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ÁGUASDOLUSO

BURRIQUEIROS,OS QUE TOCAM OS BURROS...

ÁGUASDOLUSO

BURRIQUEIROS,OS QUE TOCAM OS BURROS...

14
Jun22

A POLÍTICA DA VERGONHA

Peter

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Um exemplo da incapacidade e desconhecimento do que  é Turismo na câmara da Mealhada, é a triste imagem que se publica acima. Trata-se do edificio do Cine Teatro Avenida do Luso, uma casa com tradições,que foi comprada pelo municipio para ridiculamente ruir. O telhado, o palco, camarins e o interior, já ruiram, a fachada , como uma casa particular ao lado, estão como se vê. Como quer um municipio promover as potencialidades das Termas do Luso, que infelizmente estão no seu território , com este postal que representa a única coisa a que se pode chamar avenida, dentro do  território municipal?  Que consciência tem do cargo que ocupam no poder municipal os candidatos  habitualmente auto propostos? Esta casa de espectáculos foi construida em 1924/25, por lusenses apostados no desenvolvimento das Termas e  vergonhosamente continua neste estado há vários anos. Abandonada, a freguesia do Luso tem sido perseguida negativamente pelo poder local da sede do concelho,há três mandatos que nada faz pelo turismo , uma politica destinada a apagar do mapa o território , não só por incapacidade dos politicos, sempre os mesmos que se candidatam , que em tudo cederam aos interesses do capital estrangeiro que comprou as Àguas  e abandonaram as Termas e as suas gentes. Tudo leva a crer que a politica levada a cabo tem  propósitos e objectivos de destruir as potencialidades da economia local, a hotelaria, o turismo e a Mata Nacional. Este é um caminho de destruição do território, conduzido pelas ideias paroquiais de quem se afasta dos caminhos do desenvolvimento e dum futuro melhor.

13
Out20

MIRALINDA

Peter

miralinda.JPGCasa construída pelo nativo e conterrâneo José Troncho de Melo, médico,provavelmente até pelo pai Manuel Troncho de Melo, nos princípios do séc. XX, está nos dias de hoje em lamentável ruína, sem donos e sem futuro. Diríamos que está em decomposição, apesar de estar situada no centro do Luso, a dois passos de tudo e abandonada por todas as forças políticas , quer da  autarquia cãmara, quer da freguesia.

José Troncho de Melo, nasceu no Luso filho de lavradores com grande folha de bens. Formou-se em medicina na universidade de Coimbra e exerceu em Lisboa, no Luso e no mar, a bordo de paquetes  que faziam as viagens transatlânticas entre a Europa e a América latina. Médico, estudioso, um pouco de cientista, escreveu vários livros. Entre eles Luso-Bussaco Estação de Repouso, Buçaco e seus Horizontes ou Leonor de Lencastre. Na sua época,teve a sua Vida, teve uma  Obra, depois  foi esquecido pela terra que o viu nascer. Foi um homem de carácter , impulsivo, dinâmico , que não esqueceu o seu lugar no mundo que era o seu. Fez conferências em Portugal e Brasil, onde conviveu e colaborou com a comunidade portuguesa e com a família de Melo Pimenta, originária do Luso. Foi presidente da Câmara do seu concelho. Homem ativo e controverso no bom sentido, passava muitos dias nas suas propriedades e fazia prospeção de água, abrindo numerosos poços nos seus terrenos,  no entanto, sem grande êxito na busca,  chegou á conclusão por experiência própria que a vertente oeste da serra do Bussaco é parca de água. Muitos desses poços ainda subsistem nos seus pequenos caudais ou simplesmente choros de água que sobrevivem.  Por ser ativo, participante e polémico, os conterrâneos obsequiaram-no com a alcunha de Ciclone, numa época em que poucos passavam sem um apelido extra, uma alcunha adaptada a um jeito ou um feitio.

A Miralinda foi vendida em meados da séc. XX ao industrial de azeites Correia da Silva, quando construiu em Stª Eufémia uma fábrica de extração de azeites por processos quimicos. Depois de a recuperar e modernizar, este industrial do Porto ali viveu alguns anos com a família.  Depois de moradia familiar, passou a Casa do Povo e finalmente a posto médico da segurança social. Hoje, esta casa está abandonada , entregue á sua própria ruina.

