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ÁGUASDOLUSO

BURRIQUEIROS,OS QUE TOCAM OS BURROS...

ÁGUASDOLUSO

BURRIQUEIROS,OS QUE TOCAM OS BURROS...

03
Set21

AUTARQUIAS, É PRECISO LATA !!!!

Peter

S.João.jpg

AUTARQUIAS 2021

É PRECISO TER LATA!

É com espanto que surgem numa lista de candidatos independentes às eleições autárquicas para a Camara Municipal da Mealhada, pessoas cujo curriculum local ultrapassa o descaramento e o á vontade para se recandidatarem, e eu cito:

O primeiro candidato foi administrador da Fundação da Mata Nacional do Bussaco, ressarcido com cinco mil euros mês para ajudar a destruir o bem, como se pode verificar hoje numa visita ao local. Ao mesmo tempo, deixou arder um quadro de Josefa de Óbidos  no Convento de Stª Cruz, mal acondicionado e sem seguro, que valeria à pior porta cem mil euros e silenciou o desastre, beneficiando da irresponsabilidade da afundação socrática que eles próprios dirigiam.

Os segundos, são o então presidente e vice presidenta da mesma Câmara da Mealhada, que no processo de construção do Centro de Estágios do Luso, se esqueceram de enviar o processo à CCRC, em Coimbra, a entidade gestora do financiamento, fazendo perder á tesouraria municipal e consequentemente ao município, setecentos e cinquenta mil euros, numa obra de um milhão e duzentos mil, que era comparticipada pela sociedade do Euro 2007/8.  Quem  assumiu a divida foi o orçamento camarário, ou dos  municipes.   Calaram-se, esconderam o caso ao executivo, e continuam "descaradamente"  a concorrer.

É PRECISO TER LATA, é a expressão que eu acho mais adequada para classificar a competência política e moral desta gente, cuja falta se carater e personalidade politica deixam muito a desejar e são  impróprias para gerir a coisa pública.

Um outro candidato , que já faz parte do mobiliário da câmara, o homem do maqueirismo, luta pela cadeira salazarista para cair dela abaixo , unica maneira de se reformar. Politicamente, se quando  chegou ao municipio atraz da música, como se diz no Luso, fez qualquer coisa, depois, aqueceu o lugar e não fez mais nada. No Luso, especializou-se em retretes e está para inaugurar um estacionamento sem saída e que retira aos turistas  o acesso ao centro do Luso. A destruição da economia do turismo parece continuar. Mas a sua obra de arte da ridicularia no setor , passou pela sua tentativa de fecho do Palace Hotel do Bussaco, que a proteçáo civil de Aveiro resolveu mudando o censor avariado. Como se vê, um concelho amarfanhado e atrazado, vai  continuar na mesma via!!! Os donos não largam o tacho  politiqueiro , não conhecem o exame de consciência !!!!

Na política não vale tudo!

 Na política não vale tudo!

 

 

 

 

15
Jul21

ANTI LUSO-BUSSACO

Peter

UMA POLITICA ANTI LUSO-BUSSACO

DSC_0180[1].JPGAqui podemos ver o monstruoso arranjo ambiental, projecto da Camara da Mealhada, para o centro civico das Termas do Luso. Uma barreira de xisto coberta com rede de arame e coroada por uma mata de eucaliptos, exactamente acima da fonte das 11 bicas e da nascente termal ,ótima sulução! Dois anos levou a obra a fazer. Herança dos eleitos, experts em turismo...de pé rapado!!!!

Há vários anos a esta parte a Câmara da Mealhada tem feito uma política absolutamente anti Luso-Bussaco. Os factos e os actos são duma evidência clara, a começar por não haver ninguém da freguesia no executivo, enquanto a sede do concelho tem três membros a tempo inteiro, o que é  democraticamente escandaloso , evidenciando a falta de transparência e o compadrio dos  “xuxas” (de socialistas não tem nada) deste tempo de tachos e favores. É vergonhoso e ridículo que a freguesia numero um do município, a mais conhecida, a que mais visitantes recebe , a de maior potencialidades no contexto europeu, o unico recurso turístico existente,  ainda que o edil diga o contrário, mais uma bacoquice saloia, igual á construção dum edifício do turismo onde ele não há, num desrespeito total pela indústria e pela gente do Luso-Bussaco, que investe o seu dinheiro num município avesso e incapaz.

DSC_0178[1].JPGAqui, o velho Teatro Avenida do principio do século passado, um edificio com estilo próprio, que a mesma Càmara da Mealhada comprou  há uma duzia de anos , para o deixar cair, como se vê na foto. Resta o miolo sem plateia , palco, desnudado. Outra brincadeira para destruir o Luso-Bussaco, de  edis sem noção nem sentido do que é o território , da cultura e das

A espécie de cidade, que ainda está fora da lei pois não cumpre os requisitos, fez mal aos curiosos que administram o território, cuja única preocupação passa pela compra de velhos edifícios. Nestes tempos dúbios onde saltam á luz do dia casos preocupantes, não se sabe para que se gasta o dinheiro dos contribuintes a comprar sucata do imobiliário para deixar cair. Mas naturalmente haverá propósitos e interesses nisso. Assim se gasta o erário público, tal qual como os sapateiros que querem ir além das chinelas que não lhes cabem nos pés. Há três mandatos que a autarquia não faz nada no Luso, ou seja, fez duas retretes, uma em cada mandato, e agora está a acabar um estacionamento para retirar o visitante da fonte publica e do Luso, quando este espaço de paragem devia ser feito na quinta do Alberto, devidamente arranjada e preparada para a apoio á atividade turística, termalista e hoteleira e de  sustento do comércio.

