Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

ÁGUASDOLUSO

BURRIQUEIROS,OS QUE TOCAM OS BURROS...

ÁGUASDOLUSO

BURRIQUEIROS,OS QUE TOCAM OS BURROS...

26
Jan19

CÁTASTROFE LUSO BUÇACO

Peter

DSC_0784.JPG

O lago continua esburacado, espécie de hospital de rua. Não é o primeiro nas Termas. No tempo das invasões francesas o hospital de sangue acolheu amigos e inimigos como se fossem irmãos, dor e morte não têm cor. Agora, no malfadado ano de 2018 depois do lago, o presidente da Câmara da Mealhada exibe o poder e manda fechar o Hotel do Buçaco e vem dizer publicamente que não foi ele! Se não foi ele falsificaram-lhe a assinatura!  Alguma bruxa ? Bisa até na Assembleia Municipal que não foi ele, perante eleitos calados. Ridículo. e impróprio! Em que democracia estamos, em que lugar vivemos e de que rebanho somos?

Não sei se já tínhamos assistido a isto no concelho, mas política não é. Vê-se sim achincalhar a política. Este mandar fazer desmentido pelo próprio, ultrapassa o respeito e confiança que se deve ao eleitor e é trágico para o município. O território está bem entregue, as Termas e a Mata do Buçaco, idem, mas as freguesias não pensem que estão melhor. Vejam onde se gasta o dinheiro do munícipe, em festas, em mercados gigantes, megaestruturas fora de uso que não se utilizam hoje, obras inúteis de cabeças partidárias pensando em votos, poder e em museus futuros. Esta outra história do museu que começa por dois milhões e trezentos mil euros para criar um só emprego, o do conservador, tem muito que se lhe diga e só por si esgota as capacidades financeiras da autarquia para outros investimentos. Uma vergonha! Há alguma razão para isto, um emprego por dois milhões e meio de euros? Descobriram petróleo? Não brinquem com coisas sérias! Respeitem o munícipe que vos paga o gordo ganha pão!

Depois, para que o concelho saiba, o Palace do Buçaco foi condenado por um detector de incêndios não apitar, razão dada pelo protetor civil que é também o presidente da  autarquia. Só não fechou porque o concessionário fez entrar no tribunal uma providência cautelar e a proteção distrital teve o bom senso de resolver a questão com a simples substituição do sensor. Por isto quarenta funcionários altamente qualificados do hotel número um deste país e as famílias, estiveram á porta do desemprego e na mesa dos apoios sociais. Como diz o povo, não somos da Lourinhã , as razões duma politica agressiva contra  município e pessoas são outras , já que a loucura é do  foro da doença e não da política. Este edil, que já foi deputado e bateu umas boas sonecas na cadeira do hemiciclo como mostrou a televisão ao tempo, governa quem e o quê? E o executivo, o que faz? Ajuda? A Assembleia Municipal, tirando uns piropos da oposição e os piropos da resposta não diz nada, e os maioritários entram mudos e saem calados, um triste e pobre exemplo do que são representantes eleitos pelo povo.

Se queremos ir em frente como concelho não é com mordomias, influências e compadres. Calando as nossas vozes não se vai longe. Há que mudar de vida, de mentalidades, de atitudes, de políticas de interesses duvidosos.

Antes de um conselho ao visado deixo ao leitor um texto de Eça de Queiroz que me parece oportuno para que se veja o Estado a que se chegou  nesta quintarola de artistas, e mordomos. Cá vai do nosso Eça e do seu  conto “A Catrástrofe”;

“…Sempre o Governo! O governo devia ser o agricultor, o industrial, o comerciante, o filósofo, o sacerdote, o pintor, o arquiteto, tudo! Quando um país abdica assim nas mãos dum Governo toda a sua iniciática e cruza os braços esperando que a civilização lhe caia feita das secretarias, como a luz lhe vem do sol, esse país está mal; as almas perdem o vigor, os braços perdem o hábito do trabalho, a consciência perde a regra, o cérebro perde e acção. E como o Governo lá está para fazer tudo, o país estira-se ao sol e acomoda-se para dormir…”

Troque-se Governo por autarquia e tudo piora, a escala é inversamente proporcional ao tamanho da obra.

Quanto ao conselho, só há um, demita-se! É o que se faz num país sério!

Luso,Janeiro,018      Aguasdoluso.blogs.pt

 