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Por volta da viragem do século,  a segurança social  retirou-se do edficio, que ficou então entregue á última direção eleita ,como propriedade sem dono. Se tivesse sido entregue á Câmara Municipal, poderia ter sido recuperada com apoio da comunidade europeia, direcionada para biblioteca publica, museu de hotelaria ou outro destino consentâneo com necessidades da terra, no entanto, não se conseguindo esclarecer a situação o desleixo e a incuria tomaram conta do bem até aos dias que correm . A vila, além de não ter poder próprio, também passa  pela  falta de iniciativa dos naturais  para lutar por estruturas próprias.  Um museu de hotelaria ou um monumento dedicado aos homens ,estruturas de entretenimento capazes de criar desafios e atrair o turista,  uma entrada na Venda Nova espaçosa e digna , onde a água tenha um lugar de eleição, lutar pela construção da barragem  projectada para o Vale de Ribeira, uma bacia liquida necessária para apoio à floresta e aos fogos, mas também ao turismo, uma  funivia entre o Luso, o Bussaco e a Cruz Alta, uma pista de squi alpino numa encosta da serra, usando materiais modernos que substituem a neve com êxito, como existe Europa fora, uma praia fluvial nas margens do lago que hoje não tem uma utilização que se dirija á industria da terra , turismo e alojamentos. De facto , o Luso habituou-se a ter tudo feito e hoje, quando a crise se instala e fica, não há outras respostas para atrair e fixar o visitante, quando até as falhas do contrato de concessão das termas não se faz  cumprir, algo que é degradante para nós , enquanto portugueses.Os seiscentos euros anuais pela concessão da mina de água termal, foram substituidos pelo nada que fica na vila, pela mudança do engarrafamento da água de Luso , pelo fecho e transferência da sede da empresa para Lisboa e pelo, uma dádiva perversa da comunidade europeia que permite o roubo da riqueza por outros membros da união. pagamento dos impostos na Polónia.

Depois, enquanto existirem cavacos que vendem os bens públicos ao capital estrangeiro, Tap,Cimpor, Galp, CTT, EDP, Central de Cervejas e até a água de Luso e socraticos que dolorosamente nos fazem pagar  as dividas  até às gerações dos nossos netos e bisnetos, mediante contratos faraónicos que fizeram  em favor  de compadres e familias,  e com lucros não sabemos para quem, não existem formas de sair desta agonia que já tem barbas e séculos. Um Portugal no mesmo lodo   da injustiça e duma democracia que tem imperadores no topo dos partidos.

Hoje, o imóvel da Miralinda, como outros palacetes valiosos existentes, vai processando a sua ruína  perante um  poder abúlico, cego, inerte, onde a incuria e a noção do património e das irresponsabilidade que cai sobre os  que se candidatam aos lugares politicos, se limita ao silêncio e á ignorância . Nem a freguesia, nem o município , nem as pessoas naturais e residentes, se levantam em voz ,  para que se faça um aproveitamento digno do imovel antes que se transforme definitivamente nuns restos de lixo urbano.

Quer as termas, quer o nome do construtor cidadão do Luso, Troncho , nem aqueles teimosos que continuam a acreditar na  vila mantendo os seus negócios com extremas dificuldades, merecem  respeito da parte de quem manda.  Esse respeito  ou cumplicidade  vai para os investidores capitalistas  estrangeiros , os que levam a nós, o cidadão comum, anos de vida e  sacos com riqueza que era nossa. Perder o que temos por incúria, é o pior que pode acontecer a um país, quando  não há massa critica nem vontade politica nas  estruturas politicas dess país,  para saber governar decentemente, agora que não há Albuquerques, Almeidas , Castros e Albergarias para assestar  canhões  nas terras indefesas conquistadas. Num concelho pobre de  património, mas muito pior que isso, pobre de ideias, as coisas agravam-se á bolina dos ventos partidários , do seu rei e do seu capelão , quando não é o mesmo. A Miralinda,  situada num sítio soberbo deste pequeno burgo, é  um   exemplo acabado da  brincadeira politica  que gere o solo pátrio.

