BARREIRAS
Luso, fotografia antiga quando a barreira da Quinta do Alberto
terminava na estrada já aberta anteriormentena na própria
barreira....
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Luso, fotografia antiga quando a barreira da Quinta do Alberto
terminava na estrada já aberta anteriormentena na própria
barreira....
Esta é um fotografia do apiadeiro do Luso batida há três dias
quando procuravamos o anuncio "vende-se" no topo duma
janela do edificio. Custoso ver o papel da CP mas de facto
está . Se alguém quizer pode comprar, sítio bom para ver
passar os comboios, já não para quem tenha um porque não
há estacionamento.
A fotografia a seguir que ainda está no jardim do apiadeiro
ganhou em 1957 um concurso de estações floridas e hoje,
quando nem os jardins são floridos, apetece dizer, tanto
trabalho para quê ???
Admira que a Cãmara ainda não tenha levado a casa para
a Mealhada . Mais dia menos dia a casa cai!!!!
Como a Cãmara da Mealhada não cumpre as regras de transparência a que é obrigada no que diz respeito aos fundos que recebe do acordo com a Sociedade da Água de Luso , aqui trancrevo a respectiva lei.
Diz a dita Lei nº 73 , de 03 de Setembro de 2013 :
Regime Financeiro das Autarquias Locais e Entidades Intermunicipais
Artº 7º Principio da Transparência
1-A actividade financeira das autarquias locais está sujeita ao principio da transparência que se traduz num dever de informação mutuo entre estas e o Estado, bem como no dever de divulgar aos cidadãos, de forma acessivel e rigorosa, a informação sobre a sua situação financeira.
2-O principio da transparência aplica-se igualmente á informação financeira respeitante às entidades participadas por autarquias locais e entidades intermunicipais que integram o sector local , bem como as concessões municipais e parcerias publico-privadas.
Concretamente o municipe do concelho não sabe quanto recebe a Câmara da Sociedade da Água do Luso da comparticipação anual por cada litro de água do Luso vendido por aquela empresa, na sequência do contrato assinado entre a autarquia e aquela sociedade. Não se sabe excatamente o produto recebido nem o que é feito a essa verba , ainda que possamos calcular que estarão em jogo cerca de cinco milhões euros através dos vários anos de duração do acordo. Por uma questão de credibilidade e confiança entre a politica e o cidadão seria bom que a autarquia usasse da clareza e transparência que determina a lei , acabando com o secretismo que parece existir na divulgação destes dados e com eventuais dúvidas que se colaquem aos cidadãos interessados, sobre a quantia e destino destes fundos.Para além de cumprir com rigor o que estipula a Lei nº 73 , de 03 de Setembro de 2013, como lhe compete.
No ano passado o fogo andou por aqui. Foi obra dos deuses, se bem se lembram os leitores, de Hefesto e de Vulcano e por graça dos novos santos pastorinhos não chegou ao Buçaco. Ainda bem que assim foi, do mal, o menos, mas deixou amargos na boca e os habituais avisos para tomar cuidado com as brincadeiras do lume. Se então faziam quarenta e dois anos do ciclo infernal dos fogos, este ano fazem quarenta e três e ainda antes da chegada do Verão já se contam por muitos mortos e feridos as vitimas apanhadas pelo diabólico carrasco que entrou agora pelo chamado pinhal interior, é melhor dizer o eucaliptal interior e levou consigo vidas humildes de gente laboriosa e simples, o verdadeiro âmago duma pátria de madraços governantes.
Mas o que se fez do ano que passou para este no sentido de defender a gente e os bens? Nada. De facto não se viu fazer nada. De facto nada se fez. Como nunca se fez nada do que deveria ser feito. Ouviram-se lérias dos patéticos Martas deste recanto na televisão pública para dar lustro ao dourado dos galões e às fardas que falharam nos precipícios da vida e regateios de mais verbas aos políticos que aproveitaram para dormir até às próximas eleições. Assim o governo sustentou a barca na tumultuosa maré dos nossos dias e os municípios fizeram festas e regaram campos de futebol e golf como sempre tem feito, gastando o nosso dinheiro de mangueira na mão naquilo que é dispensável, mas na prioridade dos fogos, zero, um zero tão grande como na criação de riqueza sustentada.
Esta aliás é a imagem de todos os anos enquanto a floresta privada e pública gere em redor de si própria outra floresta de lixo ambiental e o eucalipto se continua a espalhar quase espontâneo por onde quer e pode perante um reordenamento por fazer.
