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ÁGUASDOLUSO

BURRIQUEIROS,OS QUE TOCAM OS BURROS...

ÁGUASDOLUSO

BURRIQUEIROS,OS QUE TOCAM OS BURROS...

02
Fev17

ALICE

Peter

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 ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS

C aro Presidente, estamos a chegar ao fim de um mandato a zeros. Zero de dívidas, zero de obras, zero de ideias, zero de crescimento. A meu ver, melhor seria dever o que se pode pagar com respeito pelas regras estabelecidas e ter feito alguma coisa. A gestão moderna não se faz sem o recurso ao crédito e a não utilização dessa ferramenta fundamental é mais passível de críticas que de elogios. Teria sido melhor para o território, melhor para o município, melhor para o emprego, melhor para o bem-estar, melhor para as pessoas aproveitar a realidade sem a patetice da dívida! Mas isso não aconteceu, o que de facto aconteceu foi o estagnar do concelho em edis a tempo inteiro, não sabemos quantos assessores e mais uns avençados que a pouca transparência política não deixa perceber. Uma hierarquia tão grande vista pela vez primeira no executivo da Mealhada para fazer zero, é muito mau, e assim se desperdiça o mandato em coisa nenhuma.

Este não é o caminho certo, caro Presidente. Pode ser a via da clientela que a partidarite quer ou a oportuna via que os votos anunciam, mas não é o caminho correcto para num concelho pequeno, carente e acrítico que precisa, ou precisava, dum executivo inteligente e activo e duma estratégia viva e ousada para visionar e empurrar um futuro. Tive a ousadia de pensar isso acreditando que a experiência adquirida lhe tivesse trazido confiança e iniciativa, hoje não ficaria bem comigo próprio nem perante os leitores se não corrigisse nestes maus resultados as previsões iniciais totalmente furadas.

O zero verificado é o fruto maduro duma acomodação politica não prevista nos dados da balança, um erro meu, não via então este concelho na paz podre em que vive quatro anos volvidos. Parado, inerte, incapaz, ancorado em fanfarronices balofas, com uma frota politica á espera do emprego numa terceira ou quarta volta mesmo sem o crédito duma carta de alforria. Digerindo azedas maravilhas de jantares politiqueiros, propagandas gratuitas, festinhas, futebóis e crismas de paróquia e zero de trabalho. Trabalho árduo não houve, medidas inteligentes também não, mal andariam os empresários se estivessem á espera do demagógico acto da política para fazer os negócios da venda do vinho e do leitão, já que a história da água é outra coisa e o pão, viste-o! Mas é tudo uma farsa da política assente na ruina dum passado comum que não diz nada, que não merece respeito nem continuação para ocupantes da conjuntural cadeira do poder.

As velhas estratégias que aguardam há duas décadas execução, um golfe, o nó rodoferroviário, os parques industriais de Barcouço e de Barrô, além desse pomposo Luso 2007, foram substituídos pela compra de lixo imobiliário onde a autarquia se especializa na criação de ratos e, na área de maior potencialidade do concelho, o Turismo, voltamos cem anos atrás com o arremedo de termas que hoje existe, mil e tal quartos a menos e outros disparates em que o município se envolveu na defesa do poder económico do capital que ironicamente nem temos, esquecendo os verdadeiros interesses das populações, dos empresários e investidores, bem como a herança de duas centenas de anos que recebemos de mão beijada. A gestão da última década, caro presidente, foi o desastre que está á vista. Nada acrescentou ao todo municipal, manteve apagado o fogo em todas as freguesias e continuou a tarefa de destruir irresponsavelmente a hotelaria e o turismo que tinham notório peso dentro dos nossos limites e mantinham postos de trabalho na freguesia termal, na qual está hoje claramente evidente o especial zelo político na sua liquidação e a total incapacidade para a defender. O contrário do que fazem todos os municípios por Portugal além! Porquê, pergunta-se? Querem transferir a freguesia  para onde?

Uma catástrofe abalizada por autarcas incapacitados ou intencionais? Os resultados á vista  são absolutamente contrários  aos interesses do território que ocupamos !