14
Jan19

A PROTEÇÃO CIVIL NÃO É O PAI NATAL

Peter

varzeas city.jpg

H á dois anos foi o desastre total com dezenas de mortes. No ano de 2017 foi o melhor dos males, pouco havia para arder, mas foi uma vitória segundo a partidarite. Este ano entre polémicas e jogos de poder, um Natal trágico faz a morte duma equipa aerotransportada de saúde pública a que se associa um enredo de anarcas e burocratas que não descobriram o Heli. É o colapso da proteção urdida nos partidos. Ou seja, uns clientes mais a controlar os meios dão nisto. Regras, horários, fichas, chefias, requerimentos, papeis, licenças. Por fim, salvar o próximo. Uma paralisia frustrante, num sub-produto saído de inteligências partidárias, sábias cabeças das margens da corrupção e bancarrota. O oposto da ajuda a quem precisa. O absurdo de se poder legislar qualquer coisa” boy a boy”! Uma gigante unidade de comandos e subes que leva horas a juntar terços para acudir a quem está com a corda na garganta! Duzentos e três homens perdidos no terreno, sessenta e nove a olhar o vale do rio Ferreira, mais cinquenta e cinco carros numas curtas andanças e os galões a sêco porque chove.
Sete horas para encontrar em Valongo, freguesia de Valongo, área metropolitana do Porto, um Heli amarelo vivo com quatro vítimas dentro. Desfeito, duas dentro e duas fora. A proteção civil não anda á chuva, muito menos em vendavais, garantia para os portugueses numa futura catástrofe. Um tsunami e não se sai das casernas! Não há focos, holofotes, um acidente não é nenhuma festa que dê votos! Mas dá ajudas de custo, ainda que na barraca!
Um patético coronel, gordo, limpo, farda passada a ferro, galões cinzento mate, chega à conferência de imprensa sem nada para dizer. Homem doutro planeta, não sabe nada. Além dos regulamentos, da lei, do protocolo. Guardas de honra, seis de cada lado numa mesa quadrada apoiam o silêncio. Sabem o mesmo nada que sabe o graduado. Há regras a seguir, preceitos, autorizações, sentinelas e continências. Chefias, os bombeiros, o INEM. Das vítimas nada. Mortas ainda não estão. Às vezes há milagres! Nada foi encontrado, ouviu-se. Quase sete horas após o desastre, ás portas do Porto, área metropolitana, falam em prolongar o metro de superfície e tudo! E nada. No alto, Santa Justa tem uma ermida. O que esperar da santa assim de sopetão?
E grotesco do grotesco, foi preciso meia dúzia de motards do clube local para encontrar os corpos e o aparelho desfeito na noite de breu.. Disseram em entrevista. Bateu numa antena de oitenta metros de altura, sem luz, no cimo do monte. E despenhou-se por ali abaixo como não podia deixar de ser. Nem a santinha, lhes valeu! Uma antena sem sinalização. Fui eu, um cidadão que a autorizei e esqueci de iluminar. Não serviram de nada os telemóveis do heli, das vítimas, dos organismos. O GPS muito menos, o Siresp costeiro nem se fala! E depois protocolos e continências não salvam população.
É isto a proteção civil que manipula bombeiros? È isto que querem fazer ao ministério público, controlado pela “boyada “dos partidos? São inocentes que morrem, voluntários sem nome e sem galões. Não são robots. Se alguma das vítimas chegou com vida ao solo, não sabemos, morreu da cura. Como quatro dezenas há dois anos, assadas na estrada de Pedrogão. A mesma inépcia. Semelhante anarquia. A serra de Monchique ou a estrada de Borba! Os mesmos funerais, as mesmas homenagens, iguais figurantes em altas cilindradas. As mesmas palavras e inquéritos sem resultado.
No domingo, quando os grunhos da bola derem uns pontapés, será como antes. Esquecem-se mortos como os banqueiros que roubam! Cala-se com cinco ou dez euros a tripa do ordenado, a humildade com a cultura pindérica e Portugal com o paraíso europeu!
E o Pai Natal faz a festa !
Esta versão de proximidade é da rede da comunicação social e embora sem uma fita de tempo, é a sucessão dos factos contados. Imagens, palavras, entrevistas , opiniões no seu tempo real. Pêsames ás famílias . Natal,2018

 

02
Jan19

2018 UM ANO PARA ESQUECER

Peter

 

lago.jpg

Fotografias tiradas hoje no lago do Luso ainda internado no hospital de ar livre por conta da Câmara da Mealhada. Não é o primeiro na freguesia, já existiu um de sangue no tempo das invasões. Enterrado o péssimo ano de 2018 , uma vergonha da politica para se esquecer, a estância termal ficou numa completa ruina , tal como este lago e a sua envolvente . Piscina fechada, restaurante e café encerrados, não há vivalma que se aventure neste deserto, um recurso turístico promovido pelo presidente da edilidade, génio da politiquice actual, apostado como está em destruir o Luso e creio que todas as outras freguesias em prol da cidade que governa.
No malfadado ano de 2018, o mesmo edil mandou fechar o Palace Hotel do Buçaco por sua própria iniciativa e talvez a conselho de assistentes bem pagos, e embora minta dizendo que não foi ele, a verdade é que foi ele próprio que assinou os documentos, ninguém lhe falsificou a assinatura. Com tal gestor o concelho está bem entregue e as Termas do Luso e a Mata Nacional do Buçaco ainda muito mais. Basta dar uma volta pelos respectivos locais para se ter uma ideia que a fundação camarária tem feito a favor do património que é de todos nós portugueses, o da Mata Nacional, fruto dum assomo genial do ex-ministro Sócrates que despachou a responsabilidade do Estado para uma câmara amiga e de tão pequena dimensão. Os amigos são para as ocasiões, a leviandade para sempre.
O Palace Hotel do Buçaco não fechou por seis meses renováveis a partir do verão passado, pena a que foi condenado em razão de um detector de incêndios não apitar, motivo evocado pelo protector civil, que é ao mesmo tempo edil, usou para o fechar. Como se todos fossemos, como bem diz o povo, da Lourinhã!
Valeu uma providência cautelar interposta por Alexandre Almeida, o concessionário e o bom senso da protecção civil do distrito de Aveiro para resolverem o assunto com um apito novo. O var trabalhou bem.
Foi bom porque o cidadão presidente esqueceu os quarenta profissionais altamente qualificados que trabalham na unidade hoteleira e nem pensou sequer no seu destino nem no sustento das suas respectivas famílias. A não ser que os metesse na Câmara que já é o maior empregador do concelho , mas com mulheres e filhos , primos e afilhados, a coisa tornava-se complicada…

barraca.jpg

Este politico, que já foi deputado e aproveitava para bater umas boas sonecas no Parlamento como mostrava a televisão ao tempo, faz uma coisa inédita, em vez de construir, destrói. E a seguir diz que não foi ele !!!!
Eu aproveitava para deixar um excerto dum texto de Eça de Queiroz que me parece oportuno para que se veja o Estado a que o Estado chegou e deixou chegar esta quintarola de artistas, sobretudo de pintores e de mordomos.
Cá vai do nosso Eça o que deixou escrito no conto “A Catrástrofe”;
“Sempre o Governo! O governo devia ser o agricultor, o industrial, o comerciante, o filósofo, o sacerdote, o pintor, o arquitecto-tudo! Quando um país abdica assim nas mãos dum Governo toda a sua iniciática e cruza os braços esperando que a civilização lhe caia feita das secretarias, como a luz lhe vem do sol, esse país está mal; as almas perdem o vigor, os braços perdem o hábito do trabalho, a consciência perde a regra, o cérebro perde e acção. E como o Governo lá está para fazer tudo, o pais estira-se ao sol e acomoda-se para dormir…”
Substitua-se o Governo pela autarquia e as coisas pioram porque a dimensão da escala é inversamente proporcional ao tamanho da asneira.
Para que quer o cidadão politicas e políticos tão bem dimensionados?
Se um dia disserem por aí que o populismo avança, não se admirem. É que alguma coisa tem de facto que mudar, para onde é que não se sabe!

