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ÁGUASDOLUSO

BURRIQUEIROS,OS QUE TOCAM OS BURROS...

ÁGUASDOLUSO

BURRIQUEIROS,OS QUE TOCAM OS BURROS...

15
Jul21

ANTI LUSO-BUSSACO

Peter

UMA POLITICA ANTI LUSO-BUSSACO

DSC_0180[1].JPGAqui podemos ver o monstruoso arranjo ambiental, projecto da Camara da Mealhada, para o centro civico das Termas do Luso. Uma barreira de xisto coberta com rede de arame e coroada por uma mata de eucaliptos, exactamente acima da fonte das 11 bicas e da nascente termal ,ótima sulução! Dois anos levou a obra a fazer. Herança dos eleitos, experts em turismo...de pé rapado!!!!

Há vários anos a esta parte a Câmara da Mealhada tem feito uma política absolutamente anti Luso-Bussaco. Os factos e os actos são duma evidência clara, a começar por não haver ninguém da freguesia no executivo, enquanto a sede do concelho tem três membros a tempo inteiro, o que é  democraticamente escandaloso , evidenciando a falta de transparência e o compadrio dos  “xuxas” (de socialistas não tem nada) deste tempo de tachos e favores. É vergonhoso e ridículo que a freguesia numero um do município, a mais conhecida, a que mais visitantes recebe , a de maior potencialidades no contexto europeu, o unico recurso turístico existente,  ainda que o edil diga o contrário, mais uma bacoquice saloia, igual á construção dum edifício do turismo onde ele não há, num desrespeito total pela indústria e pela gente do Luso-Bussaco, que investe o seu dinheiro num município avesso e incapaz.

DSC_0178[1].JPGAqui, o velho Teatro Avenida do principio do século passado, um edificio com estilo próprio, que a mesma Càmara da Mealhada comprou  há uma duzia de anos , para o deixar cair, como se vê na foto. Resta o miolo sem plateia , palco, desnudado. Outra brincadeira para destruir o Luso-Bussaco, de  edis sem noção nem sentido do que é o território , da cultura e das

A espécie de cidade, que ainda está fora da lei pois não cumpre os requisitos, fez mal aos curiosos que administram o território, cuja única preocupação passa pela compra de velhos edifícios. Nestes tempos dúbios onde saltam á luz do dia casos preocupantes, não se sabe para que se gasta o dinheiro dos contribuintes a comprar sucata do imobiliário para deixar cair. Mas naturalmente haverá propósitos e interesses nisso. Assim se gasta o erário público, tal qual como os sapateiros que querem ir além das chinelas que não lhes cabem nos pés. Há três mandatos que a autarquia não faz nada no Luso, ou seja, fez duas retretes, uma em cada mandato, e agora está a acabar um estacionamento para retirar o visitante da fonte publica e do Luso, quando este espaço de paragem devia ser feito na quinta do Alberto, devidamente arranjada e preparada para a apoio á atividade turística, termalista e hoteleira e de  sustento do comércio.

DSC_0173[1].JPGEntrada do parque do Lago, que está fechado há quatro anos pela câmara da Mealhada. Nesta entrada, pode ver-se a retrete que ali foi feita, bem como os caixotes do lixo. Era ótimo que a Camara fizesse uma entrada semelhante  na  porta de entrada  do seu edificio. Para o executivo , deve ser  esta a excelência no receber  e   deveriam  ser os primeiroa a dar o exemplo nas suas opções !

Mas a municipalidade fez mais, esburacou a barreira do centro cívico e em vez de programar um espaço digno e capaz de valorizar o centro e a fonte, fez um monstro de cascalhos de alguns metros de altura coroados por rede de arame e por uma mata de eucaliptos, como sabemos, a melhor árvore para levar as raízes á nascente publica e á nascente termal. A completa negação do urbanismo turístico. Mais, a Câmara comprou há uns anos o cine teatro avenida e deixou-o cair. Hoje, sem teto, desmiolado, sem palco, tem as tripas ao léu, atestando o péssimo trabalho de executivos onde a incompetência é grande. Há quinze anos que a Câmara desviou verbas conseguidas pelo Luso, mercê da geminação com Contrexeville, um processo que se pode contar hoje claramente, verbas utilizadas pelo presidente da Câmara para processos em tribunal, desviando-as a favor dos cofres municipais e não da freguesia, como foi pensada por quem iniciou o processo no Luso. Não se sabe para onde foram esses milhões de euros, nos anos que já passaram, não há notícia sequer do que faz a autarquia com eles. Para o Luso/Bussaco, a quem eram destinados, seria um ressurgir em força, para o concelho, não se vê para onde foi. Tal e qual como um projeto chamado Luso 2007, que a Câmara trocou pela transferência da água para a Vacariça e que acabou na gaveta. 