Talvez por não ser natural do concelho lhe falte o saber acumulado ao longo dos anos em muitas das pessoas que daqui são, que aqui moram ou daqui se espalharam mundo fora com a universidade da vida no bolso curricular, o trabalho, o saber e a necessidade de sobreviver nos alforges de famílias inteiras. Podíamos fazer um rol de gente daqui e de concelhos vizinhos, mas de nada valeria, nunca os conheceu, não os conhece, não são propriamente a sua história e muito menos a sua alma. Porém sem erros aritméticos eu refiro-lhe de forma concreta que neste município existiram mais de mil e quinhentas camas de hotelaria, freguesia do Luso incluída, e hoje, incluído o seu tempo de autarca no activo, destruíram-se, e não existirão mais que duzentos ou trezentos contando com as camas casuais ou camas de horas. Esta realidade, que naturalmente não lhe pesa, espelha a diferença que existe entre quem viveu a história, participou da história e aprendeu na história e quem pouco sabe sobre o que se passa á sua volta, particularmente nesse mundo relativamente recente e rico, a que damos o nome de turismo.

Nesta matéria, o que a política da Câmara tem andado a fazer são asneiras, tão ocas e tão vazias como os almoços leitoeiros das maravilhas onde pretensiosamente pretende meter o Buçaco como se o Buçaco fosse mais uma maravilha da mesa e dos banquetes. Além de não se comer nem beber, noutros tempos apenas os burros o faziam, o Buçaco é conhecido em todo o mundo há muito tempo e não é a Mealhada das maravilhas que o vai colocar no mapa mas exactamente o contrário caro Presidente. O Buçaco e as Termas sempre deram notoriedade ao município e são ainda hoje a sua potencial riqueza maior e o seu único destino conhecido além desse repasto a que se chama leitão. O meu caro amigo não entendeu ainda estas coisas comezinhas! Se o entendesse não fazia da Mata Nacional a barraca de farturas que anda a fomentar, zelava pela recuperação das termas, da fisioterapia, não gastava o dinheiro dos munícipes naquilo que não lhes pertence. Que o dinheiro não é seu , é de todos nós , deve-o  gastar bem, essa é a sua função, para isso foi eleito, para isso o escolhemos, não para se empinar numa política de saltos altos. Antes de cá chegar, muita gente do concelho fez este património comum que agora o caro presidente ajuda a destruir, ou não o defende, como era sua obrigação enquanto edil.

Depois o Buçaco é um templo, um templo botânico. Num templo há silêncio, adoração, paz e tranquilidade. É para admirar, usufruir, para amar e reflectir, é um lugar sagrado que merece o respeito. Como uma igreja é um local de culto, o Buçaco também o é, de culto e oração e de libertação !  Para arraiais chegou sempre a Ascensão, de resto, dispensa pisoteio, vendilhões de praça pública e promotores de negócios para lhes venderem corpo e alma transformando-o numa feira de vaidades. Deixemos as bacoquices, o empirismo, a senilidade política Se queremos estar dentro da cidade temos de falar e agir com a cidadania da urbe, com a clareza da palavra e da verdade, doutro modo nunca passaremos da aldeia que desejamos.

Depois, não vivemos no país de Alice, ninguém tira coelhos de cartola nem temos poços de petróleo, não somos árabes, sabe perfeitamente que nunca haverá dinheiro suficiente na autarquia para recuperar e manter a Cerca Buçaquina ou fazer a candidatura a património Unesco. Esta será apenas a sua presunção e dum partido que só existe na Mealhada de quatro em quatro anos, quando for necessário meter os votos na urna para escolher um amo já escolhido. Este ano parece que nem é preciso, a ditadura manda! Caminhos duma democracia afunilada nos pântanos deste país de sol! Mesmo assim, hão-de chegar ao Luso, transportar os amigos á sede do concelho frente á boca da urna. Como a política não tem vergonha, esquecem nessa altura que em quatro anos fizeram nas termas uma retrete pública, se entretanto acabarem a obra! Assim não vamos lá,  meu caro presidente!

Luso,Janeiro,2017

 