23
Dez18

FELIZ NATAL MUNICÍPIO OU UM ADEUS A 18

Peter

galeria 1.jpg

Galeria do Casino , Salão de  festas e bailes, foto de 1924

FELIZ NATAL!  de castigo está o município “ disse o presidente da camara a propósito do buraco do Lago!

Lago do Luso, disse eu numa das crónicas anteriores para agora perguntar : “Quereria o mestre dizer que não tinha meio milhão de euros para reparar a rotura?” Meio milhão adjudicado afinal por menos de trezentos mil euros numa mentira precoce? Fake new antes de o ser que tanto pode ser precoce como póstuma? O que pretendia dizer a Câmara pela voz do seu presidente quando poucos dias depois há dinheiro para comprar uma quinta, chamada do Murtal, por dois milhões e trezentos mil euros? Contrariedade? Obstáculo? Irritação? Ou negócios ?

Politicamente falando não existiu razão para o lamento, afinal mais uma machadada á freguesia pela câmara, tão empenhada em destruir as termas como a fundação a acarretar camiões de madeira Mata do Buçaco fora.

A pronto a ou crédito a autarquia responsabilizou-se pelo pagamento duma quantia exorbitante por mais um monte de sucata a juntar á que já existe e que fica cara ao bolso do munícipe e é suficiente para manter a paralisação em que se encontra o território em termos de economia e desenvolvimento. Este negócio de cariz socialista, esteve há anos na agenda partidária mas não se chegou a consenso sobre o caso, pelos vistos terá continuado na gaveta a aguardar a ocasião de uma qualquer geringonça passar os limites razoáveis da política adquirindo por mau preço o que não serve ao concelho nem munícipes. Poderá um dia servir a empreiteiros de obras, na próxima geração…ou talvez não!

torre.jpg

Hoje uma maioria autárquica que coxeia, consumou o ato. Uma decisão que foi contestada pela oposição, primeiro por falta de informação transparente, depois dúvidas sobre a oportunidade, terceiro, porque num investimento deste peso que vai influenciar as actividades da câmara por anos, a unanimidade seria essencial uma vez que vai amarrar qualquer executivo que venha a seguir a problemas no futuro. Também a clareza e a informação reflectida pelos dados da sessão autárquica não foram de modo algum suficientes para as duvidas que deixam levantadas. Resumem-se a autoritarismo e a explicações de ”lana-caprina” para tapar olhos a incautos dando conta da falta de diálogo e democracia que falta na gestão municipal. E repito, não falamos dos trezentos mil euros que custou a recuperação do lago nas termas, mas de dois milhões e trezentos mil investidos em sucata de longo prazo com base numa hipotética especulação sobre o alibi dum museu. Como se vivêssemos em patamares de riqueza de Lisboa ou Porto para deitar dinheiro ao ar. Se do espólio imobiliário que existe nunca saiu coelho da cartola, como vai sair agora duma idêntica sucata? São acções nulas num executivo de nulidade apostado em estagnar o território no seu próprio esgotamento, sem novas ideias para sair da sonolência rotineira onde se embrulhou e dorme. Ressonando.

Este ato que levanta muitas dúvidas ao cidadão comum não tem razão de ser nem assenta em qualquer estratégia de desenvolvimento. Por cumprir podemos listar á priori um campo de golfe sem buracos, um nó ferroviário sem comboios, parques industriais que não passaram de projectos, uma variante á estrada nacional que é uma necessidade á vista, uma recuperação do Buçaco que contrariamente continua em degradação, uma rede de regadio no Vale da Vacariça que ficou sem água por falta de barragem, o teatro do Luso por recuperar, bem como a recuperação da zona central e o saneamento por acabar, o teatro da Pampilhosa parado, um Palace Hotel do Buçaco que a Câmara pretende fechar com a intervenção directa do executivo e presidente á cabeça, ou o equivoco do turismo de batateiros e pé descalço. Investimento reprodutivo não há, no turismo e em estruturas não há, na melhoria das condições de vida das pessoas muito menos e o crescimento económico estagnou.

varzeas city.jpg

Como lembrou a oposição, o concelho tem muito mais onde investir, as necessidades são muitas e os recursos escassos. Como se pode pois comprar sucata imobiliária para apodrecer em silvados utilizando milhões de euros pedidos ao estrangeiro?

O que parece é que a Câmara resolveu o problema dos proprietários do bem e transferiu o problema para a Câmara, sobretudo para os munícipes que esses sim, é que vão pagar o empréstimo. E fico-me por aqui por falta de crença absoluta nesta política balofa de fazedores de nadas que cristalizam em poleiros e mordomias.

Há quase quarenta anos conhecedor e actor da política partidária, nunca me pareceu ir tão longe o descrédito da autarquia e o assumir uma despesa de dois milhões e trezentos mil euros na compra de mais sucata parece-me uma leviandade que passa o senso comum. Porquê? Fica a pergunta.

Àqueles que me lêem um Feliz Natal, extensivo ao município.         Luso, Dezembro,  2018      

 

23
Ago18

DE CASTIGO ESTÁ O MUNICÍPIO OU A FREGUESIA ????

Peter

 

lago seco.jpg

 "...de castigo está o Municipio todo por causa dos quinhentos mil euros que vão ser gastos em todas essas obras"

 

Estas são palavras de Rui Marqueiro, presidente da Câmara a propósito dos gastos com a recuperação do lago , da cafetaria e algumas ruas , na sequência do buraco do Calamina sob o pavilhão gimnodesportivo, tudo nas Termas do Luso, palavras proferidas na última Assembleia Municipal. 

Estou em absoluto desacordo com a sua opinião. Por variadas razões.

Em primeiro lugar porque 500 mil euros são cem  mil contos antigos que hoje mal chegam para comprar  duas ou três assoalhadas de um apartamento: segundo porque a obra  do pavilhão foi lançada e executada num tempo em que o presidente liderava a  Câmara e era responsavel por ela,  obra;  terceiro porque  se correr as actas da Câmara do ano que decorre facilmente encontro uma soma idêntica de verbas  gastas em carnavais ,festas , foguetórios e banquetes, e quarto porque deve entrar aqui a história dos dois ou três centimos que a Câmara recebe da Sociedade da Água do Luso por cada litro de água vendido que deviam ser gastos na freguesia do Luso.

velhadistribuiçãoa 2.jpg

E vou explicar  porquê:

A Câmara arrecada anualmente a verba e sem qualquer tipo de transparência faz um segredo  e um silêncio que se quizermos levar ao extremo as nossas interrogações é no minimo  esquisito e comprometedor. Mas para que fique bem clara a origem desse dinheiro eu , que participei e acompanhei  o processo, vou recontar a questão e como na minha perspectiva aconteceu.