DSC_0185[1].JPGMiralinda, antiga Casa do Povo, hoje sem dono. Abandonada desde a sua extinção, não mereceu por parte do municipio  qualquer  ação para evitar a ruina. Assim se trata o património ?  Anti-Luso?  É evidente.! Como há 2,5 milhóes de euros para murtais e não há trocos para isto? Que falta de dignidade !!!!

Pelo Luso a Câmara nunca fez nem faz nada, é vergonhoso o poder local que  gere os dinheiros autarquicos, apagando do mapa o património, o Bussaco que destroi, e o Luso que pelos vistos pretende tirar do mapa. Para comprar quintas na sede do concelho a ex-camaradas,  terão sido utilizados os tostões litro de água que vão do Luso? Os moinhos de Carpinteiros, um rico património da indústria moageira, apesar de haver programas comunitários para a sua recuperação, não merece o interesse do executivo. O Lago está há quatro anos em obras e hoje, em plena época termal, abandonado, fechado e sem iluminação noturna, e uma piscina no parque de campismo nunca foi feita .O Bussaco, retirando os sítios de passagem foi transformado em recinto de romarias e está destruído em muitos dos seus valores. Uma asneira da Câmara sobre um valor nacional que lhe tem trazido prejuízos de toda a ordem, pois as verbas gastas naquilo que não lhe pertence, são uma inconsciência da autarquia que não conhece os limites do poder nem a lei, retirando-as aos munícipes para gastar em terceiros. Opta pela arbitrariedade usando o espectro da partidarite nas suas influências, para não lhe chamar pobreza de espírito. Não mexeu um dedo pelo fecho da estação dos correios, nem dos bancos e quanto ao bloco de fisioterapia, empurrou-a para a sede do concelho. Outro exemplo são estruturas essenciais para os dias actuais, a câmara da Mealhada tem feito parte de um complô do capital estrangeiro contra a freguesia, nunca teve capacidade, nem força, nem vontade, para lutar pela freguesia do Luso, teve sim para apostar nos passos em sentido contrário. Tão bem ou tão mal, que até deixou fugir setecentos e cinquenta milhões de euros do Euro 2004, por simples esquecimento, quando a Junta de Turismo e Freguesia do Luso colocaram em cima da mesa a iniciativa do centro de estágios e quase forçaram a sua execução. Á espera da vontade do executivo, não se fazia! Por quem não tem vergonha de se candidatar de novo a lugares públicos! Para o Luso e o Bussaco, a autarquia tem sido uma Câmara morta, inoperante, incapaz, julgo que intencionalmente apostada em nada fazer. Muitos factos, deixo aqui relatados, segundo francamente os entendo.

DSC_0176[1].JPGA irresponsabilidade de uma fundação , a cinco mil euros mês ao gestor, não conseguiu reparar a porta da Mata  nas escadas do Cinema. Onde está excelência dos escolhidos a dedo? Destruir a freguesia  como a fisioterapia, levada para a  "cidade" ?  Parece-nos que a autarquia câmara é o pior inimigo da freguesia.

Analisando os orçamentos da última década, há um nítido e intencional abandono da freguesia e um atrasar ou meter na gaveta as potencialidades que continuam a existir. Claro que tudo isto se a freguesia tivesse em si o poder de se fazer administrar por si própria, conhecedora como é da sua primeira atividade e sobre a qual adquiriu uma experiência que dificilmente vai mantendo, mercê de alguns especialistas ainda vivos, que a autarquia Câmara nunca levou em conta, nunca utilizou, nunca usou em proveito e no desenvolvimento do território. Não tenhamos dúvidas que com administração própria, um município próprio, o Luso-Bussaco teria ultrapassado as barreiras dum município alheio e poderia hoje comparar-se com Sintra, uma terra de características idênticas, quer morfologicamente, quer pela particularidade se ser um palco do agrado da realeza, bem como da república. O único lugar com história e património, dentro deste território, abandonado por uma divisão administrativa que vem de 1834, por influências óbvias. Com inimizades destas,  estamos garantidos!!!

DSC_3427 (2).JPG

Porque não colocar umas rodas no Palacio e na Mata e levar tudo para a Mealhada e evitar assim o encerramento? 

