negócios. Foi assim que o então autarca da Câmara, aproveitando a oportunidade do litígio que decorria no tribunal de Anadia entre autarquia e SAL, conseguiu, e bem, meter os centavos litros de água vendidos no acordo que fez, roubando-nos a ideia ou aproveitando o trabalho feito pelos autarcas do Luso para beneficiar o município. Eticamente é dinheiro é da freguesia do Luso, visto que só o facto da divisão administrativa não permitir que o fosse na prática. Preparado e cozinhado por autarcas das termas, hoje é das deliberações dos políticos que estão na sede do concelho que depende, onde o Luso, por ironia, poucas vezes tem lugar por força dos compadrios e dos logros partidários onde tem caído a cegueira dos eleitos. São recebidos para cima de meio milhão de euros anuais, que em cerca de quinze anos de concordata já somarão qualquer coisa não muito longe de oito ou nove milhões de euros. É muito dinheiro, que nem de perto nem de longe a Câmara investiu na estância termal. Onde gastou então esse dinheiro o município? A pertinência da pergunta leva-me sem rebuços a pô-la aqui claramente. Já que não é gasto no Luso como era justo que fosse, não seria minimamente exigível dar conhecimento aos órgãos autárquicos que deram voz á ideia e proporcionaram a sua elaboração, os autarcas do Luso, particularmente freguesia, turismo e até ao velho PPD que assinou a geminação, onde se gastou e gasta esse dinheiro? Não seria obrigação dos eleitos tornar público o seu destino em prol da clareza de processos? Porque se fará da verba, um segredo de Estado? Silenciosos, secretos e dogmáticos, sucessivos executivos municipais calam-se, calando com a mudez a essência da própria democracia. Saberá hoje a gente da freguesia do Luso e os eleitores do concelho que a Câmara recebe para cima de meio milhão de euros anualmente por via dos acordos de geminação Luso-Contrexeville? Dos eleitos locais quem interroga a Câmara sobre o destino que dá a esta verba? Como cidadão do concelho, parece-me que deveríamos saber o que fazem os que elegemos a essa significativa verba. A democracia é a gestão com clareza e limpidez, sem amuos, sem secretismos e muito menos sem sectarismos, com correcção e informação aos munícipes do que se passa á sua volta. A democracia é paga por todos nós e aberta ao conhecimento de todos, uma coisa está implícita na outra, sem cidadãos não há democracia. Aqueles que elegemos estão ao serviço do cidadão e não o contrário, como parece acontecer!

Gotenborg, Fevereiro,2016                                  Águasdoluso.blogs.pt

15
Dez15

DE LUSO

Peter

 

 RSCN4497[1]

Quando a apresentação do livro em título chegou ao fim, um velho lusense que já tinha pedido a palavra por três vezes, concluiu em público que não estava esclarecido sobre o uso da preposição de ou da contracção da preposição e artigo/pronome demonstrativo do, para nomear ou definir a terra, ou seja, de Luso ou do Luso, tal qual como de Porto ou do Porto, de Madeira ou da Madeira. A verdade é que o livro não tratava, ou não trata desta matéria, o livro do Nuno Alegre pretende tratar do Luso na vertente de outro saco, esse que diz respeito ao negócio do turismo e hotelaria que é ao mesmo tempo o negócio do Luso há exactamente 163 anos e que está como se sabe, em maus lençóis. O autor, que aborda o assunto de forma temerosa e diplomática, tem interesses e paciência que eu não tenho, até porque a idade já não me permite tê-la e coloca uma série de questões ou desafios tendentes a chamar a atenção para recursos hipotéticos, para desafios especulativos, para, com um pouco de imaginação e filosofia sonhar uma realidade de que o Luso precisa com urgência para se manter no trilho que, há século e meio iniciou e que os tempos modernos abruptamente cortaram. Há que fazer ou refazer alguma coisa!

Foi por isso que quando o antigo lusense, é mais simpática a semântica, não entendeu a questão de ou do, eu associei ao assunto o próprio documento escrito que acabávamos de folhear e que á primeira vista não é um livro histórico embora fale de história, não é um livro de economia embora seja economia, não é um livro de turismo embora tenha um objectivo turístico, não é um livro de markting embora o pretenda ser, não é um livro filosófico nem politico, embora diga respeito a essas e outras áreas. Mas é quanto a mim, parafraseando Pessoa, um livro do desassossego e do desespero por que passam as termas do Luso, a sua hotelaria, a sua gente, a sua sobrevivência. O livro responde com uma atitude positiva, activa e dirigida a um amanhã que terá de se encontrar de qualquer maneira se, repito se, os políticos que gerem esta coisa a que alguém chamou geringonça, também lhe poderia ter chamado submarino, sintonizarem o interesse nacional, a seriedade, a competência e dignidade, olhando para as pessoas do seu país antes de repararem no umbigo de si próprios, dos amigos, do partido, dos bancos e da corrupção.