02
Ago16

A INUTILIDADE DA POLITICA LOCAL

Peter

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sta é uma imagem do Cine Teatro Avenida do Luso no seu estado actual, propriedade da  Câmara da Mealhada, que o comprou para o deixar cair depois de recuperar dois outros cinemas do concelho. Este Teatro era no seu tempo o de mais rica arquitectura, igual a alguns outros espalhados pelo país .Hoje  adulterado na sua parte frontal, ainda está a tempo de ser reconstruído na sua  traça original, apesar do telhado já estar a ruir sobre a zona do palco , onde chove como na rua perante a inércia e o desinteresse  da dita Câmara como da Freguesia, este último um órgão politicamente manipulado pelo primeiro .A atitude da edilidade mealhadense, é algo vergonhoso e indigno, pois há quinze anos a esta parte recebe da empresa Águas do Luso cerca de  meio milhão de euros por ano para melhorar a terra e   os seus recursos turísticos  e dessa verba não se vê rasto na freguesia. A transparência sobre o destino desse dinheiro não existe, é segredo municipal quando deveria ser explicado em pormenor ao munícipe onde se gasta aquela verba para que não restem dúvidas a ninguém. Algo estranho e intolerável em democracia. A Junta de Freguesia cala-se, as Termas estão reduzidas a um terço e os empregos foram-se. Para silenciar a desgraça,  os edis promovem festas politicamente intencionais onde gastam milhares de euros de duvidoso retorno. O Luso, na prática, reduz-se a uma fonte pública que se transformou num engarrafamento colectivo. O concessionário termal, não sabemos se cumpre ou não o contrato de concessão e o município está  preso ou vendido pelo meio milhão que recebe do mesmo concessionário. Esta situação é degradante e intolerável e não defende de maneira nenhuma os interesses dos munícipes nem do município.

 

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 N esta outra fotografia podemos ver o velho solar da Miralinda situado no centro da vila , sede da extinta Casa do Povo e da Segurança Social . O seu estado degradante deve ilustrar o que o município tem por maravilha, pois nem este órgão nem a freguesia se interessaram ano após ano pela sua decadência. Em  País rico, onde pelo menos políticos são bem pagos, é assim, vive de foguetes e lágrimas. Segundo se depreende das actas municipais, a freguesia do Luso não vai ver um tostão nos próximos orçamentos, como não tem visto nos últimos, é território para riscar do mapa. Mas há dinheiro nos cofres da autarquia para festas, para banquetes das inventadas maravilhas, para comprar toda a sucata imobiliária que aparece, casas velhas e a ruir que se vão enchendo de silvas e poluição para comprar acções na bolsa de valores e pagar indeminizações chorudas a políticos dispensados. E para outros gastos supérfluos com a produção da imagem pessoal dos eleitos. No caso do Luso, objecto deste blog, a situação é degradante e o futuro é pouco prometedor, quando em boa verdade, as potencialidades continuam a ser grandes e a existir, só a incapacidade e a falta de objectivos e vontade impedem o desenvolvimento da terra, que  infelizmnte não depende de si para avançar, mas de forasteiros que nada sabem nem pretendem saber da vertente turistica do concelho. Sabem tanto ou tão pouco, que fizeram um posto de turismo onde não há turismo, mesmo assim fizeram-no pequeno, pois há dias quis lá entrar e eram tantos os turistas que estive numa fila de kilometros e desisti das informações....Sabem daquilo a potes!!!!!!Ridiculo, como se gasta o dinheiro dos outros!!!!

Quando se chegar o período eleitoral hão-de aparecer por aí vergonhosamente para transportar os militantes um a um á mesa de voto com promessas idiotas com que os hão-de enganar, a fim de se manterem nos postos de comando que perseguem como se fossem profissionais que não são. Mas acho que vamos ficando saturados das mesmas caras e dos mesmos métodos pouco democráticos e havemos de aprender a contornar  a malapata!!!!!!

 

15
Dez15

DE LUSO

Peter

 

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Quando a apresentação do livro em título chegou ao fim, um velho lusense que já tinha pedido a palavra por três vezes, concluiu em público que não estava esclarecido sobre o uso da preposição de ou da contracção da preposição e artigo/pronome demonstrativo do, para nomear ou definir a terra, ou seja, de Luso ou do Luso, tal qual como de Porto ou do Porto, de Madeira ou da Madeira. A verdade é que o livro não tratava, ou não trata desta matéria, o livro do Nuno Alegre pretende tratar do Luso na vertente de outro saco, esse que diz respeito ao negócio do turismo e hotelaria que é ao mesmo tempo o negócio do Luso há exactamente 163 anos e que está como se sabe, em maus lençóis. O autor, que aborda o assunto de forma temerosa e diplomática, tem interesses e paciência que eu não tenho, até porque a idade já não me permite tê-la e coloca uma série de questões ou desafios tendentes a chamar a atenção para recursos hipotéticos, para desafios especulativos, para, com um pouco de imaginação e filosofia sonhar uma realidade de que o Luso precisa com urgência para se manter no trilho que, há século e meio iniciou e que os tempos modernos abruptamente cortaram. Há que fazer ou refazer alguma coisa!

