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ÁGUASDOLUSO

BURRIQUEIROS,OS QUE TOCAM OS BURROS...

ÁGUASDOLUSO

BURRIQUEIROS,OS QUE TOCAM OS BURROS...

03
Set21

AUTARQUIAS, É PRECISO LATA !!!!

Peter

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AUTARQUIAS 2021

É PRECISO TER LATA!

É com espanto que surgem numa lista de candidatos independentes às eleições autárquicas para a Camara Municipal da Mealhada, pessoas cujo curriculum local ultrapassa o descaramento e o á vontade para se recandidatarem, e eu cito:

O primeiro candidato foi administrador da Fundação da Mata Nacional do Bussaco, ressarcido com cinco mil euros mês para ajudar a destruir o bem, como se pode verificar hoje numa visita ao local. Ao mesmo tempo, deixou arder um quadro de Josefa de Óbidos  no Convento de Stª Cruz, mal acondicionado e sem seguro, que valeria à pior porta cem mil euros e silenciou o desastre, beneficiando da irresponsabilidade da afundação socrática que eles próprios dirigiam.

Os segundos, são o então presidente e vice presidenta da mesma Câmara da Mealhada, que no processo de construção do Centro de Estágios do Luso, se esqueceram de enviar o processo à CCRC, em Coimbra, a entidade gestora do financiamento, fazendo perder á tesouraria municipal e consequentemente ao município, setecentos e cinquenta mil euros, numa obra de um milhão e duzentos mil, que era comparticipada pela sociedade do Euro 2007/8.  Quem  assumiu a divida foi o orçamento camarário, ou dos  municipes.   Calaram-se, esconderam o caso ao executivo, e continuam "descaradamente"  a concorrer.

É PRECISO TER LATA, é a expressão que eu acho mais adequada para classificar a competência política e moral desta gente, cuja falta se carater e personalidade politica deixam muito a desejar e são  impróprias para gerir a coisa pública.

Um outro candidato , que já faz parte do mobiliário da câmara, o homem do maqueirismo, luta pela cadeira salazarista para cair dela abaixo , unica maneira de se reformar. Politicamente, se quando  chegou ao municipio atraz da música, como se diz no Luso, fez qualquer coisa, depois, aqueceu o lugar e não fez mais nada. No Luso, especializou-se em retretes e está para inaugurar um estacionamento sem saída e que retira aos turistas  o acesso ao centro do Luso. A destruição da economia do turismo parece continuar. Mas a sua obra de arte da ridicularia no setor , passou pela sua tentativa de fecho do Palace Hotel do Bussaco, que a proteçáo civil de Aveiro resolveu mudando o censor avariado. Como se vê, um concelho amarfanhado e atrazado, vai  continuar na mesma via!!! Os donos não largam o tacho  politiqueiro , não conhecem o exame de consciência !!!!

Na política não vale tudo!

 Na política não vale tudo!

 

 

 

 

09
Out19

 A VILA DE LUSO E A TRISTE CÂMARA

Peter

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D ois anos depois da queda de uma dúzia de metros cúbicos de terra na barreira da Quinta do Alberto, a Câmara retirou os emplastros de cimento que anularam durante duas épocas os estacionamentos da sala de visitas das Termas, no centro do Luso, o que provocou inúmeros prejuízos a toda a gente. A “inauguração “aconteceu no dia 30 de Agosto e esta sala que já foi do município, voltou agora á mesma normalidade, após a triste figura da autarquia e da universidade que, consta, se envolveu no complexo estudo. As ciclópicas obras acabaram de vez, apesar de tudo ter ficado na mesma. Nem mais um metro quadrado, um posto para estacionar, um candeeiro de iluminação, um banco ou um caixote do lixo. Mais nada. O zero absoluto produzido pela política com 140 mil euros, uma pequena fatia do que recebe anualmente a autarquia das Águas de Luso, quantia que caberia à freguesia das termas e ao seu desenvolvimento usufruir.

