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ÁGUASDOLUSO

BURRIQUEIROS,OS QUE TOCAM OS BURROS...

ÁGUASDOLUSO

BURRIQUEIROS,OS QUE TOCAM OS BURROS...

27
Fev19

BURRICADA

Peter

 

burros.jpg

Burros preparados para uma burricada em frente ao Gande Hotel da  MATA

nos anos de 1900-1905.  Explorava o hotel o suiço Paul Bergamin , que a 

partir de 1907 tomou conta do  Palace com o nome de Grande Hotel do

Bussaco. Em 1920, dirigido por Alexandre Almeida passou a chamar-se 

Palace Hotel do Bussaco , nome que mantem até hoje.

20
Set18

CINE TEATRO AVENIDA

Peter

cinema.jpg

 Esta é uma imagem do Cine Teatro Avenida original, um 

edificio construído de raiz para albergar  teatro e cinema no 

primeiro quartel do século XIX,  substituindo em definitivo

algumas salas provisórias onde os espectaculos se

realizavam. Como se pode observar, a varanda exterior que

dava acesso á zona da bilheteira foi posteriormente 

tranformada num átrio coberto que lhe alterou a traça 

original.

 

26
Dez14

VELHO TEATRO AVENIDA

Peter

cinema.jpg

  Imagem actual do velho Teatro cuja renovação tarda !

Há três ou quatro anos a autarquia município comprou o Cine Teatro Avenida do Luso com o  intuito expresso de o reconstruir dentro duma  clara estratégia de recuperação o que  aliás vem fazendo com o reaproveitamento do Teatro Messias e do cinema  da Pampilhosa. Quanto ao do Luso, há por aí quem argumente que a destruição pura e simples seria a melhor solução, porque está fora de moda  e de clientes. Claro que pode ter alguma lógica esta argumentação, mas ela  não foi a lógica utilizada para os dois cinemas já recuperados, um a funcionar com prejuízo permanente, outro num acabar de obras  que irão seguramente desaguar no mesmo prejuízo financeiro. Podemos multiplicar até por trezentos municípios deste país este prejuízo hospitalar! Mas espanto-me com estas teorias apoiadas em cegas opiniões  e fico a duvidar perante o velho adágio se há ou não há fumo sem fogo, quanto ao Luso.

Se fossemos basear as recuperações e muitas obras que se tem feito país fora nesta questão da sustentação monetária, nomeadamente os cinemas, mas também as piscinas e os pavilhões, os arquivos e as bibliotecas, os relvados e as praias fluviais, museus  etc, etc, não se teriam efectuado na sua maior parte, não por serem inúteis, mas porque o país não cria riqueza suficiente para a sua manutenção  e sustento. Esquecemo-nos que antes da casa se faz um alicerce e esta opção por equipamentos ao quilo,  discutível é certo, tem levado os municípios á revitalização de estruturas que tem assumido um  âmbito nacional  e isso parece-me suficiente   para exigir a finalização da estratégia que tem sido seguida pelo município da Mealhada.  A freguesia do Luso, depois do total desacerto que levou á minimização das termas  e á deslocalização da indústria sem qualquer  contrapartida, não pode ficar mais uma vez a ver navios pendurada num poder que  raramente percebe os problemas específicos da localidade. O teatro Avenida do Luso também tem a sua história, mas mais que isso ele é uma memória de gerações. Ali se realizaram espectáculos e sucederam acontecimentos que fazem parte do presente que somos. Ali funcionou durante décadas uma espontânea escola de teatro que hoje, entre saudades e anseios, aguarda um palco para continuar. Coisa que nos recorde, vem  de gerações anteriores de bisavós, avós e pais. Esvaziar a memória das populações é matar na sua génese os costumes, a cultura, a sua alma, levando as sociedades  ao vazias dum passado esquecido. A memória colectiva é espelho do que fomos e  visão do que seremos, cordão umbilical que nos une como agregado. Ali está a experiência, a sageza, o ensinamento, o erro, valores comuns que são de todos. Ainda que muitas vezes, de forma inconsciente,  são a hereditariedade atávica dos nossos antepassados. Poucos, é certo, mas bem caracterizados. Hoje, não se pode pensar uma sala exclusiva para cinema, mas numa sala polivalente ou multiusos, onde se possam fazer congressos e reuniões, exposições e encontros, variedades e projecções de cinema e  meios audiovisuais, uma sala ao dispor da população para ensaiar e levar á cena  as suas peças de teatro, um local  aberto e ponto de cultura. Uma sala que, pelas vicissitudes do tempo, o Luso deixou de ter.  Uma sala onde preserve memórias e dê azo às suas intervenções. As terras são as suas gentes, as suas promiscuidades, os seus desejos, os seus sonhos, não matemos com desrespeito pelo que fomos, o que continuamos  e querem continuar a ser. Muita coisa falta no Luso, não destruam mais um pedaço do espaço que nos pertence. É preciso exigir essa pertença.          