Podemos dizer que a mãe desta verba foi a geminação com Contrexeville, geminação efectuada quando estava no poder, quer na autarquia Câmara, quer na  freguesia, o partido social democrata que, curiosamente criou através dum secretário de estado chamado Licinio Cunha uma Escola de Holetalaria no Inatel Lusitano e que depois os socialistas fecharam.  Esta geminção é, não tenho dúvidas,  a primeira Eva do  parto dos tostões litro, a fonte  do contrato geminatório que mais tarde nos levou , enquanto Junta  de Freguesia e Junta de Turismo, já em tempos socialistas, áquela cidade francesa na continuação de visitas anteriores do tempo dapresidência de Emidio Santos.

Era  Homero Serra e Jorge Carvalho pela freguesia , António Gonçaves, o Carlos Alberto do Pedro dos leitões e eu próprio pelo turismo e fomos nós que, através do nosso francês escolar percebemos,  durante as visitas , o desafogo financeiro de que gozava o municipio francês, bem como as muitas e boas estruturas termais e turisticas que ali existiam. Um estádio municipal, piscinas, centro hipico e , entre outras um pavilhão,  do qual foi trazida mais tarde a cópia para o pavilhão do Luso. Esta porém, é outra via da história.

Do desafogo financeiro da Cãmara local dava-nos conta Simone , a nossa anfitriã em França , sempre solicita a receber , instalar e trocar informações ou a incentivar a nossa actuação , que em alguns casos nos abriram um caminho.

 fonte pintada mão.jpg

 Foi o caso dos cêntimos/litro de água   ainda em francos franceses, que a empresa das àguas de Contrexeville dava á Câmara por cada litro de água vendida , ideia que discutimos e trouxemos connosco na mala dum regresso , com uma esperança em

cada bolso, o desafogo financeiro para a  Junta  de Freguesia e capacidade para executar algumas das obras emblemáticas que vinham de longe como um parque de campismo ou a reconversão da Quinta do Alberto, coisas dos  nossos pais e avós que á Câmara da Mealhada sempre interessaram muito pouco.

Mas as novas como  o pavilhão, o campo de futebol  onde estagiava de vez em quando a seleção francesa, uma piscina livre da privacidade dum hotel , uma biblioteca capaz ou um pequeno museu de hotelaria ou a recuperação dos Moinhos de Carpinteiros  eram hipoteses que se abriam à viabilidade do  sonho.

Foi assim que construímos e trouxemos connosco a ideia. Em sonhos. E realmente  neste mundo nada acontece por acaso, nasce  de ideias, do conhecimento, do raciocinio e só depois dos actos. Falar é fácil, diabolizar ainda muito mais, mas construir alguma coisa  é outra coisa mais dificil e responsável.

Foi quando metemos nisto Rui Marqueiro, o presidente da Câmarapara nos ajudar , e lembremos que a geminação era Luso/Contrex, que  surgiram os problemas, porque afinal o orgão freguesia , não tinha capacidade legal para assinar estes contratos , perante uma lei que não é igual para todos, como hoje continua a não ser, retirando o poder ás Juntas de  Freguesia, ao contrário do que acontece na França onde elas não existem porque tudo são Câmaras, quer sejam grandes quer pequenas, com o poder de serem donas de si próprias. Quer sejam mil, cinco mil ou  cem mil habitantes, são eles a dirigir os seus destinos e não os outros, como acontece em Portugal e nos acontece a nós, nas Termas do Luso.

claUSTRO.jpg

 O BUÇACO RELIGIOSO

Entre o desistir do processo e desistir dos cêntimos/litro ou aproveitar o litigio entre  Câmara e Sociedade da Àgua do Luso que corria no Tribunal  de Anadia, para atingir um melhor resultado para a autarquia concelho concordamos em fazer-se o contrato com a  Câmara, e foi assim que o Presidente   Marqueiro entrou isto  e liderou o resto da questão , mas com a verba a ser gasta na freguesia do Luso já que era dela a ideia, a iniciativa, o trabalho e o direito , que deriva dos seus próprios autarcas e representantes.  Fantasias!

O contrato fez-se com a assinatura da autarquia Câmara  que depois " fechou-se em copas"   até hoje sem se saber de forma publica o que faz a esta receita. Isto não é a democracia nem a prima dela e a falta de ética e transparência são obviamente muito pouco abonatórias para a gestão do orgão, mas este país é isto mais o compadrio, o tráfico de influências, etc,etc,etc....Nesta área, muitissimo pior que nos tempos de salazar.

Em linhas gerais esta é a história  dos cêntimos /litro que ainda hoje se recebem e,  fazendo umas contas sem  grande rigor contabilistico, nos cerca de quinze ou mais anos que a Câmara leva da receita destas águas do luso que cá não ficam nem tornam e são entre 300/400 mil euros anuais,  dependendo das vendas da própria empresa, a coisa não anda longe dos seis milhões de euros  até hoje. Foram empregues no Luso? Não. Onde foram empregues? Não se sabe. Que benefícios teve o Luso ? Nenhuns, pelo contrário ...

Não vejo pois qualquer razão para que o municipio fique prejudicado , quem de facto está prejudicado e castigado nesta contenda  é a freguesia do Luso, afinal aquela que dentro deste municipio vale alguma coisa em termos de contexto europeu, como muito bem sabe o senhor Rui Marqueiro que é Presidente da Camara e da qual todas as outras que compõem o municipio, teriam a ganhar com o seu desenvolvimento. Da mesma maneira sabe o mesmo Presidente Rui Marqueiro , se bem que não tenha sido ele a receber  a  esquisita dávida, que a Mata Nacional do Buçaco tem um valor europeu e a Mata Municipal do Buçaco não tem  esse valor europeu. São coisas absolutamente distintas, cuja capacidade de divulgação e atração nada tem a ver uma com a outra e que até em valores de apoios se distanciam completamente. 