Já disse aqui que na mão dum ex-presidente de Junta de Freguesia, a limpeza do local não demoraria mais de um, dois dias, mas a gestão camarária demorou dois anos e recuperar morro e praça, sem olhar, minimamente, aos interesses da terra ou aos desejos da gente. Um centro termal que já foi do município, merecia melhor tratamento que uma barreira de estradão e uma rede de pesca, merecia sim um enquadramento urbano adequado. Disto porem, a triste Câmara tem nenhuma consciência, o que a leva a tratar o território sem respeito pelas pessoas e pela atividade que pode criar riqueza para o concelho. E vejamos o rol das distrações e incapacidades.

No caso das Termas, reduzidas a Spa de um hotel, a autarquia coloca-se ao lado da unidade hoteleira das águas e esquece os outros agentes locais ou as pessoas que teimam e subsistem na área. Colaborou, é preciso relembrar, na redução das termas para 500 metros quadrados e com a venda do balneário de segunda, reduzindo a área termal a pouco mais que nada., em paralelo com o aval à deslocação do engarrafamento e sede para fora do Luso, sem qualquer contrapartida, como se vê agora. Outras verdades são que a autarquia nunca levantou a voz em defesa do termalismo, embora as termas tenham sido impulsionadas por dois grandes mealhadenses, Costa Simões e Messias Batista. A Câmara nada disse pelo fecho dos correios, nada fez por estudos conducentes á recuperação ou reconversão das velhas pensões, pelo aproveitamento da linha de água e do núcleo de moinhos de Carpinteiros, o maior do país, pelo problema da falta de estacionamento crónico e o lago, destruído há dois anos, continua destruído. O cinema, sem teto e a céu aberto ou a casa da Miralinda, ex-casa do Povo, a ruir, são fotografias tristes da inocuidade autárquica, em termos políticos, uma avestruz festeira de cabeça enfiada em areias movediças. Uma pequena piscina no parque de campismo, prometida e nunca feita, continua em promessa, e o fabuloso parque industrial de Barrô, uma aldrabice arquivada. E não esqueçamos a ridícula tentativa de fechar o Palace Hotel do Bussaco levada a efeito pela Câmara e pela sua presidência., uma obra de arte da imbecilidade da politica!

Acrescentemos a Mata Nacional e o estado de abandono a que está votada por uma fundação de família partidária, e teremos a imagem indecorosa da maneira como Estado e Câmara encaram património do País. A classificação pela Unesco está longe e o negócio em que transformaram o templo botânico que era a Mata Nacional, arrasa árvores espalhadas pelos 105 hectares da Cerca, acácias, silvados e vegetação vária que invade espaços e interrompe caminhos e veredas, uma lástima vergonhosa e suja. Se a Câmara queria destruir o ativo botânico, A Mata Nacional, conseguiu-o, duma forma incompetente e irresponsável. Basta um passeio pela Cerca Buçaquina para tomar consciência da “barraca” de tiro ao alvo em que transformaram o espaço. A floresta que chegou a ser a menina dos olhos do Ministério da Agricultura é hoje um triste retrato do que foi. Nem Governos, nem a autarquia, um pigmeu em bicos de pé , estão de fora do descalabro ou da incapacidade no que toca ao Buçaco. Basta dar um passeio pela floresta e verificar o -abandono em que se encontra. O estado da Mata Nacional, que foi um dia joia da coroa do Ministério da Agricultura, é hoje uma vergonhosa obra de políticos que se desresponsabilizaram a favor de autarquias e seus polvos tentaculares. A freguesia do Luso vem sendo delapidada inconscientemente por uma gestão municipal que não está á altura de preservar os bens que tem, quer na sua manutenção, quer no desenvolvimento das suas potencialidades.