Foi por isso que quando o antigo lusense, é mais simpática a semântica, não entendeu a questão de ou do, eu associei ao assunto o próprio documento escrito que acabávamos de folhear e que á primeira vista não é um livro histórico embora fale de história, não é um livro de economia embora seja economia, não é um livro de turismo embora tenha um objectivo turístico, não é um livro de markting embora o pretenda ser, não é um livro filosófico nem politico, embora diga respeito a essas e outras áreas. Mas é quanto a mim, parafraseando Pessoa, um livro do desassossego e do desespero por que passam as termas do Luso, a sua hotelaria, a sua gente, a sua sobrevivência. O livro responde com uma atitude positiva, activa e dirigida a um amanhã que terá de se encontrar de qualquer maneira se, repito se, os políticos que gerem esta coisa a que alguém chamou geringonça, também lhe poderia ter chamado submarino, sintonizarem o interesse nacional, a seriedade, a competência e dignidade, olhando para as pessoas do seu país antes de repararem no umbigo de si próprios, dos amigos, do partido, dos bancos e da corrupção.

Se porém continuarmos com este espírito canalha, anárquico e reviralho da primeira republica, adeus viola, Portugal não sai do tremendo défict publico e privado que lhe faz vergar os costados perante a voz dos credores e a crise que teremos pela frente será cada vez pior. E depois, não há Mários Draguis todos os dias para nos lançar uma bóia de salvação quando a corda aperta a garganta antes do afogamento. Por sua intercepção, como dizem dos santos os religiosos, ainda vamos nessa bóia com o gargalo de fora e não pelas boas gestões de governos inconscientes, mentirosos e pouco honestos.

O livro parece-me uma pedrada no charco. Útil? Tem a grande virtude de não se acomodar aos factos. De apontar vias e desafios quanto a mim exageradamente especulativas mas isso, o futuro o dirá. Pessoalmente, acredito mais depressa numa recuperação das termas que na descoberta dum mosteiro da Vacariça desaparecido há mil anos ou nos cacos duns romanos sob a avenida Navarro. Parado como está o motor contratual do desenvolvimento os vestígios dum recomeço ainda não existem.

Mas acredito ao mesmo tempo que sem uma estratégia municipal de forte apoio e forte empenho pelos interesses da terra, das gentes e dos munícipes, sem segredos, sem mentira e sem balões de ensaio, não há caminho possível e neste campo, por distracção, desconhecimento, ou outros interesses colaterais, os prenúncios da governação local não são nada animadores. Mas isto, merece por si só um comentário próprio.

Luso,1 de Dezembro, de 2015                                           Águasdoluso.blogs.sapo.pt

 

 

14
Jan15

CASINO, FRESCOS PODEM CAIR DO TETO

Peter

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Pinturas do teto do salão de baile do Casino do Luso,  Gabriel Constant-1910

Crónicas Locais

174- CASINO,FRESCOS PODEM CAIR DO TETO

N ão há notícia de que o chamado Casino do Luso alguma vez o tenha sido como sala de  jogos para além dumas boas noitadas de sueca, de bisca de sete e de vazadas do king ou dum pocker clandestino que esporadicamente ia do Verão às noite frias do Inverno, aquecido por aquilo a que se chamava nos tempos das proibições um luso uísque saloio. Apesar disso, o que foi mais um azar desta terra, foi durante muitos anos um lugar festivo e alegre por onde correu cinema, teatro, ópera,circo, variedades,exposições, palestras, comícios e bailes, bailes incontaveis com orquestra privativa num calendário permanente de anos e anos de diversão.para que terminasse esta sucessão de actividades ligadas ao termalismo e aos termalistas que desde 1854 criaram no sopé da serra do Buçaco uma referência do todo nacional, foi preciso chegarem finalmente uns holandeses cervejeiros para explorar de forma desenfreada a água de mesa e na prática acabar com as termas , transformadas mais ou menos numa clinica que  não sendo de dentes se associa imediatamente à ferramenta dos dentistas , aos calafrios da cadeira e ao terror dos alicates cromados. De facto, a denominação das novas termas arrepiam o mais ousado enquanto produto do metier reconhecido , tão contrário ao relaxamento, à calma, á tranquilidade, ao gozo ou a uns banhos na meia duzia de bacias termais ou no Spa obtido com a destruição de dois terços das velhas termas.