 

12
Set20

Uma barreira por 140 mil euros

Peter

UMA HISTÓRIA RIDICULA

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 Câmara da Mealhada : Barreira, uma obra prima duma Universidade por 140 mil euros  

A Camara Municipal da Mealhada, na sua acção inovadora, continua a tentar destruir o turismo que se faz no Luso, tornando mais difícil o que já de si não é tarefa fácil nestes tempos pandémicos. As duas fotografias que aqui mostro, ilustram bem a insensibilidade, o desconhecimento e o desinteresse pela actividade turística na freguesia, por parte do município.A preocupação pelo comércio local, não foi nenhuma.

Há dois anos a esta parte caiu um naco da barreira que se vê, naco que em tempos recentes um presidente da Junta de freguesia limpava com os seus meios, em meio-dia de trabalho. O sítio é no centro do Luso e a economia do Luso é o Verão, termas e hotelaria, sublinhe-se. Apesar disso, só dois anos passados e após as dificuldades de um Verão com um centro paralítico e semi paralisado, a autarquia apresentou composta a barreira, tal como se vê na foto. 

Curiosamente, por informação da altura, a Câmara estava aguardando um projecto encomendado a uma Universidade vizinha, que pelos vistos apresentou o que está aí á vista. Custa-me acreditar, mas a obra custou a módica quantia de 140 mil euros. Levantar cinco metros de terreno e leva-lo dali com um trator, como disse, não mais que meio-dia de trabalho para um ex-presidente da Junta, um dia no máximo, vamos dar isso de barato! Ficou caro o trabalho, estético e belissimo, para sala de estar das Termas . Caricatamente , ficou como estava dois anos antes. Na mesma.  Sem tirar , nem pôr ! Nem um lugarzinho de estacionamento se conseguiu a mais, para beneficiar quem está e quem vem. Um verdadeiro aborto na paisagem circundante. 

Muito mal empregues foram os 140 mil euros ! 

 

RSCN6349[1].JPG                   A eficiência da Câmara da Mealhada, o eucalipto em cima das termas

Dizia a Câmara que ao retirar o entulho podia encontrar água, o que seria um problema grave!  Para que conste, a barreira já foi cortada quase desde as bicas da fonte até ao sítio onde está, e nunca se viu água que dali saísse. Conclusão, mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo! Ou um ignorante! 

Porém, o aquífero anda pela Avenida Navarro e pouco pela Quinta do Alberto, e esta quinta que a autarquia comprou,  por nada que se parecesse nem de perto nem de longe com os dois milhões e meio do Murtal, há cerca dez anos e ainda não se sabe para quê , estava cheia de eucaliptos. Estava então e está hoje, como se vê pelas fotografias.

 Numa dezena de anos, nenhuma cabeça política da Câmara da Mealhada se deu ao trabalho de propor o corte dos  eucaliptos, sobre a nascente, os melhores bebedores de água dos aquiferos que as sustentam, e destruidores do ambiente. Tiveram tempo suficiente para plantar no seu lugar uma pequena mata de árvores de sombra e de jardim, reaproveitando o espaço com uma zona de lazer ou de estacionamento. Mas não o fizeram. Incompetentes!

Mas  que pode sentir pela terra quem insiste todos  os anos em abortar o Verão, escolhendo o mesmo Verão para fazer as pequeninas obras que impedem o movimento e a actividade? Onde está a abertura e aproveitamento do Lago, fechado de dia há três anos e escuro como breu de noite, por falta de iluminação? 

Com estes autarcas e esta autarquia, bem pode o Luso esperar sentado pela reabilitação da actividade turistica-termal .  Os sinais que transmitem dizem em absoluto o contrário . Basta a ofensa do posto de turismo para saber onde estão ! Politicamente,o concelho é um zero  e com estas obras ruinosas  não vai a lado nenhum.