015.jpg

O BUÇACO DOS GUARDAS FLORESTAIS

Mas sabe igualmente o Presidente da  Câmara que com o orçamento de 17 milhões de euros que gere e do qual retira algum  para  a fundação socrática buçaquina, retirando-o das pertenças dos municipes , nunca terá hipoteses de recuperar  a Mata e a floresta, hoje

vergonhosamente mal tratada, no que é o património ambiental , botânico  e contruído , entre ele o Palácio Hotel que não tarda começa a ruir  interiormente bocado após bocado e que a ASAE tentou fechar por denuncia da  própria Câmara não sabemos com que intenções.

O que quer a autarquia  perante um bem nacional daquela envergadura?  Colmatar uma lacuna com aquilo que não tem na casual sede do concelho fazendo um palácio hotel igual na Mealhada junta  á sede do Turismo sem turistas? Satisfazer um capricho ? Uma vaidade? Um pôr-se em bicos de pés da maneira mais estúpida e incongruente e irresponsavel? Traficar?

Ou não quer mesmo nada , além de destruir a Mata e as Termas do Luso como aconteceu e está a  acontecer?

Toda esta política levada a cabo pela Câmara, que eu considero politicamente irresponsavel, não passa dum absurdo sem qualquer fim á vista e tanto é má para freguesia como para  todo o municipio cmo para a região.

A Mealhada que pretendem fazer não existe a não ser nas cabeças de politicos opacos , o que existe de facto é um municipio e umas tantas freguesias que são permanentemente espoliadas dos seus bens e esquecidas nas suas potencialidades a favor duma cidade imaginária , como  muitas outras que ainda não cumprindo a legislação existente são cidades meramente partidárias.

Ora é o contrário disto que deve acontecer. Respeito por cada uma das peças e pelo seu valor intrinseco. Respeito pelo território, pelo seu património e pelas suas gentes como um todo . E já que uma obsoleta divisão politica administrativa concentra  o dinheiro e o poder num centro, há que alargar esse centro até aos limites do território, isto é, em vez de roubar,deve ceder e crescer num todo até atingirmos um dia a cidade comum. O contrário é o absurdo , o esvaziar dum território já de si extremamente carente e interiorizado por politicas de abandono permanente, de estratégias ou de ordenamentos dezenraizados das necessidaes do país e da comunidade .

DSC_0836.JPG

O BUÇACO MUNICIPAL

Isto que me parece  fácil, quase intuitivo de perceber, foge ao saber de uns novos experts que nunca tendo feito nada pelo concelho durante uma vida inteira, surgem agora depois de velhos e reformados a espalhar atoardas e  mentiras em conjunto com  jogos de influências e traficâncias sem nexo como se quem andou  trinta ou quarenta anos na politica fosse leigo na matéria. Nunca duvidei das boas intenções das pessoas, ao nivel das autarquias pequenas não há rapazes maus, como dizia o Padre Américo, porém fazer politica é outra coisa de gente crescida  e é  preciso um minimo de experiência para saber o que se faz ou diz , para não cair na patetice dos tolos e  na falta de senso comum da chafurdice pindérica.

Quando ao resto , acho que o presidente Rui Marqueiro deve medir o que diz , não vá o Luso chamar aí uma televisão para contar ao país a realidade dos dias. O que não é grande coisa para ninguém....mas pode resultar. Se bem que eu nunca tenha sido angariador de off-shores nem inventor de militantes!!!

 Numa próxima oportunidade vou registar a verdadeira história do Centro de Estágios, para que fique claro para os meus conterraneos que queiram entender os factos com uma proximidade maior à realidade , realidade que é sempre uma coisa simples, clara e transparente, quando contada numa versão honesta fora dos interesses imediatos das comédias dos saltimbancos politicos, onde verdadeiramente nunca me senti bem.

17
Ago18

DONDE ÉS TU ? SOU DO LUSO!!!!!!!!!!

Peter

 

LUSO - Futebol Anos 40's.jpg

Para amenizar um pouco a crise de abandono porque passa

o Luso  aqui deixo a fotografia duma equipa de futebol tirada

em 1945 no Campo da Feira, onde hoje está a chreche Maria

do Resgate Salazar. Quando a bola saía para o Vale do

Castanheiro, tinha que se ir  buscar a Várzeas, o que era um

bom exercício. 

Na entrada do campo , ou estádio, talvez o primeiro que

existiu nas termas, estava a casa do Àlvaro Reu, uma  figura

incontornavel do tempo de então.Tenho uma ideia de que as

camisolas eram vermelhas, ou seja um  equipamento à Benfica ,

mas não posso garantir, mas os nomes dos artistas são todos

conhecidos e estão na lembrança  de muitos.

jazzluso.jpg

Para superar as tristezas e recordar alegrias, junto  mais ou

menos do mesmo tempo uma outra recordação, esta do jazz

do Luso que abrilhantava muitas vezes o baile do Atlético, 

do 1º de Dezembro e depois do Desportivo. Aí pontificava a

bateria do Nau , na foto  e ainda um sobrevivente desse tempo .

No Verão , sem dúvida muito mais animado do que hoje a terra

era uma pequena cidade. Pode até afirmar-se que foi a primeira

cidade do concelho, se  as cidades naquele tempo se fizessem

com aldrabices e por cima das leis, isto porque as termas durante

a época balnear eram  uma pequena cidade com mais vida que

as cidades cidades paróquia dos dias que correm.

filarmonica lusitana.jpg

A Filarmónica Lusitana, do Luso , 1985

O Luso tem também atrás de si uma velha história que não

 está contabilizada, nem contada  no que respeita a festas e

teatros, história vinda de antepassados que só acabam em

avós e bisavós distantes. Teatros houve vários, desde a casa

do Soares, á casa do Teatro do Abel Serafim que foi um

investidor pioneiro , casa que ainda hoje existe , ou o salão de

festas do Casino do Luso que foi palco de todo o género

de espectáculos incluindo  bailes, teatros, óperas, récitas,

conferências , cinema nos seus primeiros tempos.

luso rancholusas.jpg

O rancho Lusas

Sem dúvida a história mais rica do território concelhio

com o respectivo  património construido e cultural que hoje

pertence ao concelho da Mealhada, herdeiro da Vacariça.