Hefesto, o deus anterior ao esperto Prometeu roubando a chama, mete as labaredas na saca em cada fim do Verão e o fraco poder de quem o tem adormece como uma espécie de amigo do povo dominical esquecendo a desgraça alheia. É pois naturalíssimo que depois de quarenta e três anos seguidos a brincar, os factos se repitam e agravem perante a inércia crónica dos sábios da Lusitânia, sábios de língua, de mama e de gamela que se fartam de barafustar no fim de contas, na pobreza da lusa comunicação social de malfadada erudição. Suam as estopinhas, na retórica balofa amealhando fartos ganhos de pirosas redes privadas e públicas, uma rotunda lástima a que chegaram os canais que impingem aos portugueses televisão de baixa qualidade e cultura, algo ainda mais sujo que deprimente. Nisto levantam-se alguns contra o diabo a criticar a razão, mas esses ou são distraídos ou os beneficiários do sistema onde a falta de transparência nos avança canadairs ,sirespes, corrupção e comissões. E alguns free lancers militantes que chupam no erário publico por via de empresas, instituições , organismos e serviços.
Como ninguém tem culpa dos fogos não há réus. Tudo depende dumas cotoveladas entre nuvens traiçoeiras, uns relâmpagos, umas faíscas sobre os tojos dos terrenos incendiando a mata ainda que se inventem os trovões. Quem pára uma descarga caída estrondosamente das nuvens? Ninguém. E como a farsa já tem anos deu lugar à epopeia do fogo que desta vez levou na sua frente seis dezenas de mortos, muitas mais de feridos, coisa que se remedeia com umas palavras de solidariedade, um secretário de estado a contar mortos e uns dias de luto com umas preces pelas boas almas que se foram, que se finaram numa fogueira que não é propriamente inquisição. Lágrimas de crocodilo!
Quem governa é indigno do povo que governa. Quem governa perdeu a dignidade após anos e anos de tragédias sem mexer uma palha para acabar este drama tremendo que nos envergonha e assusta. Quem governa talvez faça bons negócios na epidemia do fogo ou os dê com prazer aos clientes e amigos, mas por incompetência ou omissão condena anualmente populações indefesas ao martírio, ao sofrimento, á dor e à morte. Todos os governantes que tem passado por esta saga da desgraça e da destruição tem sido indignos do povo que lhe dá os votos. Há quarenta e três anos que sucede esta tragicomédia que agora culminou com o maior desastre de sempre. Sobre os mesmos inocentes de sempre. Sobre os mesmos portugueses de sempre.
O reordenamento do território e o planeamento, esse bicho monstruoso que resolveria o problema de vez, nesse ninguém tem a coragem ou a capacidade de mexer porque naturalmente irá tocar em interesses de lóbis de muita ilustre nata lusitana, a nata das influências, da clientela, dos amigos, dos compadres, da irresponsabilidade.
O poder actual, perdeu a capacidade de intervir, os partidos alinharam-se pelo poder do dinheiro e off shores perdendo o equilíbrio entre dois mundos diferentes, o dos fortes e o dos frágeis, ou mais concretamente entre os ricos e os pobres. Há por aí muita gente a viver á custa dos fogos perante um Estado que não cumpre os seus deveres. De nada valem as desculpas esfarrapadas de políticos comprometidos com o percurso assumido até aqui, cujos resultados á vista não podiam ser piores. De nada vale a romaria do governo aos locais do crime como quem pede desculpa, de nada vale a patetice dum presidente da Republica a pôr água na fervura no gelo da sepultura ou nas lágrimas dos sobreviventes.
O povo português não merece este descalabro, esta impotência, esta anarquia, este vazio permanente perante os problemas reais. Há que tomar outras medidas, como repete todos os anos o povo deste país, sem qualquer consequência.
Aqui para nós, na nossa pequena dimensão territorial, o Buçaco ainda não ardeu porque não calhou, mas lembram-se os leitores que ardeu um quadro raro de Josepha de Óbidos, um crime patrimonial que não teve responsáveis apurados. É pois muito provável que a Mata Nacional mais ano menos ano tenha o mesmo destino nas mãos dos amadores partidários que fizeram dela uma feira da ladra. Suja e cheia de mato, pronta a receber de mãos abertas um fogo mais agressivo a Mata é hoje, desde que acabaram com os guardas florestais, um espaço aberto ao pasto de curiosa gente, afinal de calibre igual às centenas de sábios que vegetam nas televisões. Até uma barragem no Vale da Ribeira foi riscada da protecção pelo fraco elenco camarário que temos, politicamente ignorantes das coisas do turismo como de florestas ou ambiente ou até da rega do Vale. Amanhã, quando arder, não haverá responsáveis pois este mundo democrático de curiosos está imune aos pagamentos de asneiras tal como está imune ao pagamento de custas judiciais e outras regalias de baronetes e morgados. Ainda que se saldem por dezenas de mortes e milhares de hectares de floresta ardida o património não conta, nem o físico nem o ético. Muito menos o do cidadão que existe para pagar impostos e alimentar burocracia.