DSC_0173[1].JPGEntrada do parque do Lago, que está fechado há quatro anos pela câmara da Mealhada. Nesta entrada, pode ver-se a retrete que ali foi feita, bem como os caixotes do lixo. Era ótimo que a Camara fizesse uma entrada semelhante  na  porta de entrada  do seu edificio. Para o executivo , deve ser  esta a excelência no receber  e   deveriam  ser os primeiroa a dar o exemplo nas suas opções !

Mas a municipalidade fez mais, esburacou a barreira do centro cívico e em vez de programar um espaço digno e capaz de valorizar o centro e a fonte, fez um monstro de cascalhos de alguns metros de altura coroados por rede de arame e por uma mata de eucaliptos, como sabemos, a melhor árvore para levar as raízes á nascente publica e á nascente termal. A completa negação do urbanismo turístico. Mais, a Câmara comprou há uns anos o cine teatro avenida e deixou-o cair. Hoje, sem teto, desmiolado, sem palco, tem as tripas ao léu, atestando o péssimo trabalho de executivos onde a incompetência é grande. Há quinze anos que a Câmara desviou verbas conseguidas pelo Luso, mercê da geminação com Contrexeville, um processo que se pode contar hoje claramente, verbas utilizadas pelo presidente da Câmara para processos em tribunal, desviando-as a favor dos cofres municipais e não da freguesia, como foi pensada por quem iniciou o processo no Luso. Não se sabe para onde foram esses milhões de euros, nos anos que já passaram, não há notícia sequer do que faz a autarquia com eles. Para o Luso/Bussaco, a quem eram destinados, seria um ressurgir em força, para o concelho, não se vê para onde foi. Tal e qual como um projeto chamado Luso 2007, que a Câmara trocou pela transferência da água para a Vacariça e que acabou na gaveta. 

DSC_0185[1].JPGMiralinda, antiga Casa do Povo, hoje sem dono. Abandonada desde a sua extinção, não mereceu por parte do municipio  qualquer  ação para evitar a ruina. Assim se trata o património ?  Anti-Luso?  É evidente.! Como há 2,5 milhóes de euros para murtais e não há trocos para isto? Que falta de dignidade !!!!

Pelo Luso a Câmara nunca fez nem faz nada, é vergonhoso o poder local que  gere os dinheiros autarquicos, apagando do mapa o património, o Bussaco que destroi, e o Luso que pelos vistos pretende tirar do mapa. Para comprar quintas na sede do concelho a ex-camaradas,  terão sido utilizados os tostões litro de água que vão do Luso? Os moinhos de Carpinteiros, um rico património da indústria moageira, apesar de haver programas comunitários para a sua recuperação, não merece o interesse do executivo. O Lago está há quatro anos em obras e hoje, em plena época termal, abandonado, fechado e sem iluminação noturna, e uma piscina no parque de campismo nunca foi feita .O Bussaco, retirando os sítios de passagem foi transformado em recinto de romarias e está destruído em muitos dos seus valores. Uma asneira da Câmara sobre um valor nacional que lhe tem trazido prejuízos de toda a ordem, pois as verbas gastas naquilo que não lhe pertence, são uma inconsciência da autarquia que não conhece os limites do poder nem a lei, retirando-as aos munícipes para gastar em terceiros. Opta pela arbitrariedade usando o espectro da partidarite nas suas influências, para não lhe chamar pobreza de espírito. Não mexeu um dedo pelo fecho da estação dos correios, nem dos bancos e quanto ao bloco de fisioterapia, empurrou-a para a sede do concelho. Outro exemplo são estruturas essenciais para os dias actuais, a câmara da Mealhada tem feito parte de um complô do capital estrangeiro contra a freguesia, nunca teve capacidade, nem força, nem vontade, para lutar pela freguesia do Luso, teve sim para apostar nos passos em sentido contrário. Tão bem ou tão mal, que até deixou fugir setecentos e cinquenta milhões de euros do Euro 2004, por simples esquecimento, quando a Junta de Turismo e Freguesia do Luso colocaram em cima da mesa a iniciativa do centro de estágios e quase forçaram a sua execução. Á espera da vontade do executivo, não se fazia! Por quem não tem vergonha de se candidatar de novo a lugares públicos! Para o Luso e o Bussaco, a autarquia tem sido uma Câmara morta, inoperante, incapaz, julgo que intencionalmente apostada em nada fazer. Muitos factos, deixo aqui relatados, segundo francamente os entendo.

DSC_0176[1].JPGA irresponsabilidade de uma fundação , a cinco mil euros mês ao gestor, não conseguiu reparar a porta da Mata  nas escadas do Cinema. Onde está excelência dos escolhidos a dedo? Destruir a freguesia  como a fisioterapia, levada para a  "cidade" ?  Parece-nos que a autarquia câmara é o pior inimigo da freguesia.