Gota, Dezembro,2014  

 

18
Nov14

DOIS TAXISTAS

Peter

taxistas 40.jpg

Curiosa fotografia de dois taxistas e um táxi  em meados do 

séulo passado. Não vamos nomear os nomes , são por demais

conchecidos  dos mais velhos, e ao fundo , encostado à Farmácia

Nova pode ver-se um autocarro dos Transportes Mecânicos

Luso-Bussaco na saída da garagem velha, bem como  a sebe

do jardim do turismo  quando ainda não estava construída a garagem

nova.Este era o modelo de táxis existentes então na praça do Luso.

A casa  da direita , onde existiu a alfaiataria Gomes , depois do

Azevedo, foi demolida para alargar a estrada , sempre com o

derrube de construções e do morro.

Agora , que se fala em demolir mais uma fatia, restam imagens

a relembrar que a garganta tem sido alargada sucessivamente

levando atraz o alargamento da rua do Forno.

01
Out14

LUSO,O COLAPSO TERMAL

Peter

A realidade do Luso é esta, o Verão chegou ao fim sem canto do pisco. Muita gente até duvidou se existem termas , entre a realidade e a ficção quase não se deu por elas. Obras fora de tempo obstaram á normalidade e os fumos tóxicos ajudaram a espantar muita gente. Fizeram-se umas festas e animou-se a componente que cresceu, os garrafoneiros que aos milhares monopolizam as onze bicas da fonte. Se não fossem estes turistas de “pé rapado” teríamos passado á desertificação. Bebem um café, comem um bolo, dão uma volta pelas barracas, compram uma bandeira do fêkêpê ! A autarquia até fala em subir a taxa de ocupação, pensam que os vendedores ganham tanto como eles próprios, políticos. Mas aqui o dinheiro de facto não cai do ceu e a crise chega a todo o lado, é bom não esquecer.

Tudo contribuíu para o fim dum Verão pouco compensador. O que conta são quartos refeições e tratamentos, isso que cria a riqueza, e ninguém pode estar satisfeito com o que resta d’outros tempos. A terra está a morrer perante a incapacidade dos eleitos de fazer alguma coisa. E na Câmara, por arranjos políticos a que a vila é alheia,voltou a ficar de fora um edil que represente o Luso e grite pelos seus problemas no executivo. Uma agravo mais para a unica freguesia onde existe Know out do turismo e que não é aproveitado.Ontem fui ao correio, chamam -lhe correio, mas aquilo é o reflexo negativo do estado a que chegou a vila. Pior que o lwo cost são estas empresas pimba, mais uma economia pimba, uma governação pimba, coisas alimentadas pela imbecilidade duma comunicação pimba que se encarrega de lavagens constantes ao cérebro do cidadão. O Luso foi esvaziado como balão de oxigénio. Da riqueza que o fazia respirar levaram tudo. Engarrafamento, água, escritórios, correio, pensões, cafés ! Ficou um furo artesiano e um segurança de plantão para o guardar, ironia do destino! De toda a exploração que fazem das águas fica zero nesta terra ! Vergonhoso. Nem dos mais de quinhentos mil euros a que a geminação deu origem por iniciativa de gente do Luso, nem desses cá fica um tostão, foram canalizados para a Câmara, um acto grosseiro e ultrajante para essa mesma gente! As promessas dum parque industrial de Barrô com unidades de fabrico de sabonetes, shampôs, cosméticos, pomadas e produtos afins tem mais de quinze anos e já fez parte de pacotes pré eleitorais aos quais juntaram dois novos hotéis. Reproduzo as promessas, preto no branco, não passaram de mentiras. Alguém viu o parque industrial? As fábricas? Os hoteis? O emprego?