Luso, Setembro, 2019

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04
Jul19

O RATO DO ALBERTO

Peter

RSCN5760[1].JPG RATO DO ALBERTO ou A MONTANHA  PARIU UM RATO

Se o abandono do Luso, das suas gentes e das suas Termas necessita de mais alguma evidência, esta do arranjo da barreira que a chuva fez no inverno de há dois anos é o último pregão da arruaça política que a geringonça da autarquia concelhia tem feito na freguesia. Não só pelos dois anos de espera pela retirada duns poucos metros cúbicos de terras que levariam uma manhã para limpar os passeios, como pelo empreendimento subjacente que levou tão doutos autarcas ao concurso duma universidade para desenhar os projetos da remoção das terras. Obras “ciclópicas” como se pode ver, os resultados á vista são, como na montanha que pariu o rato, o regresso ao estado anterior. Nem um banco a mais, nem um metro de alcatrão á frente, nem um estacionamento de forma a libertar espaço para quem visita a terra. Esta é a realidade concebida e mandada executar por aqueles a quem pagamos chorudos rendimentos para gerir o nosso território, rasgando sem qualquer respeito ideias e estudos anteriores. Antes da obra, argumentou a câmara que um dos perigos a prever nos arranjos seria a existência de grandes quantidades de água no subsolo o que desde logo deu, a quem conhece o local, a ideia clara e exata da ignorância e irresponsabilidade dos governantes locais. A extravagância do disparate não tem senso nem limites. Agora convém perguntar pelas nascentes, pelas cascatas e pelos grandes caudais que dali nascem e são canalizados, talvez secretamente para lugar secreto. Mas não estão à vista. Água onde se afoga o ridículo de afirmações políticas fruto da infantilidade de comunicadores eleiçoeiros e intencionais. 

Este é o modo como os autarcas tratam os interesses dos munícipes envolvidos, dando-lhes festas e festanças com o dinheiro de todos, tentando manter-se empoleirados nos galhos do poder e suas influências sem resolver os problemas. Mas não ficam por aqui as desgraças da terra e das termas, a quem o executivo municipal atual passou um atestado de morte prematura desde que tomou posse há dois mandatos atrás. Como há tempo é sabido por todos e pela câmara, a água da fonte de S. João está inquinada, o edil até já mostrou isso num filme, mas tal não é prioridade para os autarcas, presidente incluído, como primeiro a responder pelo ambiente e saúde dos habitantes. Interessa-lhe sim festas e votos! E se falarmos do lago e das suas obras, piscina incluída, cuja finalidade e reabertura foi galhardamente prometida pelo mesmo autarca para o Verão corrente mas, neste segundo aniversário do seu fecho acabamos por saber que as obras estão simplesmente paradas porque em vez de arranjar o lago, destruíram a impermeabilização dos seus fundos, preparados, quando da sua construção, para reter  a água na sua limitada bacia hidrográfica. A história do lago afinal é um precipício de asneiras políticas e técnicas, caladas com festanças de vária ordem para animar toda a gente e esconder os erros e pobreza duma gestão de medíocre qualidade. E já não se fala na Mata Nacional do Bussaco, que também é da freguesia, em continua destruição desde que a fundação camarária que preside ao complot político se imiscuiu irresponsavelmente no património do Estado. O resultado é visível e a Mata Nacional nunca esteve tão degradada em alguns séculos de existência, como hoje, nem tão mal entregue como a uma fundação de base socrática a comungar dos mesmos vícios e privilégios do patrocinador e padrinho. De tal sorte que o presidente da  Câmara já recontruiu dez ermidas onde só existem sete !!! 

Hoje, a freguesia foi despida pela câmara da sua componente turística que há quase oito anos que não mexe uma palha pela sobrevivência da atividade. O abandono é total. Apesar do estabelecimento termal ter aceitável qualidade, a sua dimensão que foi propositadamente reduzida com o aval autárquico por razões nunca esclarecidas, não é suficiente para dinamizar os espaços que foram perdidos por gestões politicamente fraudulentas e contrárias aos interesses do território e do cidadão. De mão dada com os concessionários por razões ignoradas , o compadrio político da autarquia  em  lugar de lhes exigir a animação termal, colabora com eles na ocupação totalitária dos espaço durante a época termal. E dos dinheiros que  anualmente recebe por cada litro de  àgua vendida, nenhuma informação, como manda a lei, ao municipe .  É legitimo perguntar e ao mesmo tempo duvidar da aplicação das verbas , pelos menos um indicio de má fé e de falta de rigor que devia ser esclarecido. Mas vivemos assim, num conluio de interesses politicos de vária ordem  e complicação que só  o génio das mentes que aqui politicamente governam, são capazes de digerir e sabiamente interpretar !!!! O meu aplauso para os conterraneos que civicamente se dirigem á assemblia municipal  e recebem murros na mesa ! E vem-me á ideia a crise académica de Coimbra nos tempos de Salazar e as assembleias forjadas. Ainda lá não chegamos, vamos apenas a caminho....