Analisando os orçamentos da última década, há um nítido e intencional abandono da freguesia e um atrasar ou meter na gaveta as potencialidades que continuam a existir. Claro que tudo isto se a freguesia tivesse em si o poder de se fazer administrar por si própria, conhecedora como é da sua primeira atividade e sobre a qual adquiriu uma experiência que dificilmente vai mantendo, mercê de alguns especialistas ainda vivos, que a autarquia Câmara nunca levou em conta, nunca utilizou, nunca usou em proveito e no desenvolvimento do território. Não tenhamos dúvidas que com administração própria, um município próprio, o Luso-Bussaco teria ultrapassado as barreiras dum município alheio e poderia hoje comparar-se com Sintra, uma terra de características idênticas, quer morfologicamente, quer pela particularidade se ser um palco do agrado da realeza, bem como da república. O único lugar com história e património, dentro deste território, abandonado por uma divisão administrativa que vem de 1834, por influências óbvias. Com inimizades destas,  estamos garantidos!!!

DSC_3427 (2).JPG

Porque não colocar umas rodas no Palacio e na Mata e levar tudo para a Mealhada e evitar assim o encerramento? 

É impróprio e inadmissivel que um orgão municipal trate desta maneira os   interesses da freguesia, que abandone  o património existente e pessoas, sem  escutar e ouvir os que lutam diariamente  pelo território  termal. Ao contrário, parece que destroem com prazer o que os seculos construiram. Porque não fecham de vez o Palace Hotel do Bussaco? Porque  náo lhe colocam rodas e o levam para as portas do municipio ou para os murtais ???

Nota.: Esclareço que  este post, nada tem a ver com a população  da sede concelhia, mas sim com autarcas que decidem politicamente na autarquie do municipio.

 

29
Set20

MEALHADA,AUTARQUIA SEM NORTE

Peter

moinhos.jpg  O Projecto dos Moinhhos de Vento de Esposende com 85% de comparticipação

A Câmara Municpal de Esposende está a recuperar  os moinhos de vento da Abelheira , um projecto que numa primeira fase conta com 155 mil euros , comparticipado em 85% ( 22,5 mil euros para a Câmara ) pelo programa PROVERE, no âmbito da Rede de Visitação dos Moinhos. Com a reconstituição fidedigna do património , criará um parque temático destinado a relembrar o processo do grão, do seu tratamento, e transformação. Beneficiará o ambiente, o conhecimento, a cultura e o turismo. No nosso município da Mealhada, onde não há cultura nem turismo, esbanja-se o orçamento na compra de imoveis velhos  e duvidosos e esquece-se um complexo único de moinhos de  àgua , a  cascata de  mós de Carpinteiros, no Luso. E outros bens e inventimentos prioritários.

minhos 1.jpgOutra imagem dos Moinhos de Esposende  com 85% de comparticipação

Esquecem-se as comparticipações comunitárias,os projectos, os bens, os patrimónios  em favor da sucata imobiliária. Um executivo  maioritáriamente da Antes e Mealhada, não percebe o turismo nem a freguesia do Luso que dele vive.  Muitos municipios recorrem a programas que existem para beneficiar os seus territórios, a Mealhada não, esqueceu essa ferramenta, a actividade turistica   e esqueceu as pessoas. O Complexo de Carpinteiros é único em Portugal e com capacidade para recuperar os moinhos para moagem  e para habitação  de tipo rural para o turista interessado. Mas , como se vê, há programas comunitários , só que a autarquia da Mealhada  esqueceu as Termas, mas não esquece as verbas que dela recebe, nem de arranchar lugares para familiares dos políticos. A inutilidade na área do turismo, é patente.

moinhos 3.jpg

Para que não restem dúvidas, aqui está o projeto  de Esposende, aprovado pelo PROVERE

O projecto da Câmara de Esposende está aqui, como  se pode ver, mas para Carpinteiros a Câmara da Mealhada tem preguiça de estudar o  assunto . Os  politicos que temos não prestam, não defendem os interesses das freguesias e das pessoas. E muito menos das Termas do Luso. Fica o reparo, no sentido de alguém aprender a  escolher  os eleitos.

12
Set20

Uma barreira por 140 mil euros

Peter

UMA HISTÓRIA RIDICULA

RSCN6348[1].JPG

 Câmara da Mealhada : Barreira, uma obra prima duma Universidade por 140 mil euros  

A Camara Municipal da Mealhada, na sua acção inovadora, continua a tentar destruir o turismo que se faz no Luso, tornando mais difícil o que já de si não é tarefa fácil nestes tempos pandémicos. As duas fotografias que aqui mostro, ilustram bem a insensibilidade, o desconhecimento e o desinteresse pela actividade turística na freguesia, por parte do município.A preocupação pelo comércio local, não foi nenhuma.