É impróprio e inadmissivel que um orgão municipal trate desta maneira os   interesses da freguesia, que abandone  o património existente e pessoas, sem  escutar e ouvir os que lutam diariamente  pelo território  termal. Ao contrário, parece que destroem com prazer o que os seculos construiram. Porque não fecham de vez o Palace Hotel do Bussaco? Porque  náo lhe colocam rodas e o levam para as portas do municipio ou para os murtais ???

Nota.: Esclareço que  este post, nada tem a ver com a população  da sede concelhia, mas sim com autarcas que decidem politicamente na autarquie do municipio.

 

27
Jun18

TOTAL ABANDONO

Peter

esplanada.jpg

A Explanada

 Como se vê, e não é tudo, isto está ao abandono. Fechado, 

esquecido, destruído. Por mil e um buracos, desde um cinema

sem telhado a um pavilhão em risco. Estamos no Luso,

Termas do Luso , ainda se diz. Com saudade.

Por um acaso infeliz da divisão administrativa pertence a um 

municipio chamado Mealhada, uma cidade deslumbrante.

No entanto é nesta freguesia do Luso que caiem todos

os turistas que  chegam ao concelho. Então fizeram

um pomposo posto de turismo na Mealhada , a pomposa cidade

e o do Luso, velho, com  mais de uma centena de anos de idade

é para acabar . Está  ainda aberto por favor dum sujeito especial

a quem tiram o chapéu e dão votos não se sabe bem porquê.

Acho que veio atrás da música. O que não tem importância,

também meu pai veio atras dela.Se bem ou mal é que não sei.

Ah,diferença é que  este faz festas e festanças. E dança.

O samba, acho eu. No caso do meu progenitor ele apenas

trabalhava. E até ganhava pouco! Mal. Muito mal.

Hoje querem inverter a curvatura do circulo e por 

egoismo , ganância , estupidez ou ignorância, tudo termos

da moralidade política, devo acrescentar, metem rodas nas

termas e  na Mata Nacionaldo Buçaco coisas cá da freguesia.

Para encravar a cidade no  meio do diabólico trânsito que  tem?

lago ruina.jpg

O LAGO DOS CISNES

Não. Nada disso. É que não lhes chegando a administração

nem os milhares de euros que a venda de água do Luso lhes

dá todos os anos,uma espécie de limpeza do que

éticamente não lhes pertence, insistem nas rodas. 

Querem as rodas. Querem aquilo que tendo , não querem

ter. Ou por outra querem dormir com as coisas como a

Mata Nacional e outras, na cabeceira da cama, na deslumbrante

cidade. Não vá o diabo tecê-las e acordarem sem elas.

Só assim se pode  entender a destruição operada.

Mas por mais que lhes ponham rodas as coisas não saiem

do sítio. Tal e qual como a barreira do Largo do Casino,

que caiu há uns meses com a chuva e não volta ao sítio por

si só. Nem que se pintem. Dizem que já cá veio uma engenheira,

se calhar alguma espécie, mas nada.

Por acaso fico espantado e ás vezes até incomodado com

tanta inteligência que há na sede do concelho onde eu nasci. 

Época balnear avante, não há onde o turista ponha o carro.

Não me tinha passado pela cabeça sequer que será para

o encanar para a deslumbrante cidade !!!!De facto há cada 

excelente cabeça!!!!! Não é de fracas moitas que sai um

bom coelho??Gordo, anafado, importante...

repuxo.jpg

 O REPUXO  PARA CIMA

Para mim é esperteza a mais. De cabeças de alho xôxo e

umbigos bem tratados. E cabeças de nabo! Sou burriqueiro, 

não sou cego e por bem  ou por mal conheço algum mundo!

Um mundo onde tudo corre para baixo.

Esqueci-me de informar que isto é sempre a descer e a

gravidade ainda existe .Não, não foi abolida.

Aliás a gravidade é muito mais certinha do que as rodas.

Se confiassem nela nada disto acontecia.

Mas não me admiro nada que qualquer dia façam  uma

fundação socrática para pôr a coisa a subir.  São espertos

para tanto, afinados como o mestre. 

Com a idade que tenho já nada me admira. Até já vi uns alguns

burros em corridas de cavalos!!! Embora nenhum  vencedor!

Vá lá agente entender para que serve pensar!

Mas o que é certo é que nem  Termas nem o diabo da Mata

Nacional se mexem. E os buracos são tantos e por tanto lado

que o municipio um dia vai á falência. Era  bom para uns e

maus para ouros. Como tudo na vida. Na life, meu !!!!