Mais umas festas  com o dinheiro de todos nós, e toca a dançar e a bailar !!!!

unho,12,2019   aguasdoluso.blogs. sapo.p

03
Abr19

DELFIM

Peter

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Nesta fotografia , com data de 1963, podemos ver a Maria Aurora, o António Santos 

e entre ambos o monge Delfim de Vinhais , representado na revista Alto Lá Com Isso

no Teatro Avenida . Fez o papel de eremita o António Rocha , como se vê na foto.

O monge , frade, ou peregrino apareceu por aí no fim  do Verão montou um fogão no

mercado e cozinhou caldo de pedra para as suas refeições, mas  foi acrescentando

á sopa o produto das ofertas. No fim, o caldo era  de tudo menos de pedra. 

 

 

25
Mar19

HÁ 70 ANOS AQUI PRENDERAM CUNHAL

Peter

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Eram cinco da manhã,do dia 25 de Março de 1949,  noite cerrada, o silêncio sepulcral espalhava-se por toda a povoação como a própria neblina se espalha subindo do sopé até á Cruz Alta, o ponto mais elevado, que fica escondida por horas e horas de madrugada enquanto, diz a gente do Luso, os frades cozem o pão.

O dispositivo político militar apertou o cerco. À frente dos verdugos, Gomes da Silva, um homem já conhecido da oposição e de Militão  Ribeiro que já tinha passado pela prisão do Tarrafal. Estavam O Gouveia, o Passos, o Mortágua , a nata dos torciários á frente dum corpo da Guarda Republicana armado de metralhadoras  prontas a disparar...

( DO LIVRO INÉDITO ÀGUAS DE LUSO E OUTRAS HISTÓRIAS )

26
Jan19

CÁTASTROFE LUSO BUÇACO

Peter

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O lago continua esburacado, espécie de hospital de rua. Não é o primeiro nas Termas. No tempo das invasões francesas o hospital de sangue acolheu amigos e inimigos como se fossem irmãos, dor e morte não têm cor. Agora, no malfadado ano de 2018 depois do lago, o presidente da Câmara da Mealhada exibe o poder e manda fechar o Hotel do Buçaco e vem dizer publicamente que não foi ele! Se não foi ele falsificaram-lhe a assinatura!  Alguma bruxa ? Bisa até na Assembleia Municipal que não foi ele, perante eleitos calados. Ridículo. e impróprio! Em que democracia estamos, em que lugar vivemos e de que rebanho somos?

Não sei se já tínhamos assistido a isto no concelho, mas política não é. Vê-se sim achincalhar a política. Este mandar fazer desmentido pelo próprio, ultrapassa o respeito e confiança que se deve ao eleitor e é trágico para o município. O território está bem entregue, as Termas e a Mata do Buçaco, idem, mas as freguesias não pensem que estão melhor. Vejam onde se gasta o dinheiro do munícipe, em festas, em mercados gigantes, megaestruturas fora de uso que não se utilizam hoje, obras inúteis de cabeças partidárias pensando em votos, poder e em museus futuros. Esta outra história do museu que começa por dois milhões e trezentos mil euros para criar um só emprego, o do conservador, tem muito que se lhe diga e só por si esgota as capacidades financeiras da autarquia para outros investimentos. Uma vergonha! Há alguma razão para isto, um emprego por dois milhões e meio de euros? Descobriram petróleo? Não brinquem com coisas sérias! Respeitem o munícipe que vos paga o gordo ganha pão!