Um municipio que por razões óbvias nunca deu ao Luso

a importância ou o valor que a freguesia possui, bem pelo

contrário, na história municipal raros são os casos em

que não hostilizou a freguesia, exceptuando duas figuras

impares, quer para as Termas quer para a  Mealhada, que 

foram Costa Simões e Messias Batista.

Faltaram vinte anos á terra para ter o destino nas suas

mãos e ser hoje um municipio capaz de ombrear com

Sintra, Óbidos ou S.Pedro do Sul, entre outros.

13
Ago18

LUSO,QUEM TE VIU E QUEM TE VÊ!!!!

Peter

lago seco.jpg

Estas imagens referem-se ao Lago das Termas do Luso e ao estado

calamitoso em que se encontra. Construído há uns anos com

o esforço da freguesia do Luso, da Sociedade da Àgua de Luso ,

da Junta de Turismo Luso-Buçaco e da Câmara da Mealhada

encontra-se hoje nesta lastimosa  situação.

lago barco.jpg

A gestão a que tem estado sujeito lago e espaço envolvente por

parte da autarquia Câmara da Mealhada, sem manutenção, sem

pessoal, sem melhoramentos, ao total abandono  em 

termos de turismo , conduziu á destruição lenta do lago e de todo

espaço envolvente desde que foi extinta a Junta de Turismo Luso-

Buçaco, anterior  entidade gestora.

laco fundo.jpg

Esta falta de interesse politico pelo desenvolvimento das Termas do

Luso manifestamente traduzido nos actos levados a cabo pela 

autarquia é o sintoma da sua incapacidade para gerir o turismo

local . A falta de manutenção do lago provocou a abertura dum poço

entre este e o pavilhão gimnodesportivo local, outra estrutura 

turistica na gestão da autarquia.

lago 1.jpg

 A piscina sobranceira ao lago foi igualmente fechada por ameaçar

ruina e com ela a concessão dum café restaurante que completa  o

espaço , verdadeiramente indispensavel para o  funcionamento

dumas Termas com 166 anos de existência. Fechou sem  abertura

de novo concurso de concessão.

lago repuxo.jpg

Creio que estas imagens elucidativas  ilustram bem a falta de 

interesse , de conhecimentoe e a incompetência de quem gere os 

destinos das Termas  do Luso, neste caso particular na vertente do 

turismo, a única actividade que pode manter em aberto a 

sobrevivência da vila do Luso.

lago bar.jpg

Nesta fotografia , o bar cafetaria , o restaurante que servem o local

e a piscina, também fechada e abandonada , como se pode  

facilmente constatar pela imagem. Todo este espaço, embora

pequeno, faz parte dum universo local que custou muito fazer 

para determinado fim, o desenvolvimento das termas.

lago geral.jpg

Convém lembrar aos responsaveis (ou irresponsaveis)

politicos que estamos em pleno mês de Agosto e que deviam não só

saber , como refletir sobre o facto de estarmos no auge da época 

balnear  , época em que esta terra pode fazer os seus negócios e

lutar pela sua própria sobrevivência.

Como sabem, ou  devem calcular, o dinheiro não cai do céu,

como acontece aos politicos. Ou pseudo. 

O caso é mesmo para deixar aqui uma pergunta popular:

"Quem te manda a ti sapateiro, tocar viola? "

Sem ofensa para o sapateiro!!!!!!

proibido.jpg

E finalmente o espírito, proibido entrar na rua....Tacanho?

Talvez , mas assim não se vai longe !!!!

Como se pode não ver aquilo que está á vista???

É o espírito da coisa ! Cem anos, para mais!!!!

Pena ainda maior é que  também a gestão da Mata Nacional

do Buçaco , passa pela mesma autarquia!!!!

 

12
Ago18

MULTIBANCO SEM DINHEIRO

Peter

 

multi.jpg

 A falta de dinheiro nas máquinas multibanco continua a ser mais um entrave  no turismo desta terra. As queixas multiplicam-se e claro, o Verão é a melhor época para não haver verbas nos cofres do multibanco, quando os visitantes chegam, podem deixar alguma coisa e se vão embora por falta deste generoso serviço e bem. Mais um ótimo pontapé no turismo concelhio que por mais que o empurrem estrada  abaixo não se desloca um passo deste local onde está. Talvez aqui a  autarquia câmara não tenha a maior culpa, mas comprometeu-se a tomar conta destas coisas quando , acabadas as Juntas de Turismo passou a ensacar também as verbas que estas recebiam directamente do Estado. Pelos vistos o responsavel politico não se apercebe, naturalmente porque não andando por cá não tem conhecimento do fenómeno nem sequer é informado pelos respectivos serviços e servidores. Eu digo o responsavel politico porque segundo leio nas actas da autarquia ele é o único que manda, os outros não mandam nada. Põe e dispõe democráticamente.

O Verão das termas, em termos de estruturas paralisadas é um desastre total, desastre que começa com a falta de estacionamentos e vai acabar na falta do dinheiro no multibanco depois duma passagem por buracos  de vários feitios e tamanhos. O mais ridiculo, o do estacionamento, assenta agora numa  aparente falk new , não se pode limpar a barreira porque os depósitos da água correm perigo de ruir. Se assim fosse, há muitos anos teria acontecido , uma vez que a dita barreira já nasceu exactamente na fonte e foi sucessivamente cortada até aos limites actuais e continuará a ser por imposição das intempéries e da geologia do solo local.No entanto,se  apesar de improvavel tal acontecer como acontece ao cinema, cabe á mesma autarquia a total responsabilidade pois foi ela que escolheu e mandou fazer nos respectivos locais os depósitos domiciliários.Esperemos que não estejam concebidos  como o lago ou o pavilhão para que não lhes aconteça o mesmo. O facto concreto e irreversivel é que apesar de todas as asneiras e anomalias desta geringonçada gestão camarária, o Luso-Buçaco tem turistas e mantem as potencialidades,enquanto  a freguesia sede não os tem, não lhe valendo de nada o "imaginário" posto de turismo ali  feito por cobiça, incompetência , até imbecilidade, não no interesse  do municipio mas de pirosas vontades indidividuais. Se uma cidade se fizesse assim, Lisboa , que  é uma cidade, era apenas a freguesia do Castelo rodeada de muralhas com muçulmanos em volta a lutar contra  cruzados!!!!! É uma pena !!!!! É uma pena que a autarquia seja incapaz de gerir politicamente o que são as Termas do Luso !!!!