Ouvido de longe, o nome há-de meter medo ao demo , quanto mais a um ocioso aquista que procura longe do bulício citadino a serenidade dum lugar para desintoxicar os músculos e destressar elementarmente a alma. Convenhamos que é difícil associar a bigorna dum ferreiro ou um esqueleto de queixais aprodrecidos e fazer daí uma imagem de compromisso salutar e esperançoso e também neste particular, as termas perderam o desafio apesar de alguém ter inventado seiscentos e tal banhistas no fim de Setembro ou Outubro para escrever nos jornais.Ninguém do sítio acredita nos aberrantes números, tão simplesmente porque os não viram nem viveram, assim como ninguèm acredita que os frescos do teto do salão de baile do Casino venham a cair com uns fados cantados ao micro por uma cantadeira iniciática que precisava de apoio e não de proibições.

Mas foi o que aconteceu este Verão, o Casino foi emprestado a ferros com essa condição de não utilizar o microfone, crê-se que os holandeses temeram a queda das graciosas figuras que ornamentam o teto, por sinal propriedade da autarquia local e a custo abriram as portas à cantora, portasque estiveram fechadas durante o mesmo Verão por obra duma exposição épocal.  Tudo por uns frescos que já passaram pela enorme panóplia de bailes, teatros ,festas e actividades mundanas de todo o calibre e som e sempre se seguraram com unhas e dentes aos estuques leves da cobertura ornamental , além de terem levado retoques de todo o lado, às vezes por pintores de paredes, sem uma única palavra azeda ou de queixume!!! Que o testemunhe o João Carlos ,pintor, com seus geniais retoques.Pessoalmente não fazia ideia desta erudição holandesa , passem as minhas desculpas sinceras a Rubens e á sua escola de mestres flamengos, destes tenho boa ideia, dos outros, fiquei farto quando nos piratearam em Malaca, Angola ou no Brasil para agora nos piratearem em casa.

É neste mundo que vivemos, neste mundo que vive o Luso, noutros tempos orgulhosamente a sala de visitas do concelho, hoje até alvo de todas as tentativas para ser substituído pela sede do mesmo, como se os recursos se metessam nos alforges duma burra dependurados na albarda e resgatassem os trapos! Um vale tudo de irresponsabilidade e incompetência .  Parece que até o Bloco de Fisioterapia, entregaram á Mealhada !  Tudo pela destruição  total, pela brutalidade, pelo desrespeito pelas pessoas.                   Janeiro/2014

 

 

26
Dez14

VELHO TEATRO AVENIDA

Peter

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  Imagem actual do velho Teatro cuja renovação tarda !

Há três ou quatro anos a autarquia município comprou o Cine Teatro Avenida do Luso com o  intuito expresso de o reconstruir dentro duma  clara estratégia de recuperação o que  aliás vem fazendo com o reaproveitamento do Teatro Messias e do cinema  da Pampilhosa. Quanto ao do Luso, há por aí quem argumente que a destruição pura e simples seria a melhor solução, porque está fora de moda  e de clientes. Claro que pode ter alguma lógica esta argumentação, mas ela  não foi a lógica utilizada para os dois cinemas já recuperados, um a funcionar com prejuízo permanente, outro num acabar de obras  que irão seguramente desaguar no mesmo prejuízo financeiro. Podemos multiplicar até por trezentos municípios deste país este prejuízo hospitalar! Mas espanto-me com estas teorias apoiadas em cegas opiniões  e fico a duvidar perante o velho adágio se há ou não há fumo sem fogo, quanto ao Luso.