Depois, para que o concelho saiba, o Palace do Buçaco foi condenado por um detector de incêndios não apitar, razão dada pelo protetor civil que é também o presidente da  autarquia. Só não fechou porque o concessionário fez entrar no tribunal uma providência cautelar e a proteção distrital teve o bom senso de resolver a questão com a simples substituição do sensor. Por isto quarenta funcionários altamente qualificados do hotel número um deste país e as famílias, estiveram á porta do desemprego e na mesa dos apoios sociais. Como diz o povo, não somos da Lourinhã , as razões duma politica agressiva contra  município e pessoas são outras , já que a loucura é do  foro da doença e não da política. Este edil, que já foi deputado e bateu umas boas sonecas na cadeira do hemiciclo como mostrou a televisão ao tempo, governa quem e o quê? E o executivo, o que faz? Ajuda? A Assembleia Municipal, tirando uns piropos da oposição e os piropos da resposta não diz nada, e os maioritários entram mudos e saem calados, um triste e pobre exemplo do que são representantes eleitos pelo povo.

Se queremos ir em frente como concelho não é com mordomias, influências e compadres. Calando as nossas vozes não se vai longe. Há que mudar de vida, de mentalidades, de atitudes, de políticas de interesses duvidosos.

Antes de um conselho ao visado deixo ao leitor um texto de Eça de Queiroz que me parece oportuno para que se veja o Estado a que se chegou  nesta quintarola de artistas, e mordomos. Cá vai do nosso Eça e do seu  conto “A Catrástrofe”;

“…Sempre o Governo! O governo devia ser o agricultor, o industrial, o comerciante, o filósofo, o sacerdote, o pintor, o arquiteto, tudo! Quando um país abdica assim nas mãos dum Governo toda a sua iniciática e cruza os braços esperando que a civilização lhe caia feita das secretarias, como a luz lhe vem do sol, esse país está mal; as almas perdem o vigor, os braços perdem o hábito do trabalho, a consciência perde a regra, o cérebro perde e acção. E como o Governo lá está para fazer tudo, o país estira-se ao sol e acomoda-se para dormir…”

Troque-se Governo por autarquia e tudo piora, a escala é inversamente proporcional ao tamanho da obra.

Quanto ao conselho, só há um, demita-se! É o que se faz num país sério!

Luso,Janeiro,018      Aguasdoluso.blogs.pt

 

05
Jan19

FECHOU O TONY

Peter

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N esta terra onde tudo fecha, fechou o Tony. De facto, ele vinha ameaçando e quem acreditou que brincava, enganou-se. Desta vez não era brincadeira e depois de tanta coisa que já se viu, o Tony bateu com a porta. É pena. Além de fazer falta era um restaurante genuíno de gente simpática. Alimentação caseira tradicional a preços bastantes razoáveis ele servia nativos e turistas, nem eram assim tão poucos os que aqui vinham no Verão, principalmente. Quem há meia uma dúzia de anos, pouco mais, começou a dar machadadas na freguesia do Luso, entre eles alguns eleitos que nunca abriram a boca para defender esta terra e outros que apareceram por aí depois de velhos para mostrar os galões devem dar-se por satisfeitos , cumpriram o seu dever de silêncio. O amor á terra dissolve-se no lustro dos tornozelos. Fecha tudo perante o esgar dos corvos. Uma terra tão pequena, quando a vendermos acaba, como vai acontecer. Não se guarda a memória que ela tem, não se reconhece a história nem a tradição, não há quem veja méritos dos Tónys que por aí há. Dentro dos pequenos porque grandes não há, há os mais pequenos dos pequenos que não se enxergam. Às vezes, serve-se o mérito pelas conveniências, pelas influências, pelos votos, pelos favores, pelos amigos, pelos interesses do momento

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O Tony, um homem com letra grande que manteve muitos anos o seu restaurante a funcionar, entre esses pequenos de que infelizmente falo reconhecendo que isso é muito mau para esta terra, é dos maiores. Se não o for em riquezas e mordomias é na verticalidade dos seus actos, na transparência das suas ambições e na honestidade do seu trato. Faz-me falta como faz a muita gente e fará mais falta ainda a esta terra , onde além dos pobres que são pobres há ainda os pobres de espírito. O pior pobre é esse. Não era para ricos mas estava aberto para todos, para servir o nativo e para servir o turista. Não em doses delicadas duma cozinha estrangeira como está por aí na moda, mas refeições portuguesas, com sabor a Portugal , para bolsas de quem cá vive. Penso que ninguém ficará satisfeito com mais este encerramento, estou a ver que mais dia menos dia para beber um café é preciso ir á Mealhada E desde já deixo o recado aos meus conterrâneos, entre os próximos a fechar está na calha o turismo , é mais um roubo da sede do concelho como aconteceu com a fonte. O esquema já está montado, os abutres andam por aí , já lá está feita a casa com o aplauso dos tolos.