O turismo do Luso  deve ficar grato a tão profícuos autarcas e sábios promotores da economia local.  Mas como isto não é na sede do concelho, nem na Antes, a terra dos presidentes, estamos nisto...Vergonhoso...

 

 

 

 

 

15
Jul20

LUSO, PEDITÓRIO PUBLICO

Peter

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  PEDITÓRIO PÚBLICO   

O Luso  e as suas termas estão tão abandonados pela  Câmara da Mealhada ,  que penso  valer a pena voltar a registar alguns fenómenos, pelo menos para registo futuro, e não ficar a olhar pacientemente  para obras de quem investiu nos últimos oito anos  numas retretes públicas apenas, as do Lago ,que não sabemos se por necessidade, se por gozo com as gentes da terra ! Os Castanheiros estão abandonados, o Bussaco, que ainda  é da freguesia, apesar de ser a descer ,  não o conseguiram levar para a Mealhada nem para a Antes, está numa miséria como nunca esteve e já levaram o posto de saúde   ou acabaram com ele ,por não terem dinheiro para compor o telhado ou qualquer outra anomalia que exige manutenção.   Os utentes vão para a pampilhosa de táxi, que nem comboios há! Uma gestão maravilhosa a favor dos municipes que lhes pagam as loucuras.

Por fim, não por último, na estrada principal da estância de turismo (?) as pedras revoltadas levantam-se do chão e são elas que protestam contra a criançada politica dos paços municipais. Não tarda, cada automobilista que passa, tem que sair do carro e afastar a pedra para conseguir passar, que pelo passeio dos peões já se vai. E curiosamente, é uma obra feita pomposamente pela Câmara, uma tal requalificação do centro histórico das terrras,  á medida de quem exerce funções públicas sem saber o que está a fazer.  E estes políticos, ou  provavelmente emitadores, não percebem absolutamente nada, e sublinho absolutamente nada, de turismo, hotelaria, ou markting do sector.  Tanto ou tão pouco que fizeram  um posto de turismo onde não há turismo , gastando o nosso dinheiro mal  e sujamente. Por outro lado, há coisas inexplicaveis neste concelho, como é o caso da Escola Profissional da Mealhada. Um negócio muito mal contado numa autarquia que no fim do ano não tinha dividas e agora não tem dinheiro para aguentar a Escola. De joia da coroa de muita gente "ilustre" da Mealhada, passou a mal amada , ás vezes comprada e vendida sem transparência e  sem interesses visiveis para o municipio. Um lobby que se vai ou que se transforma ao sabor dos ventos de meia duzia de familias da sede do concelho, aqueles que habilidosamente  procuram empurrar o barco à sua maneira. Sejamos claros. Muita coisa haveria  que explicar nestas trocas e beldrocas onde ás vezes  também se envolvem organismos que deixam duvidas no espirito de quem pensa. E a coisa publica deve ser  tão clara e transparente ,  como um copo de àgua pura, o que não é. O cidadão fica com dúvidas , o pior  inimigo da coisa limpa , haja razões ou não haja.  No principio do ano escolar, foi anunciada a criação do Polo Escolar do Luso na ex-sede da  SAL . Acabou ridiculamente em nada.Sem decoro, sem respeito, sem vergonha!      E a talhe de foice, relembro o caso da pretensão de fechar o  Palace Hotel do Buçaco, que afinal tinha apenas um sensor avariado. Não é viável, nem sustentavel que a Câmara  pretendesse o fecho do hotel, por "burrice ou ignorância" política, muita coisa ficou por dizer  e  tudo por clarificar.  Assim como fica por dizer quanto ao destino que a autarquia dá ao dinheiro que recebe das Àgua de Luso, ou que  diga preto no branco quanto custa ao municipe a brincadeira da gestão da Mata do Buçaco com dinheiro dos municipes, a única fundação dum património nacional a ser paga pela parolice duma Câmara e seus cidadãos !  Quem quis tomar conta duma Mata Nacional que não lhe pertence  nem tem as mínimas condições para manter, fica imune ás razões de tamanho descalabro. Tempestades, ciclones ou tufões,existiram e existem sempre  e as anteriores administrações sempre resolveram. Factos que estes eleitos nem sabem, uns porque não são nativos, outros por infantilidade. Há quem explique isto  engolindo palavras e sílabas  irrepetiveis e que ninguém percebe, enche a boca de sabão para as letrinhas fugirem, já se conhece o método , mas já se viu que a esperteza deu em retórica balofa que não vence nem convence. Na minha opinião de cidadão do concelho, é tempo de acabar com esta pategada política de troca tintas e procurar gente adulta para governar o que pertence a todos, com beneficio para todos. Com transparência e responsabilidade ! Os municipios não são nem devem ser  parte de brincadeiras proíbidas, nem servir  para eternizar as  profissões  que não são.( há quem lhes chame outra coisa!).    Talvez com um peditório público porta a porta se tirasse dinheiro para assentar as pedras da rua Emidio Navarro, porque a verdade verdadinha é que  o projecto ou foi mal feito,ou o empreiteiro das obras excutou mal,  ou a Câmara e os seus canais não fiscalizaram as obras e acabaram por aceitar um mau trabalho,não sabemos razoês. Ninguém errou em todo este processo , ninguém apura responsabilidades, ninguém paga!  Duma maneira e doutra, nós, o cidadão, pagamos! Já foram repostas uma vez e já estão de novo completamente fora do sítio enquanto a edilidade (?)  assobia para o lado! Aos meus conterrânios, os principais prejudicados, só posso aconselhar a continuar a pôr o voto como quem põe um ovo, isto é, nesta gente . Continuem que breve verão a terra completamente destruída.  As intenções são claras, estão á vista! 