Se fossemos basear as recuperações e muitas obras que se tem feito país fora nesta questão da sustentação monetária, nomeadamente os cinemas, mas também as piscinas e os pavilhões, os arquivos e as bibliotecas, os relvados e as praias fluviais, museus  etc, etc, não se teriam efectuado na sua maior parte, não por serem inúteis, mas porque o país não cria riqueza suficiente para a sua manutenção  e sustento. Esquecemo-nos que antes da casa se faz um alicerce e esta opção por equipamentos ao quilo,  discutível é certo, tem levado os municípios á revitalização de estruturas que tem assumido um  âmbito nacional  e isso parece-me suficiente   para exigir a finalização da estratégia que tem sido seguida pelo município da Mealhada.  A freguesia do Luso, depois do total desacerto que levou á minimização das termas  e á deslocalização da indústria sem qualquer  contrapartida, não pode ficar mais uma vez a ver navios pendurada num poder que  raramente percebe os problemas específicos da localidade. O teatro Avenida do Luso também tem a sua história, mas mais que isso ele é uma memória de gerações. Ali se realizaram espectáculos e sucederam acontecimentos que fazem parte do presente que somos. Ali funcionou durante décadas uma espontânea escola de teatro que hoje, entre saudades e anseios, aguarda um palco para continuar. Coisa que nos recorde, vem  de gerações anteriores de bisavós, avós e pais. Esvaziar a memória das populações é matar na sua génese os costumes, a cultura, a sua alma, levando as sociedades  ao vazias dum passado esquecido. A memória colectiva é espelho do que fomos e  visão do que seremos, cordão umbilical que nos une como agregado. Ali está a experiência, a sageza, o ensinamento, o erro, valores comuns que são de todos. Ainda que muitas vezes, de forma inconsciente,  são a hereditariedade atávica dos nossos antepassados. Poucos, é certo, mas bem caracterizados. Hoje, não se pode pensar uma sala exclusiva para cinema, mas numa sala polivalente ou multiusos, onde se possam fazer congressos e reuniões, exposições e encontros, variedades e projecções de cinema e  meios audiovisuais, uma sala ao dispor da população para ensaiar e levar á cena  as suas peças de teatro, um local  aberto e ponto de cultura. Uma sala que, pelas vicissitudes do tempo, o Luso deixou de ter.  Uma sala onde preserve memórias e dê azo às suas intervenções. As terras são as suas gentes, as suas promiscuidades, os seus desejos, os seus sonhos, não matemos com desrespeito pelo que fomos, o que continuamos  e querem continuar a ser. Muita coisa falta no Luso, não destruam mais um pedaço do espaço que nos pertence. É preciso exigir essa pertença.          

Gota, Dezembro,2014  

 

18
Nov14

DOIS TAXISTAS

Peter

taxistas 40.jpg

Curiosa fotografia de dois taxistas e um táxi  em meados do 

séulo passado. Não vamos nomear os nomes , são por demais

conchecidos  dos mais velhos, e ao fundo , encostado à Farmácia

Nova pode ver-se um autocarro dos Transportes Mecânicos

Luso-Bussaco na saída da garagem velha, bem como  a sebe

do jardim do turismo  quando ainda não estava construída a garagem

nova.Este era o modelo de táxis existentes então na praça do Luso.

A casa  da direita , onde existiu a alfaiataria Gomes , depois do

Azevedo, foi demolida para alargar a estrada , sempre com o

derrube de construções e do morro.

Agora , que se fala em demolir mais uma fatia, restam imagens

a relembrar que a garganta tem sido alargada sucessivamente

levando atraz o alargamento da rua do Forno.

01
Out14

LUSO,O COLAPSO TERMAL

Peter

A realidade do Luso é esta, o Verão chegou ao fim sem canto do pisco. Muita gente até duvidou se existem termas , entre a realidade e a ficção quase não se deu por elas. Obras fora de tempo obstaram á normalidade e os fumos tóxicos ajudaram a espantar muita gente. Fizeram-se umas festas e animou-se a componente que cresceu, os garrafoneiros que aos milhares monopolizam as onze bicas da fonte. Se não fossem estes turistas de “pé rapado” teríamos passado á desertificação. Bebem um café, comem um bolo, dão uma volta pelas barracas, compram uma bandeira do fêkêpê ! A autarquia até fala em subir a taxa de ocupação, pensam que os vendedores ganham tanto como eles próprios, políticos. Mas aqui o dinheiro de facto não cai do ceu e a crise chega a todo o lado, é bom não esquecer.