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Se quiserem que isto seja assim, calem-se até fechar o ultimo dos Tonys e não haver mais nada no Luso, afinal a freguesia mais bela, mais rica, com mais história, mais potencialidades, mais património concelhio de valor, mais conhecida no país e até fora do país, que dá , graças ao trabalho dos seus filhos, quase meio milhão de euros todos os anos à Câmara e que não vê para onde vão. Em contrapartida não tem um emprego para oferecer aos filhos dos seus filhos. Este é o fruto do silêncio, do lambedouro das botas, da falta de noção de que sem querer não se consegue nada. Seja numa pequena terra como esta, seja num grande país! Se começarmos a pensar por aí, as soluções não passam pelos lambe botas nem pelas traficâncias , mas pela seriedade de processos e das pessoas e por uma luta cívica e firme na defesa do querer a que se tem justo direito. Quem não o fizer até esse direito perderá, por muito grande que seja. E o que nós queremos nesta terra é que os Tonys abram as portas. Pensar, é preciso! Não há outro modo de seguir em frente.

02
Jan19

2018 UM ANO PARA ESQUECER

Peter

 

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Fotografias tiradas hoje no lago do Luso ainda internado no hospital de ar livre por conta da Câmara da Mealhada. Não é o primeiro na freguesia, já existiu um de sangue no tempo das invasões. Enterrado o péssimo ano de 2018 , uma vergonha da politica para se esquecer, a estância termal ficou numa completa ruina , tal como este lago e a sua envolvente . Piscina fechada, restaurante e café encerrados, não há vivalma que se aventure neste deserto, um recurso turístico promovido pelo presidente da edilidade, génio da politiquice actual, apostado como está em destruir o Luso e creio que todas as outras freguesias em prol da cidade que governa.
No malfadado ano de 2018, o mesmo edil mandou fechar o Palace Hotel do Buçaco por sua própria iniciativa e talvez a conselho de assistentes bem pagos, e embora minta dizendo que não foi ele, a verdade é que foi ele próprio que assinou os documentos, ninguém lhe falsificou a assinatura. Com tal gestor o concelho está bem entregue e as Termas do Luso e a Mata Nacional do Buçaco ainda muito mais. Basta dar uma volta pelos respectivos locais para se ter uma ideia que a fundação camarária tem feito a favor do património que é de todos nós portugueses, o da Mata Nacional, fruto dum assomo genial do ex-ministro Sócrates que despachou a responsabilidade do Estado para uma câmara amiga e de tão pequena dimensão. Os amigos são para as ocasiões, a leviandade para sempre.
O Palace Hotel do Buçaco não fechou por seis meses renováveis a partir do verão passado, pena a que foi condenado em razão de um detector de incêndios não apitar, motivo evocado pelo protector civil, que é ao mesmo tempo edil, usou para o fechar. Como se todos fossemos, como bem diz o povo, da Lourinhã!
Valeu uma providência cautelar interposta por Alexandre Almeida, o concessionário e o bom senso da protecção civil do distrito de Aveiro para resolverem o assunto com um apito novo. O var trabalhou bem.
Foi bom porque o cidadão presidente esqueceu os quarenta profissionais altamente qualificados que trabalham na unidade hoteleira e nem pensou sequer no seu destino nem no sustento das suas respectivas famílias. A não ser que os metesse na Câmara que já é o maior empregador do concelho , mas com mulheres e filhos , primos e afilhados, a coisa tornava-se complicada…