Era mau para os politicos mas talvez bom para o cidadão que

poderia ele própria remar a barca deste inferno e ter 

melhores resultados. E não gastava tanto dinheiro com eles.

Porque assim, com timoneiros de excelência , quer a minha

freguesia quer o concelho, estão absolutamente garantidos.

Só que eles pensam que não.

Ficam as photos  e aos meus amigos mealhadenses,

vítimas como eu e como nós , burriqueiros, 

da chafurdice da politica, permito-me um conselho, abram os

olhos. E podem crer que apesar de tudo os burriqueiros são

os que enxotam com ramos de  jibardeira a gente que

vai de burro. Não é tudo a mesma coisa!!!

 

22
Jun17

“NOMINA SUNT CONSEQUENTIA RERUM”

Peter

 

248.JPG

 Chamemos a isto seja o que for e demos-lhe o nome de democracia das coisas ao que muitos teóricos já chamam a post-democracia, aquela que nos chama periodicamente ás urnas como se fossemos ressuscitados de quatro anos de jejum , um acto estereotipado que começa  nas vésperas do dever ético do cidadão e acaba na noite dos vencedores apitando as charamelas pelos cantos do povoado. Uma democracia low cost , onde votar é uma performance psicológica que dura o espaço de tempo duma suja campanha eleitoral onde as figuras e as palavras se repetem, o comodismo se retracta, a promessa pacifica a vitima reduzindo-lhe o intelecto e capacidade e o homem se faz de herói antes de o ser num entrudo de interesses pessoais e duma classe política paupérrima a vomitar  cartilhas de oportunismo perante o insucesso da obra. Barões e baronetes partidários no meio dum neo-liberalismo ressuscitado a que se submeteu  conscientemente a Europa e a cultura ocidental mas que a maioria deles nem imagina o que seja ou para onde vai.

O paradoxo é que a participação do cidadão ou povo soberano , termina mesmo antes de começar, é nulo o activismo fora do bando partidário clubístico, é inexistente a clareza das ideias , dos actos e nenhuma a sabedoria . Vota-se no cidadão , no bigode ou na casaca , o mesmo cidadão que no tempo do império romano também não se discutia, impunha-se. Prometem-se paraísos entre festas pagas pela desgraça das vitimas  e, findo o festim , reparte-se o benefício pela irmandade dos eleitos. Só isso justifica que  Macron tenha chegado ao poder com quatro votos em cada dez franceses e á Assembleia nacional francesa com 32% por cento  de votos expressos. Os actores repetem-se, as cenas bisam-se e entre nós, quatro decénios depois duma revolução para modernizar as coisas, o cenário não melhorou , temos a mesma cidadania salazarenta da ignorância e do medo. O poder cultiva o engano e o silêncio e entope as leis na justiça. Ninguém pergunta  nem discute sobre os milhões  de euros que a comunidade europeia nos fez chegar ás mãos a custo zero nem sobre onde os gastaram os eleitos,  ou sobre as políticas que levaram o país á ruina e bancarrota, sobre a situação de  miséria e fome que pesa sobre dois milhões de compatriotas,  sobre a emigração dos jovens por falta de trabalho, sobre os que de mãos a abanar enriqueceram , sobre a corrupção que  cheira mal por todos os cantos , entre a qual a que levou a banca nacional á ruina que nos obrigam a pagar. Porque não se faz justiça neste país de cantadores domésticos onde parece haver gente acima de qualquer suspeita? Porque não funciona a justiça para imunes? Porque estão os mesmos galos sempre nos mesmos poleiros , morgados e barões da mediocridade que temos?

Estes e outros é que são os problemas concretos  e reais duma nação, os  que directamente nos afectam e que todos deveríamos ouvir a discutir na praça publica , pondo em causa decisões  e  as pessoas que protagonizaram e protagonizam a péssima gestão. Um complot de gente  e actos que nada tem a ver com os interesses comuns do povo português, cujos resultados desastrosos estão á vista. A ilusão passa de mandato em mandato, os tutores saltam de mão em mão e a natura selvagem para onde se caminha leva á sobrevivência de cada um, um salve-se quem puder!