Tudo contribuíu para o fim dum Verão pouco compensador. O que conta são quartos refeições e tratamentos, isso que cria a riqueza, e ninguém pode estar satisfeito com o que resta d’outros tempos. A terra está a morrer perante a incapacidade dos eleitos de fazer alguma coisa. E na Câmara, por arranjos políticos a que a vila é alheia,voltou a ficar de fora um edil que represente o Luso e grite pelos seus problemas no executivo. Uma agravo mais para a unica freguesia onde existe Know out do turismo e que não é aproveitado.Ontem fui ao correio, chamam -lhe correio, mas aquilo é o reflexo negativo do estado a que chegou a vila. Pior que o lwo cost são estas empresas pimba, mais uma economia pimba, uma governação pimba, coisas alimentadas pela imbecilidade duma comunicação pimba que se encarrega de lavagens constantes ao cérebro do cidadão. O Luso foi esvaziado como balão de oxigénio. Da riqueza que o fazia respirar levaram tudo. Engarrafamento, água, escritórios, correio, pensões, cafés ! Ficou um furo artesiano e um segurança de plantão para o guardar, ironia do destino! De toda a exploração que fazem das águas fica zero nesta terra ! Vergonhoso. Nem dos mais de quinhentos mil euros a que a geminação deu origem por iniciativa de gente do Luso, nem desses cá fica um tostão, foram canalizados para a Câmara, um acto grosseiro e ultrajante para essa mesma gente! As promessas dum parque industrial de Barrô com unidades de fabrico de sabonetes, shampôs, cosméticos, pomadas e produtos afins tem mais de quinze anos e já fez parte de pacotes pré eleitorais aos quais juntaram dois novos hotéis. Reproduzo as promessas, preto no branco, não passaram de mentiras. Alguém viu o parque industrial? As fábricas? Os hoteis? O emprego?

O que se vê na verdade, é que o bloco de fisioterapia nunca mais abriu, que o concessionário com a ajuda e o apoio da autarquia reduziu as termas a um terço do seu tamanho e de parceria com a mesma autarquia enterrou canos pelas estradas municipais para engarrafar na Vacariça. Qual foi a contrapartida para o Luso? Nenhuma. Fecharam os escritórios, alugaram as Termas, mudaram a sede. É para olhar passivamente para isto que temos representantes a quem demos o voto ?

Não terão os eleitos o dever de indagar se o contrato de concessão está a ser cumprido? Desenvolve ou não desenvolve as termas? Não terão o dever de informar das razões porque ardeu a Srª do Leite, uma relíquia do século XVII que poderia valer até cem mil euros e era patrimonio local ? Quem é o responsável? Não terão o dever de resolver o problema dos fumos tóxicos e de reabrir o dossier da barragem de Vale da Ribeira? O que fizeram em defesa do correio? Nada. Aceitaram comodamente o fecho! E pelo badalado Luso 2007, depois Inova? O mesmo nada e esta é a via de desinteresse e abandono que não serve Luso nem município nem munícipes.As potencialidades permanecem e Termas não as podem mudar para outro lugar do concelho. Nem mudar o Buçaco, como querem. Este caminho não , não é o caminho certo, nem honrado, nem honesto que a politica prometeu.E o Luso tem e deve gritar por aquilo a que tem direito se não quer correr o risco de ser tragado pela sua passividade. 

                                                                                                                                           Set.2014

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

13
Set14

LUSO-CERTIDÃO DE NASCIMENTO

Peter

 

Capela de S.João Evangelista (séc XVIII) e lavadeiras em plena nascente.

T anto quanto se sabe, a certidão de nascimento do Luso tem a data de 1064, recolhida num inventário de vilas e lugares entre Vouga e Mondego, pertenças do Mosteiro da Vacariça, onde se refere, entre outras, a "villa de Luso, que fuit de Abba Noguram cum su ecclesia vocábulo Sancti Tomé". Desta primitiva paróquia da Vacariça desliga-se o Luso em 1834 quando da execução dos forais da Terceira, e mantém-se independente até à actualidade. 