Há dois anos a esta parte caiu um naco da barreira que se vê, naco que em tempos recentes um presidente da Junta de freguesia limpava com os seus meios, em meio-dia de trabalho. O sítio é no centro do Luso e a economia do Luso é o Verão, termas e hotelaria, sublinhe-se. Apesar disso, só dois anos passados e após as dificuldades de um Verão com um centro paralítico e semi paralisado, a autarquia apresentou composta a barreira, tal como se vê na foto. 

Curiosamente, por informação da altura, a Câmara estava aguardando um projecto encomendado a uma Universidade vizinha, que pelos vistos apresentou o que está aí á vista. Custa-me acreditar, mas a obra custou a módica quantia de 140 mil euros. Levantar cinco metros de terreno e leva-lo dali com um trator, como disse, não mais que meio-dia de trabalho para um ex-presidente da Junta, um dia no máximo, vamos dar isso de barato! Ficou caro o trabalho, estético e belissimo, para sala de estar das Termas . Caricatamente , ficou como estava dois anos antes. Na mesma.  Sem tirar , nem pôr ! Nem um lugarzinho de estacionamento se conseguiu a mais, para beneficiar quem está e quem vem. Um verdadeiro aborto na paisagem circundante. 

Muito mal empregues foram os 140 mil euros ! 

 

RSCN6349[1].JPG                   A eficiência da Câmara da Mealhada, o eucalipto em cima das termas

Dizia a Câmara que ao retirar o entulho podia encontrar água, o que seria um problema grave!  Para que conste, a barreira já foi cortada quase desde as bicas da fonte até ao sítio onde está, e nunca se viu água que dali saísse. Conclusão, mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo! Ou um ignorante! 

Porém, o aquífero anda pela Avenida Navarro e pouco pela Quinta do Alberto, e esta quinta que a autarquia comprou,  por nada que se parecesse nem de perto nem de longe com os dois milhões e meio do Murtal, há cerca dez anos e ainda não se sabe para quê , estava cheia de eucaliptos. Estava então e está hoje, como se vê pelas fotografias.

 Numa dezena de anos, nenhuma cabeça política da Câmara da Mealhada se deu ao trabalho de propor o corte dos  eucaliptos, sobre a nascente, os melhores bebedores de água dos aquiferos que as sustentam, e destruidores do ambiente. Tiveram tempo suficiente para plantar no seu lugar uma pequena mata de árvores de sombra e de jardim, reaproveitando o espaço com uma zona de lazer ou de estacionamento. Mas não o fizeram. Incompetentes!

Mas  que pode sentir pela terra quem insiste todos  os anos em abortar o Verão, escolhendo o mesmo Verão para fazer as pequeninas obras que impedem o movimento e a actividade? Onde está a abertura e aproveitamento do Lago, fechado de dia há três anos e escuro como breu de noite, por falta de iluminação? 

Com estes autarcas e esta autarquia, bem pode o Luso esperar sentado pela reabilitação da actividade turistica-termal .  Os sinais que transmitem dizem em absoluto o contrário . Basta a ofensa do posto de turismo para saber onde estão ! Politicamente,o concelho é um zero  e com estas obras ruinosas  não vai a lado nenhum.

O turismo do Luso  deve ficar grato a tão profícuos autarcas e sábios promotores da economia local.  Mas como isto não é na sede do concelho, nem na Antes, a terra dos presidentes, estamos nisto...Vergonhoso...

 

 

 

 

 

04
Jul19

O RATO DO ALBERTO

Peter

RSCN5760[1].JPG RATO DO ALBERTO ou A MONTANHA  PARIU UM RATO

Se o abandono do Luso, das suas gentes e das suas Termas necessita de mais alguma evidência, esta do arranjo da barreira que a chuva fez no inverno de há dois anos é o último pregão da arruaça política que a geringonça da autarquia concelhia tem feito na freguesia. Não só pelos dois anos de espera pela retirada duns poucos metros cúbicos de terras que levariam uma manhã para limpar os passeios, como pelo empreendimento subjacente que levou tão doutos autarcas ao concurso duma universidade para desenhar os projetos da remoção das terras. Obras “ciclópicas” como se pode ver, os resultados á vista são, como na montanha que pariu o rato, o regresso ao estado anterior. Nem um banco a mais, nem um metro de alcatrão á frente, nem um estacionamento de forma a libertar espaço para quem visita a terra. Esta é a realidade concebida e mandada executar por aqueles a quem pagamos chorudos rendimentos para gerir o nosso território, rasgando sem qualquer respeito ideias e estudos anteriores. Antes da obra, argumentou a câmara que um dos perigos a prever nos arranjos seria a existência de grandes quantidades de água no subsolo o que desde logo deu, a quem conhece o local, a ideia clara e exata da ignorância e irresponsabilidade dos governantes locais. A extravagância do disparate não tem senso nem limites. Agora convém perguntar pelas nascentes, pelas cascatas e pelos grandes caudais que dali nascem e são canalizados, talvez secretamente para lugar secreto. Mas não estão à vista. Água onde se afoga o ridículo de afirmações políticas fruto da infantilidade de comunicadores eleiçoeiros e intencionais. 