 

06
Abr19

ANTIGUIDADE FUTEBOLÍSTICA

Peter

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Esta é uma   equipa do Clube Desportivo do Luso fotografada no campo do Valinho .

Dos onze jogadores aqui presentes, aos quais se junta o Antero, massagista, restam três sobreviventes,

embora já não joguem. O mais pequeno do trio em  estatura é o guarda redes, o Manel  "Lapin" , 

os outros são o Manel,  mas Furriel e o António Rocha. 

À esquerda da foto , na parte  posterior, vê-se  parte da equipa principal . a preparar-se para a pose.

A fotografia é do "Lapin" chamando-lhe agora  a equipa dos três.

Como se vê,  nas bancadas há muito publico sob a sombra dos pinheiros.

O ano em que isto aconteceu, ninguém se lembra.

25
Mar19

HÁ 70 ANOS AQUI PRENDERAM CUNHAL

Peter

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Eram cinco da manhã,do dia 25 de Março de 1949,  noite cerrada, o silêncio sepulcral espalhava-se por toda a povoação como a própria neblina se espalha subindo do sopé até á Cruz Alta, o ponto mais elevado, que fica escondida por horas e horas de madrugada enquanto, diz a gente do Luso, os frades cozem o pão.

O dispositivo político militar apertou o cerco. À frente dos verdugos, Gomes da Silva, um homem já conhecido da oposição e de Militão  Ribeiro que já tinha passado pela prisão do Tarrafal. Estavam O Gouveia, o Passos, o Mortágua , a nata dos torciários á frente dum corpo da Guarda Republicana armado de metralhadoras  prontas a disparar...

( DO LIVRO INÉDITO ÀGUAS DE LUSO E OUTRAS HISTÓRIAS )

26
Jan19

CÁTASTROFE LUSO BUÇACO

Peter

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O lago continua esburacado, espécie de hospital de rua. Não é o primeiro nas Termas. No tempo das invasões francesas o hospital de sangue acolheu amigos e inimigos como se fossem irmãos, dor e morte não têm cor. Agora, no malfadado ano de 2018 depois do lago, o presidente da Câmara da Mealhada exibe o poder e manda fechar o Hotel do Buçaco e vem dizer publicamente que não foi ele! Se não foi ele falsificaram-lhe a assinatura!  Alguma bruxa ? Bisa até na Assembleia Municipal que não foi ele, perante eleitos calados. Ridículo. e impróprio! Em que democracia estamos, em que lugar vivemos e de que rebanho somos?