PS. È claro que estes protestos ou comentários  não contam para nada, a consciência disso é plena. Não há  poder, nem gente, nem votos suficientes neste pre-interior para alguém ser ouvido e ter justiça, mas mesmo assim  a critica é a única via de manter vivas pretensões, velhas e novas, dentro duma democracia sonhada que por enquanto é utópica e cruel para as pessoas, excluindo essa classe politica, como é evidente. Mas a alternativa do  silêncio, do seguidismo , do carreirismo ou do populismo são os piores caminhos para nada acontecer. Só a consciência das coisas  e a sua  discussão podem abrir  os meios de mudança.Coisa que já se vai fazendo  mundo fora em muitos sítios com base na razão e no interesse do cidadão e da colectividade. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

29
Jun18

LUSO, BURACOS FALAM CÂMARA DORME (1)

Peter

cine.jpg

 CINE TEATRO AVENIDA 

Há buracos por todo lado, uns que se abrem por si, outros abertos por encomenda, outros ainda da contra espionagem instalada no poder  “sportingado “das  sarjetas e capelas da política, afastados do interesse colectivo, próximos do pessoal.  Diariamente se abrem buracos  profundos no sub-solo  do solo, buracos entranhas que se escancaram  ás  maravilhas num posto turístico esgotado em permanência pela afluência de turistas á  capital do leitão. A Câmara ataca a alma das gentes, numa gestão desastrosa destruiu-se a si e destrói o que a cerca.

É no chão mal encanado dum  Luso  sem poder para gerir os seus bens que a administração  obsoleta da sede do concelho , ocasionais romeiros da politica sem norte e rumo, mostram a sua total incapacidade como actores políticos no momento que passa. No inicio da nova época balnear  a Câmara tem a estância termal num estado deplorável, lastimoso. Talvez envergonhada , incapaz,  escondida nos tojos do seu reduto de malabarismo amador  manda dizer pelos comissários da imprensa  que as Termas já não são  recurso turístico, não são recurso nenhum. Talvez o resto do concelho o seja, por isso o vemos invadido por turistas de todo o mundo por ruas citadinas onde se não pode andar nem conduzir, tal o movimento da  cidade fantasma. Talvez se riam satisfeitos  com a desgraça dos outros que começa por ser a deles  mas isto não é para rir, na sombra  destes risos irresponsáveis e sarcásticos o maior empregador da freguesia e do município  despediu-se para o estrangeiro e levou a sede ás costas. Sede, empregos, contas e lucros enquanto a Câmara com quatro vereadores a tempo inteiro gasta o orçamento em festas  continuadas  para entreter o seu pagode e encher de assessores a casa municipal Esta é a pobre realidade . Distraídos, não vêem mil camas do turismo desaparecer como por encanto  com todos os prejuízos inerentes sem que por uma vez que fosse ou seja, se ouvisse o descontentamento dum  eleito , o protesto dum politico num acto consciente , necessário e  urgente na defesa do património físico , cultural e económico  que nos pertence e que cumpre aos eleitos , em primeiro lugar, preservar e defender.  Nos órgãos municipais não se ouve um protesto pela simples razão de que politicamente estão presos numa teia de favores onde o poder sucumbiu á ética e á independência institucional. Por isso não enxergam os buracos que se espalharam pelas termas  e não reparam sequer que a época balnear já começou. Mordomos autonomeados dos festejos municipais onde gastam o nosso dinheiro em farto foguetório, esquecem o recomeço dumas termas que ajudaram a minimizar e com elas uma fatia  de economia  destinada a sustentar o cidadão onde o dinheiro não cai do céu como na autarquia. Assim se passa  ao largo sobre  a exigência mínima duma gestão corrente e sobre o mínimo respeito que se deve ao território e ás gentes que lhes deram  o voto e não se sabe porquê. Um absurdo freudiano!  Se caso não pretende o executivo gerir a freguesia é bom que expressem honesta e claramente os seus desejos, o caso é simples e a solução é fácil.  Assumam-no  com seriedade, tiram as mãos  de cima da sua administração que o Luso-Buçaco tem potencialidades suficientes para se desenvolver por si só como nunca terá nas mãos de executivos como este, uma pequenez de geringonça feita á pressa para melhorar reformas  mas que cada vez entende menos do que se passa  á sua volta. De restos haverá vizinhos  não distantes que nos podem tratar melhor , dar mais meios, respeito , simpatia e transparência de processos. Quem não gostará de ter no seu território  a marca Luso-Buçaco , uma marca universal com quase 200 anos de idade ? Manipulada hoje  por ignotos desconhecidos talvez nem nativos do concelho? Com que legitimidade ou saber?

Hoje não há um emprego na freguesia do Luso  e a Câmara , depois de fazer a triste figura que faz na feira de turismo de Lisboa retirando  do evento a freguesia que, quer queiram quer não é a que traz e trará de forma esmagadora mais turistas ao concelho,  passa uma esponja sobre os problemas que tem como se tudo fosse normal ?  Limitaram o trabalho ao recebimento mensal  do rendimento milionário que lhes pagamos para se esconderem  na comodidade climatizada da casa do concelho? Fazer política não é esta renúncia , este fugir quase cobarde ás questões que atingem os munícipes, mas é bem o contrário da gestão ruinosa que vemos á frente dos nossos olhos. O mundo não começa nem acaba aqui e muito menos nos dentes enferrujados da rotina socialista. Há mais democracia, mais partidos, mais cidadãos e mais vida para lá dos cartões partidários da tomada dum poder que amanhã muda de mãos. Na efemeridade dos fenómenos há sim que fazer mais e melhor com consciência e com sentido de Estado e do dever cumprido. Mais e melhor por um futuro melhor porém, não são  falácias á vista desarmada !