Luso,Junho,017 àguasdoluso.blogs.sapo.pt
A realidade do Luso é esta, o Verão chegou ao fim sem canto do pisco. Muita gente até duvidou se existem termas , entre a realidade e a ficção quase não se deu por elas. Obras fora de tempo obstaram á normalidade e os fumos tóxicos ajudaram a espantar muita gente. Fizeram-se umas festas e animou-se a componente que cresceu, os garrafoneiros que aos milhares monopolizam as onze bicas da fonte. Se não fossem estes turistas de “pé rapado” teríamos passado á desertificação. Bebem um café, comem um bolo, dão uma volta pelas barracas, compram uma bandeira do fêkêpê ! A autarquia até fala em subir a taxa de ocupação, pensam que os vendedores ganham tanto como eles próprios, políticos. Mas aqui o dinheiro de facto não cai do ceu e a crise chega a todo o lado, é bom não esquecer.
Tudo contribuíu para o fim dum Verão pouco compensador. O que conta são quartos refeições e tratamentos, isso que cria a riqueza, e ninguém pode estar satisfeito com o que resta d’outros tempos. A terra está a morrer perante a incapacidade dos eleitos de fazer alguma coisa. E na Câmara, por arranjos políticos a que a vila é alheia,voltou a ficar de fora um edil que represente o Luso e grite pelos seus problemas no executivo. Uma agravo mais para a unica freguesia onde existe Know out do turismo e que não é aproveitado.Ontem fui ao correio, chamam -lhe correio, mas aquilo é o reflexo negativo do estado a que chegou a vila. Pior que o lwo cost são estas empresas pimba, mais uma economia pimba, uma governação pimba, coisas alimentadas pela imbecilidade duma comunicação pimba que se encarrega de lavagens constantes ao cérebro do cidadão. O Luso foi esvaziado como balão de oxigénio. Da riqueza que o fazia respirar levaram tudo. Engarrafamento, água, escritórios, correio, pensões, cafés ! Ficou um furo artesiano e um segurança de plantão para o guardar, ironia do destino! De toda a exploração que fazem das águas fica zero nesta terra ! Vergonhoso. Nem dos mais de quinhentos mil euros a que a geminação deu origem por iniciativa de gente do Luso, nem desses cá fica um tostão, foram canalizados para a Câmara, um acto grosseiro e ultrajante para essa mesma gente! As promessas dum parque industrial de Barrô com unidades de fabrico de sabonetes, shampôs, cosméticos, pomadas e produtos afins tem mais de quinze anos e já fez parte de pacotes pré eleitorais aos quais juntaram dois novos hotéis. Reproduzo as promessas, preto no branco, não passaram de mentiras. Alguém viu o parque industrial? As fábricas? Os hoteis? O emprego?
O que se vê na verdade, é que o bloco de fisioterapia nunca mais abriu, que o concessionário com a ajuda e o apoio da autarquia reduziu as termas a um terço do seu tamanho e de parceria com a mesma autarquia enterrou canos pelas estradas municipais para engarrafar na Vacariça. Qual foi a contrapartida para o Luso? Nenhuma. Fecharam os escritórios, alugaram as Termas, mudaram a sede. É para olhar passivamente para isto que temos representantes a quem demos o voto ?
Não terão os eleitos o dever de indagar se o contrato de concessão está a ser cumprido? Desenvolve ou não desenvolve as termas? Não terão o dever de informar das razões porque ardeu a Srª do Leite, uma relíquia do século XVII que poderia valer até cem mil euros e era patrimonio local ? Quem é o responsável? Não terão o dever de resolver o problema dos fumos tóxicos e de reabrir o dossier da barragem de Vale da Ribeira? O que fizeram em defesa do correio? Nada. Aceitaram comodamente o fecho! E pelo badalado Luso 2007, depois Inova? O mesmo nada e esta é a via de desinteresse e abandono que não serve Luso nem município nem munícipes.As potencialidades permanecem e Termas não as podem mudar para outro lugar do concelho. Nem mudar o Buçaco, como querem. Este caminho não , não é o caminho certo, nem honrado, nem honesto que a politica prometeu.E o Luso tem e deve gritar por aquilo a que tem direito se não quer correr o risco de ser tragado pela sua passividade.