Não sei se já tínhamos assistido a isto no concelho, mas política não é. Vê-se sim achincalhar a política. Este mandar fazer desmentido pelo próprio, ultrapassa o respeito e confiança que se deve ao eleitor e é trágico para o município. O território está bem entregue, as Termas e a Mata do Buçaco, idem, mas as freguesias não pensem que estão melhor. Vejam onde se gasta o dinheiro do munícipe, em festas, em mercados gigantes, megaestruturas fora de uso que não se utilizam hoje, obras inúteis de cabeças partidárias pensando em votos, poder e em museus futuros. Esta outra história do museu que começa por dois milhões e trezentos mil euros para criar um só emprego, o do conservador, tem muito que se lhe diga e só por si esgota as capacidades financeiras da autarquia para outros investimentos. Uma vergonha! Há alguma razão para isto, um emprego por dois milhões e meio de euros? Descobriram petróleo? Não brinquem com coisas sérias! Respeitem o munícipe que vos paga o gordo ganha pão!

Depois, para que o concelho saiba, o Palace do Buçaco foi condenado por um detector de incêndios não apitar, razão dada pelo protetor civil que é também o presidente da  autarquia. Só não fechou porque o concessionário fez entrar no tribunal uma providência cautelar e a proteção distrital teve o bom senso de resolver a questão com a simples substituição do sensor. Por isto quarenta funcionários altamente qualificados do hotel número um deste país e as famílias, estiveram á porta do desemprego e na mesa dos apoios sociais. Como diz o povo, não somos da Lourinhã , as razões duma politica agressiva contra  município e pessoas são outras , já que a loucura é do  foro da doença e não da política. Este edil, que já foi deputado e bateu umas boas sonecas na cadeira do hemiciclo como mostrou a televisão ao tempo, governa quem e o quê? E o executivo, o que faz? Ajuda? A Assembleia Municipal, tirando uns piropos da oposição e os piropos da resposta não diz nada, e os maioritários entram mudos e saem calados, um triste e pobre exemplo do que são representantes eleitos pelo povo.

Se queremos ir em frente como concelho não é com mordomias, influências e compadres. Calando as nossas vozes não se vai longe. Há que mudar de vida, de mentalidades, de atitudes, de políticas de interesses duvidosos.

Antes de um conselho ao visado deixo ao leitor um texto de Eça de Queiroz que me parece oportuno para que se veja o Estado a que se chegou  nesta quintarola de artistas, e mordomos. Cá vai do nosso Eça e do seu  conto “A Catrástrofe”;

“…Sempre o Governo! O governo devia ser o agricultor, o industrial, o comerciante, o filósofo, o sacerdote, o pintor, o arquiteto, tudo! Quando um país abdica assim nas mãos dum Governo toda a sua iniciática e cruza os braços esperando que a civilização lhe caia feita das secretarias, como a luz lhe vem do sol, esse país está mal; as almas perdem o vigor, os braços perdem o hábito do trabalho, a consciência perde a regra, o cérebro perde e acção. E como o Governo lá está para fazer tudo, o país estira-se ao sol e acomoda-se para dormir…”

Troque-se Governo por autarquia e tudo piora, a escala é inversamente proporcional ao tamanho da obra.

Quanto ao conselho, só há um, demita-se! É o que se faz num país sério!

Luso,Janeiro,018      Aguasdoluso.blogs.pt

 

02
Jan19

2018 UM ANO PARA ESQUECER

Peter

 