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Este politico, que já foi deputado e aproveitava para bater umas boas sonecas no Parlamento como mostrava a televisão ao tempo, faz uma coisa inédita, em vez de construir, destrói. E a seguir diz que não foi ele !!!!
Eu aproveitava para deixar um excerto dum texto de Eça de Queiroz que me parece oportuno para que se veja o Estado a que o Estado chegou e deixou chegar esta quintarola de artistas, sobretudo de pintores e de mordomos.
Cá vai do nosso Eça o que deixou escrito no conto “A Catrástrofe”;
“Sempre o Governo! O governo devia ser o agricultor, o industrial, o comerciante, o filósofo, o sacerdote, o pintor, o arquitecto-tudo! Quando um país abdica assim nas mãos dum Governo toda a sua iniciática e cruza os braços esperando que a civilização lhe caia feita das secretarias, como a luz lhe vem do sol, esse país está mal; as almas perdem o vigor, os braços perdem o hábito do trabalho, a consciência perde a regra, o cérebro perde e acção. E como o Governo lá está para fazer tudo, o pais estira-se ao sol e acomoda-se para dormir…”
Substitua-se o Governo pela autarquia e as coisas pioram porque a dimensão da escala é inversamente proporcional ao tamanho da asneira.
Para que quer o cidadão politicas e políticos tão bem dimensionados?
Se um dia disserem por aí que o populismo avança, não se admirem. É que alguma coisa tem de facto que mudar, para onde é que não se sabe!

23
Dez18

FELIZ NATAL MUNICÍPIO OU UM ADEUS A 18

Peter

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Galeria do Casino , Salão de  festas e bailes, foto de 1924

FELIZ NATAL!  de castigo está o município “ disse o presidente da camara a propósito do buraco do Lago!

Lago do Luso, disse eu numa das crónicas anteriores para agora perguntar : “Quereria o mestre dizer que não tinha meio milhão de euros para reparar a rotura?” Meio milhão adjudicado afinal por menos de trezentos mil euros numa mentira precoce? Fake new antes de o ser que tanto pode ser precoce como póstuma? O que pretendia dizer a Câmara pela voz do seu presidente quando poucos dias depois há dinheiro para comprar uma quinta, chamada do Murtal, por dois milhões e trezentos mil euros? Contrariedade? Obstáculo? Irritação? Ou negócios ?

Politicamente falando não existiu razão para o lamento, afinal mais uma machadada á freguesia pela câmara, tão empenhada em destruir as termas como a fundação a acarretar camiões de madeira Mata do Buçaco fora.

A pronto a ou crédito a autarquia responsabilizou-se pelo pagamento duma quantia exorbitante por mais um monte de sucata a juntar á que já existe e que fica cara ao bolso do munícipe e é suficiente para manter a paralisação em que se encontra o território em termos de economia e desenvolvimento. Este negócio de cariz socialista, esteve há anos na agenda partidária mas não se chegou a consenso sobre o caso, pelos vistos terá continuado na gaveta a aguardar a ocasião de uma qualquer geringonça passar os limites razoáveis da política adquirindo por mau preço o que não serve ao concelho nem munícipes. Poderá um dia servir a empreiteiros de obras, na próxima geração…ou talvez não!

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Hoje uma maioria autárquica que coxeia, consumou o ato. Uma decisão que foi contestada pela oposição, primeiro por falta de informação transparente, depois dúvidas sobre a oportunidade, terceiro, porque num investimento deste peso que vai influenciar as actividades da câmara por anos, a unanimidade seria essencial uma vez que vai amarrar qualquer executivo que venha a seguir a problemas no futuro. Também a clareza e a informação reflectida pelos dados da sessão autárquica não foram de modo algum suficientes para as duvidas que deixam levantadas. Resumem-se a autoritarismo e a explicações de ”lana-caprina” para tapar olhos a incautos dando conta da falta de diálogo e democracia que falta na gestão municipal. E repito, não falamos dos trezentos mil euros que custou a recuperação do lago nas termas, mas de dois milhões e trezentos mil investidos em sucata de longo prazo com base numa hipotética especulação sobre o alibi dum museu. Como se vivêssemos em patamares de riqueza de Lisboa ou Porto para deitar dinheiro ao ar. Se do espólio imobiliário que existe nunca saiu coelho da cartola, como vai sair agora duma idêntica sucata? São acções nulas num executivo de nulidade apostado em estagnar o território no seu próprio esgotamento, sem novas ideias para sair da sonolência rotineira onde se embrulhou e dorme. Ressonando.