Se porém continuarmos com este espírito canalha, anárquico e reviralho da primeira republica, adeus viola, Portugal não sai do tremendo défict publico e privado que lhe faz vergar os costados perante a voz dos credores e a crise que teremos pela frente será cada vez pior. E depois, não há Mários Draguis todos os dias para nos lançar uma bóia de salvação quando a corda aperta a garganta antes do afogamento. Por sua intercepção, como dizem dos santos os religiosos, ainda vamos nessa bóia com o gargalo de fora e não pelas boas gestões de governos inconscientes, mentirosos e pouco honestos.

O livro parece-me uma pedrada no charco. Útil? Tem a grande virtude de não se acomodar aos factos. De apontar vias e desafios quanto a mim exageradamente especulativas mas isso, o futuro o dirá. Pessoalmente, acredito mais depressa numa recuperação das termas que na descoberta dum mosteiro da Vacariça desaparecido há mil anos ou nos cacos duns romanos sob a avenida Navarro. Parado como está o motor contratual do desenvolvimento os vestígios dum recomeço ainda não existem.

Mas acredito ao mesmo tempo que sem uma estratégia municipal de forte apoio e forte empenho pelos interesses da terra, das gentes e dos munícipes, sem segredos, sem mentira e sem balões de ensaio, não há caminho possível e neste campo, por distracção, desconhecimento, ou outros interesses colaterais, os prenúncios da governação local não são nada animadores. Mas isto, merece por si só um comentário próprio.

Luso,1 de Dezembro, de 2015                                           Águasdoluso.blogs.sapo.pt

 

 

31
Mar15

TURISMO

Peter

DSCN3971[1].JPG

Esta fotografia foi feita hoje, agora,faz parte do meu 

passeio higiénico nocturno e como se pode ver refere-se

a um trecho geral do Parque do Lago na chamada

estância termal do Luso ,  Malo clinicas de apelido.

Bati eu  próprio o boneco com a minha máquina de

dizer mal, pobre coitada, tanto ela como eu estamos fartos 

de gastar bites em prol de coisa nemhuma. É isto que 

devem ter visto na BTL em Lisboa por outras palavras

ou imagens pela mão da  camara da Mealhada, do

Turismo do Centro da água que nasce no Luso.

Estamos na semana da Páscoa, e isto é Turismo, talvez

faça parte do Golgata que esta terra atravessa. Alguns

clientes do hotel passam por mim a olhar desconfiados

como se estivessem em Kiev ou na Crimeia  eu fosse

um Kurulenko qualquer. Regressam subito á portaria

do hotel , o melhor sítio para estar, como na India.

Com a extinção dos orgãos de propaganda chamados

Juntas de Turismo deitaram-se no lixo cento e cinquenta

anos de saber, de conhecimento, de usos e costumes,

de negócios, de clientes e profissionais.

Hoje manda uma clientela politica a soldo dos partidos

cujos interesses passam por um rendimento certo  e que,

coitados, não sabem nada do assunto e pouco ou

nada se importam com tanto não saber. Não admira

que não saibam, falta-lhes os cento e cinquenta anos

de prática com inclusão dos trabalhos de parto, nem 

sempre um paraíso e nunca, isso é que nunca, um

chuveiro de notas  caido das dificuldades e da fome

dos contribuintes via cofres de fariseus , cobradores

e piores ainda

Não vale a pena adiantar mais dizendo mal , mas não

existem razões para dizer outra coisa num país que 

afinal se transformou  numa toca de raposas.

A foto, é eloquente e atractiva, assim não falte quem

por ela venha!!! A beleza a que chegou esta estância

que um dia foi termal, está á vista !!!!

 

 

 

27
Mar15

CHAVES VIVE/LUSO MORRE

Peter

 

TermasChaves.jpg

A notícia TERMAL E NÃO SÓ ...