lago.jpg

Fotografias tiradas hoje no lago do Luso ainda internado no hospital de ar livre por conta da Câmara da Mealhada. Não é o primeiro na freguesia, já existiu um de sangue no tempo das invasões. Enterrado o péssimo ano de 2018 , uma vergonha da politica para se esquecer, a estância termal ficou numa completa ruina , tal como este lago e a sua envolvente . Piscina fechada, restaurante e café encerrados, não há vivalma que se aventure neste deserto, um recurso turístico promovido pelo presidente da edilidade, génio da politiquice actual, apostado como está em destruir o Luso e creio que todas as outras freguesias em prol da cidade que governa.
No malfadado ano de 2018, o mesmo edil mandou fechar o Palace Hotel do Buçaco por sua própria iniciativa e talvez a conselho de assistentes bem pagos, e embora minta dizendo que não foi ele, a verdade é que foi ele próprio que assinou os documentos, ninguém lhe falsificou a assinatura. Com tal gestor o concelho está bem entregue e as Termas do Luso e a Mata Nacional do Buçaco ainda muito mais. Basta dar uma volta pelos respectivos locais para se ter uma ideia que a fundação camarária tem feito a favor do património que é de todos nós portugueses, o da Mata Nacional, fruto dum assomo genial do ex-ministro Sócrates que despachou a responsabilidade do Estado para uma câmara amiga e de tão pequena dimensão. Os amigos são para as ocasiões, a leviandade para sempre.
O Palace Hotel do Buçaco não fechou por seis meses renováveis a partir do verão passado, pena a que foi condenado em razão de um detector de incêndios não apitar, motivo evocado pelo protector civil, que é ao mesmo tempo edil, usou para o fechar. Como se todos fossemos, como bem diz o povo, da Lourinhã!
Valeu uma providência cautelar interposta por Alexandre Almeida, o concessionário e o bom senso da protecção civil do distrito de Aveiro para resolverem o assunto com um apito novo. O var trabalhou bem.
Foi bom porque o cidadão presidente esqueceu os quarenta profissionais altamente qualificados que trabalham na unidade hoteleira e nem pensou sequer no seu destino nem no sustento das suas respectivas famílias. A não ser que os metesse na Câmara que já é o maior empregador do concelho , mas com mulheres e filhos , primos e afilhados, a coisa tornava-se complicada…

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Este politico, que já foi deputado e aproveitava para bater umas boas sonecas no Parlamento como mostrava a televisão ao tempo, faz uma coisa inédita, em vez de construir, destrói. E a seguir diz que não foi ele !!!!
Eu aproveitava para deixar um excerto dum texto de Eça de Queiroz que me parece oportuno para que se veja o Estado a que o Estado chegou e deixou chegar esta quintarola de artistas, sobretudo de pintores e de mordomos.
Cá vai do nosso Eça o que deixou escrito no conto “A Catrástrofe”;
“Sempre o Governo! O governo devia ser o agricultor, o industrial, o comerciante, o filósofo, o sacerdote, o pintor, o arquitecto-tudo! Quando um país abdica assim nas mãos dum Governo toda a sua iniciática e cruza os braços esperando que a civilização lhe caia feita das secretarias, como a luz lhe vem do sol, esse país está mal; as almas perdem o vigor, os braços perdem o hábito do trabalho, a consciência perde a regra, o cérebro perde e acção. E como o Governo lá está para fazer tudo, o pais estira-se ao sol e acomoda-se para dormir…”
Substitua-se o Governo pela autarquia e as coisas pioram porque a dimensão da escala é inversamente proporcional ao tamanho da asneira.
Para que quer o cidadão politicas e políticos tão bem dimensionados?
Se um dia disserem por aí que o populismo avança, não se admirem. É que alguma coisa tem de facto que mudar, para onde é que não se sabe!

23
Dez18

FELIZ NATAL MUNICÍPIO OU UM ADEUS A 18

Peter

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Galeria do Casino , Salão de  festas e bailes, foto de 1924

FELIZ NATAL!  de castigo está o município “ disse o presidente da camara a propósito do buraco do Lago!

Lago do Luso, disse eu numa das crónicas anteriores para agora perguntar : “Quereria o mestre dizer que não tinha meio milhão de euros para reparar a rotura?” Meio milhão adjudicado afinal por menos de trezentos mil euros numa mentira precoce? Fake new antes de o ser que tanto pode ser precoce como póstuma? O que pretendia dizer a Câmara pela voz do seu presidente quando poucos dias depois há dinheiro para comprar uma quinta, chamada do Murtal, por dois milhões e trezentos mil euros? Contrariedade? Obstáculo? Irritação? Ou negócios ?