O que se vê na verdade, é que o bloco de fisioterapia nunca mais abriu, que o concessionário com a ajuda e o apoio da autarquia reduziu as termas a um terço do seu tamanho e de parceria com a mesma autarquia enterrou canos pelas estradas municipais para engarrafar na Vacariça. Qual foi a contrapartida para o Luso? Nenhuma. Fecharam os escritórios, alugaram as Termas, mudaram a sede. É para olhar passivamente para isto que temos representantes a quem demos o voto ?

Não terão os eleitos o dever de indagar se o contrato de concessão está a ser cumprido? Desenvolve ou não desenvolve as termas? Não terão o dever de informar das razões porque ardeu a Srª do Leite, uma relíquia do século XVII que poderia valer até cem mil euros e era patrimonio local ? Quem é o responsável? Não terão o dever de resolver o problema dos fumos tóxicos e de reabrir o dossier da barragem de Vale da Ribeira? O que fizeram em defesa do correio? Nada. Aceitaram comodamente o fecho! E pelo badalado Luso 2007, depois Inova? O mesmo nada e esta é a via de desinteresse e abandono que não serve Luso nem município nem munícipes.As potencialidades permanecem e Termas não as podem mudar para outro lugar do concelho. Nem mudar o Buçaco, como querem. Este caminho não , não é o caminho certo, nem honrado, nem honesto que a politica prometeu.E o Luso tem e deve gritar por aquilo a que tem direito se não quer correr o risco de ser tragado pela sua passividade. 

                                                                                                                                           Set.2014

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

09
Set14

FUMOS TÓXICOS

Peter

 Na foto os fumos tóxicos e a Cruz Alta do Buçaco, em fundo. Cem metros

á frente um centro de estágios desportivos e para a esquerda as Termas

do Luso . Duzentos metros atrás o engarrafamento das àguas de mesa

Luso, Luso sabor, Luso Sumos, Luso Formas...Foto de 9/9/2014

Conheci o velho Alcides Branco no ano de 1968 no Clube Feirense. A sede era na rua principal da então Vila da Feira, um pouco abaixo da Câmara onde a rua estreitava entre o casario e se compactava com uma multidão no dia da procissão das fogaceiras. Caía ali o Carmo e a Trindade com as vinte e uma freguesias e faziam-se naqueles dias largas centenas de fogaças para dar resposta á procura do mercado que batia records de vendas ano após ano. A vida era tranquila á sombra do castelo, do tribunal e da igreja, três edifícios símbolo erguidos na colina medieva onde nasceu o burgo.Aquele Clube Feirense, que nada tinha a ver com o Feirense da bola, reunia uma pseudo aristocracia local seleccionada pelo estrato social, pelo comportamento e pela indumentária e um destacado membro era sem dúvida o Alcides dos azeites, industrial de lagares. O zelador do clube abria as portas á noite e com alguma solenidade se entrava no salão, uma espécie de clube inglês á moda de Julio Verne, com o seu Phileas Fogg e o seu Passepartout, na volta ao mundo em oitenta dias, um filme com David Niven ,  Cantinflas  e a inesquecível Shirley Mac Lain , princesa Aouda ,que então corria nos cinemas. A sala principal, pesada, silenciosa, tinha no meio uma mesa de bilhar e nos cantos mesas de pano verde para os jogos da sueca, damas, xadrez ou gamão. Uma estante de estilo sóbrio em pesada madeira de carvalho, guardava alguns livros de Julio Dinis, do Eça e do Camilo, além dos diários Comércio do Porto e do Janeiro obras e jornais á disposição dos sócios daquela agremiação onde surgi como hóspede da renovada pensão Ferreira.