Este é o modo como os autarcas tratam os interesses dos munícipes envolvidos, dando-lhes festas e festanças com o dinheiro de todos, tentando manter-se empoleirados nos galhos do poder e suas influências sem resolver os problemas. Mas não ficam por aqui as desgraças da terra e das termas, a quem o executivo municipal atual passou um atestado de morte prematura desde que tomou posse há dois mandatos atrás. Como há tempo é sabido por todos e pela câmara, a água da fonte de S. João está inquinada, o edil até já mostrou isso num filme, mas tal não é prioridade para os autarcas, presidente incluído, como primeiro a responder pelo ambiente e saúde dos habitantes. Interessa-lhe sim festas e votos! E se falarmos do lago e das suas obras, piscina incluída, cuja finalidade e reabertura foi galhardamente prometida pelo mesmo autarca para o Verão corrente mas, neste segundo aniversário do seu fecho acabamos por saber que as obras estão simplesmente paradas porque em vez de arranjar o lago, destruíram a impermeabilização dos seus fundos, preparados, quando da sua construção, para reter  a água na sua limitada bacia hidrográfica. A história do lago afinal é um precipício de asneiras políticas e técnicas, caladas com festanças de vária ordem para animar toda a gente e esconder os erros e pobreza duma gestão de medíocre qualidade. E já não se fala na Mata Nacional do Bussaco, que também é da freguesia, em continua destruição desde que a fundação camarária que preside ao complot político se imiscuiu irresponsavelmente no património do Estado. O resultado é visível e a Mata Nacional nunca esteve tão degradada em alguns séculos de existência, como hoje, nem tão mal entregue como a uma fundação de base socrática a comungar dos mesmos vícios e privilégios do patrocinador e padrinho. De tal sorte que o presidente da  Câmara já recontruiu dez ermidas onde só existem sete !!! 

Hoje, a freguesia foi despida pela câmara da sua componente turística que há quase oito anos que não mexe uma palha pela sobrevivência da atividade. O abandono é total. Apesar do estabelecimento termal ter aceitável qualidade, a sua dimensão que foi propositadamente reduzida com o aval autárquico por razões nunca esclarecidas, não é suficiente para dinamizar os espaços que foram perdidos por gestões politicamente fraudulentas e contrárias aos interesses do território e do cidadão. De mão dada com os concessionários por razões ignoradas , o compadrio político da autarquia  em  lugar de lhes exigir a animação termal, colabora com eles na ocupação totalitária dos espaço durante a época termal. E dos dinheiros que  anualmente recebe por cada litro de  àgua vendida, nenhuma informação, como manda a lei, ao municipe .  É legitimo perguntar e ao mesmo tempo duvidar da aplicação das verbas , pelos menos um indicio de má fé e de falta de rigor que devia ser esclarecido. Mas vivemos assim, num conluio de interesses politicos de vária ordem  e complicação que só  o génio das mentes que aqui politicamente governam, são capazes de digerir e sabiamente interpretar !!!! O meu aplauso para os conterraneos que civicamente se dirigem á assemblia municipal  e recebem murros na mesa ! E vem-me á ideia a crise académica de Coimbra nos tempos de Salazar e as assembleias forjadas. Ainda lá não chegamos, vamos apenas a caminho....

Mais umas festas  com o dinheiro de todos nós, e toca a dançar e a bailar !!!!

unho,12,2019   aguasdoluso.blogs. sapo.p

25
Mar19

HÁ 70 ANOS AQUI PRENDERAM CUNHAL

Peter

ac.jpg

Eram cinco da manhã,do dia 25 de Março de 1949,  noite cerrada, o silêncio sepulcral espalhava-se por toda a povoação como a própria neblina se espalha subindo do sopé até á Cruz Alta, o ponto mais elevado, que fica escondida por horas e horas de madrugada enquanto, diz a gente do Luso, os frades cozem o pão.

O dispositivo político militar apertou o cerco. À frente dos verdugos, Gomes da Silva, um homem já conhecido da oposição e de Militão  Ribeiro que já tinha passado pela prisão do Tarrafal. Estavam O Gouveia, o Passos, o Mortágua , a nata dos torciários á frente dum corpo da Guarda Republicana armado de metralhadoras  prontas a disparar...

( DO LIVRO INÉDITO ÀGUAS DE LUSO E OUTRAS HISTÓRIAS )

26
Jan19

CÁTASTROFE LUSO BUÇACO

Peter

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O lago continua esburacado, espécie de hospital de rua. Não é o primeiro nas Termas. No tempo das invasões francesas o hospital de sangue acolheu amigos e inimigos como se fossem irmãos, dor e morte não têm cor. Agora, no malfadado ano de 2018 depois do lago, o presidente da Câmara da Mealhada exibe o poder e manda fechar o Hotel do Buçaco e vem dizer publicamente que não foi ele! Se não foi ele falsificaram-lhe a assinatura!  Alguma bruxa ? Bisa até na Assembleia Municipal que não foi ele, perante eleitos calados. Ridículo. e impróprio! Em que democracia estamos, em que lugar vivemos e de que rebanho somos?