Na  pacatez da estância assumida no  turista pé descalço, garrafão e malheta maratona , bem vindo  em forma de estatística na água da fonte pública, agora abalizada pelas análises oficiosas  que acabaram  por magia ou encomenda com a impropriedade cíclica , estou como Henrique Neto,  ex candidato á presidência da republica que  a fauna  do compadrio  socrático  diabolizou , mas que conserva perfeita a saúde mental, a dignidade no olhar e o humanismo na  esperança de amanhã, ainda que Portugal seja , por laxismo, comodismo e atavismo , e ele sabe-o bem,  historicamente deficitário para com o miolo , a força motriz , a  energia e o coração do país, predicados melhores que tem no povo. O contrário , está nas elites sôfregas de  poder sem lei, de corrupção, na loucura e falta de senso , factores que nos conduzem ao poder irracional , desbragado e destruidor que olha por si em primeiro lugar em segundo e em terceiro…É dentro deste suborno politico partidário que se encontra a não importância do ruir do património físico, cultural, económico das termas do Luso. Há que respeitar o munícipe, sobretudo  aqueles poucos teimosos que, acreditando nas potencialidades locais dentro duma mini-economia de fragilidades  onde o primeiro beneficiário da riqueza não investe nem é obrigado a investir não cumprindo os seus deveres contratuais , há homens e mulheres que ainda acreditam nos outros , na sociedade, e corajosamente investem pelos seus meios próprios onde outros falham ou fogem. Há que reconhecer e respeitar esses sujeitos, que não são identificados no carnaval das honrarias bolorentas. Ainda bem, não é o lugar próprio para  quem crê e investe no município acreditando nele e em si. Os autarcas  não os conhecem .Não é difícil saber porquê.                                                    Luso,Junho,2018                           

 

27
Jun18

TOTAL ABANDONO

Peter

esplanada.jpg

A Explanada

 Como se vê, e não é tudo, isto está ao abandono. Fechado, 

esquecido, destruído. Por mil e um buracos, desde um cinema

sem telhado a um pavilhão em risco. Estamos no Luso,

Termas do Luso , ainda se diz. Com saudade.

Por um acaso infeliz da divisão administrativa pertence a um 

municipio chamado Mealhada, uma cidade deslumbrante.

No entanto é nesta freguesia do Luso que caiem todos

os turistas que  chegam ao concelho. Então fizeram

um pomposo posto de turismo na Mealhada , a pomposa cidade

e o do Luso, velho, com  mais de uma centena de anos de idade

é para acabar . Está  ainda aberto por favor dum sujeito especial

a quem tiram o chapéu e dão votos não se sabe bem porquê.

Acho que veio atrás da música. O que não tem importância,

também meu pai veio atras dela.Se bem ou mal é que não sei.

Ah,diferença é que  este faz festas e festanças. E dança.

O samba, acho eu. No caso do meu progenitor ele apenas

trabalhava. E até ganhava pouco! Mal. Muito mal.

Hoje querem inverter a curvatura do circulo e por 

egoismo , ganância , estupidez ou ignorância, tudo termos

da moralidade política, devo acrescentar, metem rodas nas

termas e  na Mata Nacionaldo Buçaco coisas cá da freguesia.

Para encravar a cidade no  meio do diabólico trânsito que  tem?

lago ruina.jpg

O LAGO DOS CISNES

Não. Nada disso. É que não lhes chegando a administração

nem os milhares de euros que a venda de água do Luso lhes

dá todos os anos,uma espécie de limpeza do que

éticamente não lhes pertence, insistem nas rodas. 

Querem as rodas. Querem aquilo que tendo , não querem

ter. Ou por outra querem dormir com as coisas como a

Mata Nacional e outras, na cabeceira da cama, na deslumbrante

cidade. Não vá o diabo tecê-las e acordarem sem elas.

Só assim se pode  entender a destruição operada.

Mas por mais que lhes ponham rodas as coisas não saiem

do sítio. Tal e qual como a barreira do Largo do Casino,

que caiu há uns meses com a chuva e não volta ao sítio por

si só. Nem que se pintem. Dizem que já cá veio uma engenheira,

se calhar alguma espécie, mas nada.

Por acaso fico espantado e ás vezes até incomodado com

tanta inteligência que há na sede do concelho onde eu nasci. 

Época balnear avante, não há onde o turista ponha o carro.

Não me tinha passado pela cabeça sequer que será para

o encanar para a deslumbrante cidade !!!!De facto há cada 

excelente cabeça!!!!! Não é de fracas moitas que sai um

bom coelho??Gordo, anafado, importante...

repuxo.jpg

 O REPUXO  PARA CIMA

Para mim é esperteza a mais. De cabeças de alho xôxo e

umbigos bem tratados. E cabeças de nabo! Sou burriqueiro, 

não sou cego e por bem  ou por mal conheço algum mundo!

Um mundo onde tudo corre para baixo.

Esqueci-me de informar que isto é sempre a descer e a

gravidade ainda existe .Não, não foi abolida.

Aliás a gravidade é muito mais certinha do que as rodas.

Se confiassem nela nada disto acontecia.

Mas não me admiro nada que qualquer dia façam  uma

fundação socrática para pôr a coisa a subir.  São espertos

para tanto, afinados como o mestre. 

Com a idade que tenho já nada me admira. Até já vi uns alguns

burros em corridas de cavalos!!! Embora nenhum  vencedor!

Vá lá agente entender para que serve pensar!

Mas o que é certo é que nem  Termas nem o diabo da Mata

Nacional se mexem. E os buracos são tantos e por tanto lado

que o municipio um dia vai á falência. Era  bom para uns e

maus para ouros. Como tudo na vida. Na life, meu !!!!

Era mau para os politicos mas talvez bom para o cidadão que

poderia ele própria remar a barca deste inferno e ter 

melhores resultados. E não gastava tanto dinheiro com eles.

Porque assim, com timoneiros de excelência , quer a minha

freguesia quer o concelho, estão absolutamente garantidos.

Só que eles pensam que não.

Ficam as photos  e aos meus amigos mealhadenses,

vítimas como eu e como nós , burriqueiros, 

da chafurdice da politica, permito-me um conselho, abram os

olhos. E podem crer que apesar de tudo os burriqueiros são

os que enxotam com ramos de  jibardeira a gente que

vai de burro. Não é tudo a mesma coisa!!!

 

Mais sobre mim

foto do autor

bandeira

badge

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Pesquisar

Arquivo

    1. 2023
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2022
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2021
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2020
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2019
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2018
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2017
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2016
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2015
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2014
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2013
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2012
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2011
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2010
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2009
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2008
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D

Em destaque no SAPO Blogs
pub