 

Ao professor Manuel Zagalo fiquei a dever essa entrada na seleta tertúlia, depois de muita teimosia da sua parte e foi na sua companhia que frequentei algumas vezes o Clube. Numa delas apresentou-me o Alcides Branco, um homem alto e magro, solene, bem vestido, dialogante e milionário. Simpático nas palavras saudou a minha chegada como um sopro de juventude aos anais da colectividade, mas de facto nunca passei a sócio, o clube rondava em média o dobro da minha idade e na realidade nada me dizia aquela cívica frequência.

 

Hoje é dos herdeiros do velho Alcides a ‘fabriqueta’ destiladora de bagaços a que chamamos da baganha de Stº Eufêmia e que faz o favor de nos inundar a atmosfera de fumos, vapores de benzeno e cheiro rançoso, juntando-se a outros destruidores das termas do Luso com a pestilência desta poluição ambiental para quem, entidades que vão das Policias á Câmara da Mealhada, à Secretaria de Estado do Ambiente, às Direcções Regionais e Nacionais do Turismo , à CCRC, entre outras, tem sido impotentes.

 

Foi assim que o meu velho conhecido Alcides Branco, ou dos Azeites, um homem que na altura me pareceu acessível e correcto, sério e cumpridor na fiança do professor Zagalo, deixou por morte esta pesada herança e havia de caber ao Luso, uma vez mais, acomodar o prejuízo do desastre sobre os seus negócios e pessoas! Isto perante a nulidade das entidades responsáveis, incapazes, inoperantes ou colaborantes, talvez por linhas travessas não alheias à política, de fazer cumprir a lei. Mais uma evidência clara de dois pesos e duas medidas no concerto do saque a que o país assiste, plasmado na impotência. Se alguma coisa mais faltasse à destruição das Termas e da terra, era a obrigatoriedade de usar máscaras para sobreviver aos gases tóxicos que se espalham pelo ar. E afinal, por falta de autoridade capaz de suspender a laboração ilegal duma xafarica que não cumpre a lei vigente nem cumpriu os compromissos de filtrar as instalações a que se obrigou pela mesma lei!Ao poder, se existisse poder, bastava a interrupção da licença ou cassa-la em definitivo. Mas os poderes perderam o sentido de Estado e de nação, do bem comum e das responsabilidades por troca com a impunibilidade total na coisa pública. Há uma dúzia de anos seguramente que andamos nisto! Gozando duma libertinagem que obriga o cidadão a usar máscaras, tanto contra poluidores de chaminé, como contra governantes eleitos que dia a dia desgovernam a vida de cada um. Mesmo camuflados, vai ser difícil sobreviver entre resíduos tóxicos de tanta proveniência.                           Luso,Agosto,2014

 

 

 

26
Ago14

ILUSTRAÇÃO

Peter

A Rua da Pampilhosa na saída do Luso 

Para ilustrar o último post editado  neste blog sobre  

passeios para peões nada melhor que duas fotografias

onde a discriminção é evidente e não deixa lugar para

dúvidas.  

 

A rua do Luso na saída da Pampilhosa

Oito quilometros antes ou depois há passeio para 

meia dúzia de casas!!!!

Algo vai mal no reino!!!!

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