Não sei se já tínhamos assistido a isto no concelho, mas política não é. Vê-se sim achincalhar a política. Este mandar fazer desmentido pelo próprio, ultrapassa o respeito e confiança que se deve ao eleitor e é trágico para o município. O território está bem entregue, as Termas e a Mata do Buçaco, idem, mas as freguesias não pensem que estão melhor. Vejam onde se gasta o dinheiro do munícipe, em festas, em mercados gigantes, megaestruturas fora de uso que não se utilizam hoje, obras inúteis de cabeças partidárias pensando em votos, poder e em museus futuros. Esta outra história do museu que começa por dois milhões e trezentos mil euros para criar um só emprego, o do conservador, tem muito que se lhe diga e só por si esgota as capacidades financeiras da autarquia para outros investimentos. Uma vergonha! Há alguma razão para isto, um emprego por dois milhões e meio de euros? Descobriram petróleo? Não brinquem com coisas sérias! Respeitem o munícipe que vos paga o gordo ganha pão!

Depois, para que o concelho saiba, o Palace do Buçaco foi condenado por um detector de incêndios não apitar, razão dada pelo protetor civil que é também o presidente da  autarquia. Só não fechou porque o concessionário fez entrar no tribunal uma providência cautelar e a proteção distrital teve o bom senso de resolver a questão com a simples substituição do sensor. Por isto quarenta funcionários altamente qualificados do hotel número um deste país e as famílias, estiveram á porta do desemprego e na mesa dos apoios sociais. Como diz o povo, não somos da Lourinhã , as razões duma politica agressiva contra  município e pessoas são outras , já que a loucura é do  foro da doença e não da política. Este edil, que já foi deputado e bateu umas boas sonecas na cadeira do hemiciclo como mostrou a televisão ao tempo, governa quem e o quê? E o executivo, o que faz? Ajuda? A Assembleia Municipal, tirando uns piropos da oposição e os piropos da resposta não diz nada, e os maioritários entram mudos e saem calados, um triste e pobre exemplo do que são representantes eleitos pelo povo.

Se queremos ir em frente como concelho não é com mordomias, influências e compadres. Calando as nossas vozes não se vai longe. Há que mudar de vida, de mentalidades, de atitudes, de políticas de interesses duvidosos.

Antes de um conselho ao visado deixo ao leitor um texto de Eça de Queiroz que me parece oportuno para que se veja o Estado a que se chegou  nesta quintarola de artistas, e mordomos. Cá vai do nosso Eça e do seu  conto “A Catrástrofe”;

“…Sempre o Governo! O governo devia ser o agricultor, o industrial, o comerciante, o filósofo, o sacerdote, o pintor, o arquiteto, tudo! Quando um país abdica assim nas mãos dum Governo toda a sua iniciática e cruza os braços esperando que a civilização lhe caia feita das secretarias, como a luz lhe vem do sol, esse país está mal; as almas perdem o vigor, os braços perdem o hábito do trabalho, a consciência perde a regra, o cérebro perde e acção. E como o Governo lá está para fazer tudo, o país estira-se ao sol e acomoda-se para dormir…”

Troque-se Governo por autarquia e tudo piora, a escala é inversamente proporcional ao tamanho da obra.

Quanto ao conselho, só há um, demita-se! É o que se faz num país sério!

Luso,Janeiro,018      Aguasdoluso.blogs.pt

 

05
Jan19

FECHOU O TONY

Peter

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N esta terra onde tudo fecha, fechou o Tony. De facto, ele vinha ameaçando e quem acreditou que brincava, enganou-se. Desta vez não era brincadeira e depois de tanta coisa que já se viu, o Tony bateu com a porta. É pena. Além de fazer falta era um restaurante genuíno de gente simpática. Alimentação caseira tradicional a preços bastantes razoáveis ele servia nativos e turistas, nem eram assim tão poucos os que aqui vinham no Verão, principalmente. Quem há meia uma dúzia de anos, pouco mais, começou a dar machadadas na freguesia do Luso, entre eles alguns eleitos que nunca abriram a boca para defender esta terra e outros que apareceram por aí depois de velhos para mostrar os galões devem dar-se por satisfeitos , cumpriram o seu dever de silêncio. O amor á terra dissolve-se no lustro dos tornozelos. Fecha tudo perante o esgar dos corvos. Uma terra tão pequena, quando a vendermos acaba, como vai acontecer. Não se guarda a memória que ela tem, não se reconhece a história nem a tradição, não há quem veja méritos dos Tónys que por aí há. Dentro dos pequenos porque grandes não há, há os mais pequenos dos pequenos que não se enxergam. Às vezes, serve-se o mérito pelas conveniências, pelas influências, pelos votos, pelos favores, pelos amigos, pelos interesses do momento

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O Tony, um homem com letra grande que manteve muitos anos o seu restaurante a funcionar, entre esses pequenos de que infelizmente falo reconhecendo que isso é muito mau para esta terra, é dos maiores. Se não o for em riquezas e mordomias é na verticalidade dos seus actos, na transparência das suas ambições e na honestidade do seu trato. Faz-me falta como faz a muita gente e fará mais falta ainda a esta terra , onde além dos pobres que são pobres há ainda os pobres de espírito. O pior pobre é esse. Não era para ricos mas estava aberto para todos, para servir o nativo e para servir o turista. Não em doses delicadas duma cozinha estrangeira como está por aí na moda, mas refeições portuguesas, com sabor a Portugal , para bolsas de quem cá vive. Penso que ninguém ficará satisfeito com mais este encerramento, estou a ver que mais dia menos dia para beber um café é preciso ir á Mealhada E desde já deixo o recado aos meus conterrâneos, entre os próximos a fechar está na calha o turismo , é mais um roubo da sede do concelho como aconteceu com a fonte. O esquema já está montado, os abutres andam por aí , já lá está feita a casa com o aplauso dos tolos.