Politicamente falando não existiu razão para o lamento, afinal mais uma machadada á freguesia pela câmara, tão empenhada em destruir as termas como a fundação a acarretar camiões de madeira Mata do Buçaco fora.

A pronto a ou crédito a autarquia responsabilizou-se pelo pagamento duma quantia exorbitante por mais um monte de sucata a juntar á que já existe e que fica cara ao bolso do munícipe e é suficiente para manter a paralisação em que se encontra o território em termos de economia e desenvolvimento. Este negócio de cariz socialista, esteve há anos na agenda partidária mas não se chegou a consenso sobre o caso, pelos vistos terá continuado na gaveta a aguardar a ocasião de uma qualquer geringonça passar os limites razoáveis da política adquirindo por mau preço o que não serve ao concelho nem munícipes. Poderá um dia servir a empreiteiros de obras, na próxima geração…ou talvez não!

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Hoje uma maioria autárquica que coxeia, consumou o ato. Uma decisão que foi contestada pela oposição, primeiro por falta de informação transparente, depois dúvidas sobre a oportunidade, terceiro, porque num investimento deste peso que vai influenciar as actividades da câmara por anos, a unanimidade seria essencial uma vez que vai amarrar qualquer executivo que venha a seguir a problemas no futuro. Também a clareza e a informação reflectida pelos dados da sessão autárquica não foram de modo algum suficientes para as duvidas que deixam levantadas. Resumem-se a autoritarismo e a explicações de ”lana-caprina” para tapar olhos a incautos dando conta da falta de diálogo e democracia que falta na gestão municipal. E repito, não falamos dos trezentos mil euros que custou a recuperação do lago nas termas, mas de dois milhões e trezentos mil investidos em sucata de longo prazo com base numa hipotética especulação sobre o alibi dum museu. Como se vivêssemos em patamares de riqueza de Lisboa ou Porto para deitar dinheiro ao ar. Se do espólio imobiliário que existe nunca saiu coelho da cartola, como vai sair agora duma idêntica sucata? São acções nulas num executivo de nulidade apostado em estagnar o território no seu próprio esgotamento, sem novas ideias para sair da sonolência rotineira onde se embrulhou e dorme. Ressonando.

Este ato que levanta muitas dúvidas ao cidadão comum não tem razão de ser nem assenta em qualquer estratégia de desenvolvimento. Por cumprir podemos listar á priori um campo de golfe sem buracos, um nó ferroviário sem comboios, parques industriais que não passaram de projectos, uma variante á estrada nacional que é uma necessidade á vista, uma recuperação do Buçaco que contrariamente continua em degradação, uma rede de regadio no Vale da Vacariça que ficou sem água por falta de barragem, o teatro do Luso por recuperar, bem como a recuperação da zona central e o saneamento por acabar, o teatro da Pampilhosa parado, um Palace Hotel do Buçaco que a Câmara pretende fechar com a intervenção directa do executivo e presidente á cabeça, ou o equivoco do turismo de batateiros e pé descalço. Investimento reprodutivo não há, no turismo e em estruturas não há, na melhoria das condições de vida das pessoas muito menos e o crescimento económico estagnou.

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Como lembrou a oposição, o concelho tem muito mais onde investir, as necessidades são muitas e os recursos escassos. Como se pode pois comprar sucata imobiliária para apodrecer em silvados utilizando milhões de euros pedidos ao estrangeiro?

O que parece é que a Câmara resolveu o problema dos proprietários do bem e transferiu o problema para a Câmara, sobretudo para os munícipes que esses sim, é que vão pagar o empréstimo. E fico-me por aqui por falta de crença absoluta nesta política balofa de fazedores de nadas que cristalizam em poleiros e mordomias.

Há quase quarenta anos conhecedor e actor da política partidária, nunca me pareceu ir tão longe o descrédito da autarquia e o assumir uma despesa de dois milhões e trezentos mil euros na compra de mais sucata parece-me uma leviandade que passa o senso comum. Porquê? Fica a pergunta.

Àqueles que me lêem um Feliz Natal, extensivo ao município.         Luso, Dezembro,  2018      

 

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