Chaves investe 6 milhões de euros no sector termal

 

Lusa 24 Mar, 2015, 18:45 (excerto)

Chaves está a concretizar um investimento de seis milhões de euros no setor termal que é considerado estratégico para impulsionar a economia do concelho, disse o presidente do município. Hoje o termalismo é considerado um sector estratégico e, é por isso, que o município está a concretizar um investimento de seis milhões de euros, comparticipados por fundos comunitários, na requalificação do balneário de Chaves e na reconstrução de um novo balneário em Vidago.  O presidente do município, António Cabeleira, anunciou hoje, em conferência de imprensa, que o complexo de Chaves reabre no sábado, depois de obras que tiveram um custo final de 3,1 milhões de euros.  “Estamos no melhor balneário do país. Aqui aliamos as instalações à qualidade da água”. Cabeleira referiu que está a ser preparado um plano de promoção agressivo para recuperar os aquistas que frequentavam o complexo, para conquistar mais utentes nacionais e internacionais, principalmente os provenientes do norte da Europa. O grande objetivo agora é, segundo sublinhou, a internacionalização do balneário termal. O objetivo da remodelação foi também separar as áreas do tratamento e do lazer, para criar condições para as termas funcionarem o ano inteiro. Destacou ainda que uma das valências que é agora uma grande aposta é a da reabilitação, estando ao dispor dos utentes fisiatras e fisioterapeutas.A intervenção nas termas implicou ainda a requalificação da área envolvente, melhoria das condições de segurança, serviço e conforto, construção das acessibilidades para pessoas com mobilizada reduzida e criação de um observatório de investigação às águas termais. O autarca referiu que, no ano passado, o sector sofreu um decréscimo a nível do país, também devido ao encerramento do complexo de Chaves, que é o segundo do país com maior frequência. Em 2013, o espaço contabilizou cerca de 5.000 aquistas.Este projeto vai funcionar em complemento com o Balneário Pedagógico de Investigação e Desenvolvimento de Práticas Termais de Vidago, uma obra lançada pelo município de Chaves e que representa um investimento de 2,9 milhões de euros.O presidente acredita que este espaço, que vai funcionar numa parceria com a empresa UNICER, vai abrir até ao verão e prevê que aqui venha a ser instalada uma escola vocacionada para a área do termalismo.

 

O COMENTÁRIO

Enquanto uns aproveitam as oportunidades para garantir desenvolvimento, outros, como é o caso do Luso, aproveitam os fundos comunitários para diminuir as Termas e abater valências . Algo escamoteado certamente á Comissão comparticipante, pois de outra maneira não se pode acreditar que estas situações possam acontecer utilizando dinheiros que saiem do bolso dos contribuintes. Mas outra constatação clara num lado e inexistente no nosso, é que existem estratégias para o desenvolvimento Termal que não está morto, muito menos Europa fora onde movimenta multidões. No nosso caso é pouco mais que uma pequena brincadeira limitada pela dimensão territorial e cultural, que nisto em termos de aculturação e conhecimento o nosso estádio actual concebido pelo potenciar do nosso xico espertismo , vai pouco além da pedra polida e do oportunismo sasonal da improvisação. Enquanto se procede á nova distribuição de dinheiros publicos sabemos sim que não há estratégia concelhia definida neste campo que engloba  turismo duma maneira geral, mas termalismo, natureza, ambiente e fisioterapia de modo particular, a única riqueza de conteudo universal que existe no perimetro do pobre municipio da Mealhada. A não ser que as estratégias assentem no vinho e no leitão , essa coisa maravilhosamente estupida que são as quatro maravilhas inventadas para ir á feira do Cartaxo e onde o municipio gasta o nosso dinheiro com uma única intenção, centralizar o turismo na sede do concelho e dominar pela destruição a parte da serra do Buçaco que lhe está afecta administrativamente. Sem respeito pela realidade municipal, sem respeito pela diferenciação das actividades conhecidas, sem respeito sequer pela evidência do turismo ser coisa duma única freguesia , sem respeito pela riqueza do concelho ! Por outras palavras, ou o sapateiro terá que tocar a viola , ou querem fazer do burro o cavalo de corrida coisa que, andem  por andem, não irão modificar pela impossibilidade inerente às realidades. Nem o burro há-de correr nem o pobre sapateiro arreado pela sovela aprenderá a  rabeca.

 

PS-Oliveira do Hospital vai investir 5 milhões de euros num complexo hoteleiro-termal polivalente, nas mini termas de S.Paulo, margens do rio Alva.Também estes não vendem água de mesa, o que nos leva á conclusão de que a água de mesa é um mal no estado activo. Acreditamos que ainda há-de ser comprada por chineses ou novos ricos angolanos, evidentemente com dinheiro emprestados por nós próprios, ainda muito provavelmente pagadores do mau negócio que possa vir a ser. Neste canto de novo reconduzido á ditadura de dois partidos que substituem a  velha União Nacional, duplicaram-se apenas os beneficiários, para o povo que labuta, passou a ser exactamente a mesma trapalhada, pior, bem mais pesada e custosa!! Que fim terá, é uma incógnita, mas te-lo-á concerteza, pois não se vê outro caminho para combater a crise e para pagar a divida.

 

 

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