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Se quiserem que isto seja assim, calem-se até fechar o ultimo dos Tonys e não haver mais nada no Luso, afinal a freguesia mais bela, mais rica, com mais história, mais potencialidades, mais património concelhio de valor, mais conhecida no país e até fora do país, que dá , graças ao trabalho dos seus filhos, quase meio milhão de euros todos os anos à Câmara e que não vê para onde vão. Em contrapartida não tem um emprego para oferecer aos filhos dos seus filhos. Este é o fruto do silêncio, do lambedouro das botas, da falta de noção de que sem querer não se consegue nada. Seja numa pequena terra como esta, seja num grande país! Se começarmos a pensar por aí, as soluções não passam pelos lambe botas nem pelas traficâncias , mas pela seriedade de processos e das pessoas e por uma luta cívica e firme na defesa do querer a que se tem justo direito. Quem não o fizer até esse direito perderá, por muito grande que seja. E o que nós queremos nesta terra é que os Tonys abram as portas. Pensar, é preciso! Não há outro modo de seguir em frente.

02
Jan19

2018 UM ANO PARA ESQUECER

Peter

 

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Fotografias tiradas hoje no lago do Luso ainda internado no hospital de ar livre por conta da Câmara da Mealhada. Não é o primeiro na freguesia, já existiu um de sangue no tempo das invasões. Enterrado o péssimo ano de 2018 , uma vergonha da politica para se esquecer, a estância termal ficou numa completa ruina , tal como este lago e a sua envolvente . Piscina fechada, restaurante e café encerrados, não há vivalma que se aventure neste deserto, um recurso turístico promovido pelo presidente da edilidade, génio da politiquice actual, apostado como está em destruir o Luso e creio que todas as outras freguesias em prol da cidade que governa.
No malfadado ano de 2018, o mesmo edil mandou fechar o Palace Hotel do Buçaco por sua própria iniciativa e talvez a conselho de assistentes bem pagos, e embora minta dizendo que não foi ele, a verdade é que foi ele próprio que assinou os documentos, ninguém lhe falsificou a assinatura. Com tal gestor o concelho está bem entregue e as Termas do Luso e a Mata Nacional do Buçaco ainda muito mais. Basta dar uma volta pelos respectivos locais para se ter uma ideia que a fundação camarária tem feito a favor do património que é de todos nós portugueses, o da Mata Nacional, fruto dum assomo genial do ex-ministro Sócrates que despachou a responsabilidade do Estado para uma câmara amiga e de tão pequena dimensão. Os amigos são para as ocasiões, a leviandade para sempre.
O Palace Hotel do Buçaco não fechou por seis meses renováveis a partir do verão passado, pena a que foi condenado em razão de um detector de incêndios não apitar, motivo evocado pelo protector civil, que é ao mesmo tempo edil, usou para o fechar. Como se todos fossemos, como bem diz o povo, da Lourinhã!
Valeu uma providência cautelar interposta por Alexandre Almeida, o concessionário e o bom senso da protecção civil do distrito de Aveiro para resolverem o assunto com um apito novo. O var trabalhou bem.
Foi bom porque o cidadão presidente esqueceu os quarenta profissionais altamente qualificados que trabalham na unidade hoteleira e nem pensou sequer no seu destino nem no sustento das suas respectivas famílias. A não ser que os metesse na Câmara que já é o maior empregador do concelho , mas com mulheres e filhos , primos e afilhados, a coisa tornava-se complicada…

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Este politico, que já foi deputado e aproveitava para bater umas boas sonecas no Parlamento como mostrava a televisão ao tempo, faz uma coisa inédita, em vez de construir, destrói. E a seguir diz que não foi ele !!!!
Eu aproveitava para deixar um excerto dum texto de Eça de Queiroz que me parece oportuno para que se veja o Estado a que o Estado chegou e deixou chegar esta quintarola de artistas, sobretudo de pintores e de mordomos.
Cá vai do nosso Eça o que deixou escrito no conto “A Catrástrofe”;
“Sempre o Governo! O governo devia ser o agricultor, o industrial, o comerciante, o filósofo, o sacerdote, o pintor, o arquitecto-tudo! Quando um país abdica assim nas mãos dum Governo toda a sua iniciática e cruza os braços esperando que a civilização lhe caia feita das secretarias, como a luz lhe vem do sol, esse país está mal; as almas perdem o vigor, os braços perdem o hábito do trabalho, a consciência perde a regra, o cérebro perde e acção. E como o Governo lá está para fazer tudo, o pais estira-se ao sol e acomoda-se para dormir…”
Substitua-se o Governo pela autarquia e as coisas pioram porque a dimensão da escala é inversamente proporcional ao tamanho da asneira.
Para que quer o cidadão politicas e políticos tão bem dimensionados?
Se um dia disserem por aí que o populismo avança, não se admirem. É que alguma coisa tem de facto que mudar, para onde é que não se sabe!