Terra de água, floresta e milheirais, foi a partir de meados do século XVIII que as virtudes do precioso liquido foram propagandeadas, tendo contribuído para tanto o Dr. José Morais, da Lameira de S. Pedro e o Dr. Costa Simões, entre outros. Por aquela altura escrevia-se que, "abaixo duma copiosíssima fonte de água fria, rebenta um olho de água quente, a que chamam o banho". Em 1837, referenciavam-se no local cinco barracas de madeira, que a Câmara da Mealhada substituiu por uma casa de alvenaria, no ano seguinte.
A excelência da água, a pureza, a mineralização, a radioactividade, as propriedades terapêuticas que abrangem um grosso leque de aplicações em tratamentos renais, reumáticos, hipertensão. respiratórios ou do stress, canalizaram para o Luso grande número de banhistas, fenómeno que despoletou um crescimento acelerado da pequena aldeia, a que não foi alheia a acção do jornalista, ministro e conselheiro, Emídio Navarro. Tem um busto erguido na avenida de seu nome .
Do património arquitectónico, destaca-se a Igreja Matriz com esqueleto do século XVII, donde se salienta escultura da Virgem com o Menino ( Nª Srª do Rosário), do mesmo século, uma capela baptismal com retábulo seiscentista e uma imagem de S. Silvestre. em pedra, do sec. XV. A igreja foi refeita em finais do séc. XIX sob o impulso de Navarro, donde lhe vem a torre sineira com traço dum arquitecto suíço. Na Fonte de S. João, ou das onze bicas, há uma capela dedicada a S. João Evangelista datada do séc. XVIII com uma pequena imagem do santo, em madeira, do tipo corrente e do mesmo século.
De referir alguns edifícios modernos pelo seu porte e valor, como o palacete do Marquês da Graciosa, hoje  Hotel Alegre, o"chalet" de Emídio Navarro, o Hotel das Termas, traço do arquitecto Cassiano Branco, o Centro de Férias do Inatel ex-Hotel Lusitano,ex-Hotel da Carolina, a Art Nova do Casino e algumas "villas" ainda hoje existentes.
No Buçaco, o Palácio Hotel, obra do arquitecto e cenógrafo italiano, Luigi Manini, encomendada no último quartel do século passado para pavilhão de caça do rei D. Carlos, é um monumento neo-manuelino de cantaria coimbrã, que, enquadrado no ambiente sereno e acolhedor da mata constitui um quadro de rara beleza e motivo de visita de inúmeros nacionais e estrangeiros. Nas galerias exteriores, merece destaque a azulejaria do artista Jorge Colaço. Mas também o complexo herdado dos frades carmelitas, Mosteiro e Via Sacra, com esculturas da paixão de autoria de Costa Mota, Sobrinho, são um património considerável. No interior da igreja conventual, chama a atenção um retábulo de Nª Sª do Leite, óleo de Josefa de Óbidos. (ardeu  completamente em 1913 por incuria da Fundação Buçaco) 
A serra do Buçaco, que domina a região, aparece já como ponto de referência numa doação feita por Gundezindo ao Mosteiro de Lorvão no ano de 919 e, rebuscando no tempo, as "trilobites" do lugar de Louredo, são testemunhos fossilizados do Silúrico, bem no berço da criação do mundo.
Em 1628, a Ordem dos Carmelitas Descalços. entendeu fundar um cenóbio nas encostas da serra, e assim nasceu o Mosteiro de Santa Cruz do Bussaco, cuja vida monástica teve início  em 1630. Aos frades que aqui penitenciaram, se deve muito da actual riqueza da floresta, um parque botânico impar na comunidade europeia.
Em 1810, nas vésperas da Batalha do Buçaco, o Convento serviu de hospedaria ao Duque de Welington, e foi ponto de apoio da renhida luta que se travou nas imediações. Relembram-se todos os anos, em 27 de Setembro, os acontecimentos decorrentes das invasões napoleónicas, que opuseram no local as tropas anglo-lusas ao exército francês e no Museu Militar pode verificar-se o espólio da batalha.
Hoje a freguesia é  (era) uma estância termal de nomeada, possui (possuía) um bem apetrechado centro de fisioterapia, bom equipamento hoteleiro, salas de congressos e exposições, posto de turismo, museu, banco, piscinas, ténis, campos de tiro e futebol. É servida pela estação dos caminhos de ferro da Beira Alta, via electrificada com ligação à Europa e dista sete quilómetros da auto-estrada Lisboa -Porto, com bons e rápidos acessos a qualquer uma destas cidades, bem como a Coimbra, Aveiro, Viseu, Guarda ou Salamanca.
Industrialmente, de anotar ainda a exploração da água mineral de mesa, a conhecidíssima Água de Luso, que é hoje o maior empregador do concelho da Mealhada.
Administrativamente pertence ao distrito de Aveiro, confinando nos seus limites com os distritos de Coimbra e Viseu. Dela fazem parte os agregados populacionais de Barro, Buçaco, Carpinteiros, Carvalheiras Lameiras de S. Pedro e Stª Eufêmia, Louredo, Luso, Monte Novo, Salgueiral e Várzeas. Os antigos lugares de Moinhos e Venda Nova fazem hoje parte do tecido urbano do Luso. Em termos jurídicos pertence à Comarca de Anadia e religiosamente à Diocese de Coimbra. Teve por oragos S. Tomé, S. Silvestre e actualmente a padroeira é a Sr'ª da Natividade. Existe na igreja matriz um retábulo dos finais do séc. XIX com a imagem da Santa em madeira de  tipo corrente.  FS

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