Set.2014
UM VERÃO DE S.NICOLAU
O ano de 2013 foi-se num Verão em que tivemos por aí o enfático São Nicolau na televisão, queimando ramos verdes sobre termas e spas o que nada adiantou nem atrasou ao movimento de aquistas. Uma espécie de santo de pau carunchoso a fazer crer que está o que não está, existe o que não existe, se faz o que não se faz, teatralizando cenas mascaradas de funcionalidade a justificar o injustificável, enfim, marketing de fraca qualidade e ineficaz, uma fachada deprimente para comércio da paróquia.
Meteu o artista a confirmar a arte, a imagem, a exposição e copos de água para enganar papalvos. A verdade porém continua a ser a da incapacidade das termas, agora também clínica, para dinamizar spas, fisioterapia, ingestão de bebidas, banhos e como consequência desta ineficácia o negócio local é agora alimentado pelos garrafoneiros que fazem o favor de vir recolher nas onze bicas da fonte pública os desperdícios gratuitos. Fazem-no livremente e livremente deixam no local lixo que chegue para dar trabalho a quem está para que quem vem seja contabilizado como turista. Na mentira disfarce da verdade deste cenário em que caiu o Luso, caíram primeiro as Termas, por isso a arte do Nicolau procura colmatar as insuficiências cardíacas do paciente sem remédio nem purgante.
De resto, quanto a aquistas, clientes, hóspedes, gente palpável na formação de alguma riqueza compensatória, enfim, alguém que empurre esta economia de subsistência hoteleira, foram-se quase com tanta limpeza como os próprios concessionários. Destes, apenas o rabo duma fundação para iludir incautos, confundir o poder e tranquilizar a má consciência. Depois de liquidar perante as barbas dum poder autárquico desastroso a indústria do lugar, abandonaram o barco, diz-se, que por aí até Cracóvia, bela cidade sem dúvida, que acaba por beber na circunstância do sangue que nos é tirado.
Como podia o Nicolau fazer milagres ainda que represente muito bem a ingestão no seu papel panfletário, se o Luso, na sua forma de termalismo ficou arrasado, as camas desocupadas, o negócio minimizado e o contrato de concessão, salvo melhor opinião, em possível estado de incumprimento? Sem que Autarquia e o Estado tentassem pôr fervura no descalabro, optando sim por água benta e omissão prejudicando gravemente a freguesia, o concelho, a região. Foi por isso que em 2014 Janeiro nasceu mais triste com o encerrar da última pensão, a Astória que passou também á história.
Num país de doidos, para parafrasear o irreverente Medina, não haverá lugar a dúvidas. A cervejeira que parece fazer o que quer, cumpre, os advogados defendem e as pessoas calam. Ao Estado vendido, basta a comodidade e o voto, porque pôr em causa o contrato da concessão, tem estado fora de causa. Medo, interesses? Não se sabe. Assim o cidadão fica sem saber se há incumprimento das regras estabelecidas, a autarquia amealha os proveitos de provisórios arranjos, as pensões acabam e o Luso termal fenece. Hoje de nada beneficia com a exploração da matéria-prima retirada abaixo dos nossos pés. Então e as pessoas? Pergunta-se. Onde estão as pessoas neste arrotar do remanescente europeu?
Deixando aos Nicolaus os seus papéis e cachés vê-se o desastre que foi o atrofiar da vertente do termalismo clássico, o engodo dum spa, de um Luso 2007 e outros mais, com a intervenção comprometida da política do município em favor da destruição operada nas Termas, minimizadas para um terço do que eram num projecto destrutivo que esteve meses e meses à vista de todos nós e ninguém quis verdadeiramente averiguar. O Luso termal está morto e era do morto afinal que provinha a riqueza que sustentava as pessoas. Sabia-se. Porque estas não vivem da palavra, do discurso, das promessas ou da iniquidade dos políticos. É preciso ressuscitar o defunto para ressuscitar as pessoas. Coisa que neste país é um problema com oitocentos anos de pesadelos. Na minha terra natal, chegou-se ao ponto de dar tudo a troco de coisa nenhuma. Uma questão de política, de cultura, filosofia, incompetência. De doidos, como diz Medina ! Luso,Fevereiro,2014 (JM-Crónicas locais)
28 seguidores
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.