Esta a via  do neo-realismo que a queda  do contrato social proporcionou arrastando uma Europa multicultural e pluralista, ética, moral e religiosamente, para um  abismo.  O poder que faz as coisas que a politica decide regressou aos interesses individuais, ao monopólio da riqueza, ao poder familiar, ao imobilismo , ao vazio das ideias, ao compadrio  dos partidos ou da maçonaria e renunciou ao humanismo, á sociabilidade, á justiça social que caracterizaram uma via de bem estar do mundo ocidental. Hoje, o povo soberano que fez um pós-guerra de esperança, ou o povo que mais ordena das líricas revoluções cada vez mais esvaziado de conteúdo humano, como bem refere o Papa da  igreja católica romana, sem direitos regulados , volta á escravatura do trabalho mal pago, quinhentos euros oferecem a Câmara de Coimbra e o Sr. Pingo, voltam á austeridade diária, à  descriminação, ao desemprego , á xenofobia perante Estados que perderam a capacidade de controle sobre o reequilíbrio entre o mundo do capital e o mundo do trabalho , um novo poder que deixou em roda livre o poder da exploração, das desigualdades e das assimetrias. Alguns incluem nisto o populismo , um populismo armadilhado por uma direita xenófoba que não sabe verdadeiramente para onde ir. De qualquer modo um trabalho de meio século que o ocidente perde em meia dúzia de anos. Um trabalho que a igreja católica aproveita porque também ela bebe da mesma cultura que construiu o mundo ocidental e espalhou por algumas partes do globo.

Na França, a geringonça dos partidos perdeu a guerra. As pessoas fartaram-se das tretas, da corrupção, da falta de emprego. Das esquerdas ás direitas, foram varridos pelo novel Macron, sem apelo nem agravo.

Por cá porém  o banquete continua e porque estas crónicas são preferencialmente locais , é oportuno ilustrar o que acontece todos os dias com a politicas(?) eleitorais dos nossos representantes. É assim a história simples dum amigo igual a muitas.

O meu amigo não é novo, tem netos e entre esses netos um é autista. Conheço o problema, conheço a criança e por alguma experiência e conhecimento sei quão doloroso , trabalhoso e melindroso é este assunto. E penso que o rapaz, é dum rapaz que se trata, poderia  aprender a falar, a escrever, a ter amanhã uma vida quase normal com aprendizagem  especializada. A família tem procurado  auxilio , mas o ensino público não tem resposta e os deuses do privado,  querem dinheiro, que o meu amigo nem a família tem. Por isto , esta criança amanhã , o que vai ser ou fazer? Fica a pergunta, mas devo acrescentar que não é caso único no município da Mealhada , casos que a Câmara se tem limitado a tratar  em algumas reuniões de que nada resulta para lá da retórica balofa de ignorantes do assunto . No ensino oficial que lhe dão, o único professor ensina a turma ou o autista , claro que deixa o doente á sua sorte porque não o pode atender , nem está preparado para responder ao desafio que a escola lhe propõe.

O que lamento, porque sou cidadão do município, e porque estamos em pré-campanha eleitoral, é que a Câmara da Mealhada tenha 14.000 (catorze mil euros)para pagar a um  cantor , 14.000 euros entre canto, músicos e comissionistas, e não passe de  reuniões ensaiadas para  colocar notícias em jornais na resolução dos problemas reais da população  como é o caso do autismo. O que lamento é que a câmara da Mealhada, o concelho onde resido, tenha centenas de milhares de euros para gastar em festas e foguetes em prol de duvidosos objectivos e se esqueça de quem precisa.

Todos os órgãos duma Câmara se deviam envergonhar ao delapidar o dinheiro do erário público e do cidadão em decisões politicamente erradas e eticamente vazias. Primeiro a cançoneta ou  primeiro a cidadania?  No meu entender,  isto não é política mas abuso de poder e não quero chegar ao ponto de lhe chamar corrupção, cada um julgará por si.  Com o dinheiro dos outros é fácil  fazer boa figura mas muito mais fácil fazer uma péssima figura. Uma figura inútil, desumana, leviana, de discutível moral. Sabendo a quantidade de festas que fazem as autarquias país fora para angariação de votos á custa do dinheiro dos nossos impostos, chamo a isto um esbanjamento abusivo da riqueza publica. Um mal licenciado pelo silêncio dum poder de governar que parece não existir  e se fica pelo conforto do gesto discricionário desse poder , pondo  em definitivo de parte o exercício político.

Um poder que, com a regionalização que se desenha, vai trazer um caos discriminatório ao país e ás pessoas.  

    ª( Titulo:Os nomes são consequência das coisas)                 Quinto All Mare,Génova,Maio,2017

 

 

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