23
Dez18

FELIZ NATAL MUNICÍPIO OU UM ADEUS A 18

Peter

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Galeria do Casino , Salão de  festas e bailes, foto de 1924

FELIZ NATAL!  de castigo está o município “ disse o presidente da camara a propósito do buraco do Lago!

Lago do Luso, disse eu numa das crónicas anteriores para agora perguntar : “Quereria o mestre dizer que não tinha meio milhão de euros para reparar a rotura?” Meio milhão adjudicado afinal por menos de trezentos mil euros numa mentira precoce? Fake new antes de o ser que tanto pode ser precoce como póstuma? O que pretendia dizer a Câmara pela voz do seu presidente quando poucos dias depois há dinheiro para comprar uma quinta, chamada do Murtal, por dois milhões e trezentos mil euros? Contrariedade? Obstáculo? Irritação? Ou negócios ?

Politicamente falando não existiu razão para o lamento, afinal mais uma machadada á freguesia pela câmara, tão empenhada em destruir as termas como a fundação a acarretar camiões de madeira Mata do Buçaco fora.

A pronto a ou crédito a autarquia responsabilizou-se pelo pagamento duma quantia exorbitante por mais um monte de sucata a juntar á que já existe e que fica cara ao bolso do munícipe e é suficiente para manter a paralisação em que se encontra o território em termos de economia e desenvolvimento. Este negócio de cariz socialista, esteve há anos na agenda partidária mas não se chegou a consenso sobre o caso, pelos vistos terá continuado na gaveta a aguardar a ocasião de uma qualquer geringonça passar os limites razoáveis da política adquirindo por mau preço o que não serve ao concelho nem munícipes. Poderá um dia servir a empreiteiros de obras, na próxima geração…ou talvez não!

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Hoje uma maioria autárquica que coxeia, consumou o ato. Uma decisão que foi contestada pela oposição, primeiro por falta de informação transparente, depois dúvidas sobre a oportunidade, terceiro, porque num investimento deste peso que vai influenciar as actividades da câmara por anos, a unanimidade seria essencial uma vez que vai amarrar qualquer executivo que venha a seguir a problemas no futuro. Também a clareza e a informação reflectida pelos dados da sessão autárquica não foram de modo algum suficientes para as duvidas que deixam levantadas. Resumem-se a autoritarismo e a explicações de ”lana-caprina” para tapar olhos a incautos dando conta da falta de diálogo e democracia que falta na gestão municipal. E repito, não falamos dos trezentos mil euros que custou a recuperação do lago nas termas, mas de dois milhões e trezentos mil investidos em sucata de longo prazo com base numa hipotética especulação sobre o alibi dum museu. Como se vivêssemos em patamares de riqueza de Lisboa ou Porto para deitar dinheiro ao ar. Se do espólio imobiliário que existe nunca saiu coelho da cartola, como vai sair agora duma idêntica sucata? São acções nulas num executivo de nulidade apostado em estagnar o território no seu próprio esgotamento, sem novas ideias para sair da sonolência rotineira onde se embrulhou e dorme. Ressonando.

Este ato que levanta muitas dúvidas ao cidadão comum não tem razão de ser nem assenta em qualquer estratégia de desenvolvimento. Por cumprir podemos listar á priori um campo de golfe sem buracos, um nó ferroviário sem comboios, parques industriais que não passaram de projectos, uma variante á estrada nacional que é uma necessidade á vista, uma recuperação do Buçaco que contrariamente continua em degradação, uma rede de regadio no Vale da Vacariça que ficou sem água por falta de barragem, o teatro do Luso por recuperar, bem como a recuperação da zona central e o saneamento por acabar, o teatro da Pampilhosa parado, um Palace Hotel do Buçaco que a Câmara pretende fechar com a intervenção directa do executivo e presidente á cabeça, ou o equivoco do turismo de batateiros e pé descalço. Investimento reprodutivo não há, no turismo e em estruturas não há, na melhoria das condições de vida das pessoas muito menos e o crescimento económico estagnou.

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Como lembrou a oposição, o concelho tem muito mais onde investir, as necessidades são muitas e os recursos escassos. Como se pode pois comprar sucata imobiliária para apodrecer em silvados utilizando milhões de euros pedidos ao estrangeiro?

O que parece é que a Câmara resolveu o problema dos proprietários do bem e transferiu o problema para a Câmara, sobretudo para os munícipes que esses sim, é que vão pagar o empréstimo. E fico-me por aqui por falta de crença absoluta nesta política balofa de fazedores de nadas que cristalizam em poleiros e mordomias.

Há quase quarenta anos conhecedor e actor da política partidária, nunca me pareceu ir tão longe o descrédito da autarquia e o assumir uma despesa de dois milhões e trezentos mil euros na compra de mais sucata parece-me uma leviandade que passa o senso comum. Porquê? Fica a pergunta.

Àqueles que me lêem um Feliz Natal, extensivo ao município.         Luso, Dezembro,  2018      

 

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