Este ato que levanta muitas dúvidas ao cidadão comum não tem razão de ser nem assenta em qualquer estratégia de desenvolvimento. Por cumprir podemos listar á priori um campo de golfe sem buracos, um nó ferroviário sem comboios, parques industriais que não passaram de projectos, uma variante á estrada nacional que é uma necessidade á vista, uma recuperação do Buçaco que contrariamente continua em degradação, uma rede de regadio no Vale da Vacariça que ficou sem água por falta de barragem, o teatro do Luso por recuperar, bem como a recuperação da zona central e o saneamento por acabar, o teatro da Pampilhosa parado, um Palace Hotel do Buçaco que a Câmara pretende fechar com a intervenção directa do executivo e presidente á cabeça, ou o equivoco do turismo de batateiros e pé descalço. Investimento reprodutivo não há, no turismo e em estruturas não há, na melhoria das condições de vida das pessoas muito menos e o crescimento económico estagnou.

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Como lembrou a oposição, o concelho tem muito mais onde investir, as necessidades são muitas e os recursos escassos. Como se pode pois comprar sucata imobiliária para apodrecer em silvados utilizando milhões de euros pedidos ao estrangeiro?

O que parece é que a Câmara resolveu o problema dos proprietários do bem e transferiu o problema para a Câmara, sobretudo para os munícipes que esses sim, é que vão pagar o empréstimo. E fico-me por aqui por falta de crença absoluta nesta política balofa de fazedores de nadas que cristalizam em poleiros e mordomias.

Há quase quarenta anos conhecedor e actor da política partidária, nunca me pareceu ir tão longe o descrédito da autarquia e o assumir uma despesa de dois milhões e trezentos mil euros na compra de mais sucata parece-me uma leviandade que passa o senso comum. Porquê? Fica a pergunta.

Àqueles que me lêem um Feliz Natal, extensivo ao município.         Luso, Dezembro,  2018      

 

07
Dez18

AS FAKE NEWS DA PARÓQUIA

Peter

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Foi nos começos do Verão que caiu mais um pedaço da barreira da Quinta do Alberto, no Luso, já são tantas as quedas que se lhes perde o conto. No princípio a alargar os silvados do olho nascente para tanquear a água e se lavar a roupa, depois a capela do santo para não morrer de sede e se louvar a Deus, depois a praça, o caminho, a estrada, a avenida, dois tanques acrescidos e sempre o morro a ceder pela natureza de si próprio ou aconchegando as feridas que o homem lhe foi dando no corpo de xistos deslizantes. Para quem não sabe, e há muito quem não saiba, esta terra foi e é uma terra de enxurradas e as vertentes das montanhas, grandes ou pequenas, costumam escorregar como manteiga como se vê na comunicação dos nossos dias, se a intempérie é séria e desgastante. Mas neste lugar não há notícia em séculos que tenha morrido alguém, nem mesmo no terramoto de 1755 que o cura da paróquia teve o cuidado de descrever com precisão sem prejuízos de vulto e pouco significado. Nada de sério nos séculos de escrita ou em fósseis encontrados apontam pois para um diluvio, quando no começo do Verão de 2018 ruiu um pequeno naco da encosta albertina, uma rotina inofensiva mas que um município a leste do que é real decidiu transformar em calamidade. Talvez na esperança de arrancar alguns patacos públicos mal ganhos a mais um fundo europeu, pois o estrago foi um ridículo deslocamento de dois ou três metros cúbicos de xistos que o município, se soubesse o que anda a fazer levaria uma manhã a limpar para tudo voltar á normalidade. Mas não o quis fazer, mesmo tratando-se dum inicio enigmático de época balnear preferiu inventar uma fake new com a entrega dum estudo geológico a duas universidades e a colocação de blocos de cimento no lugar dos estacionamentos centrais da localidade, acabando simplesmente com eles criando a naturais e visitantes os problemas que temos visto, sem qualquer respeito pelas pessoas ou pelos negociantes da terra que vivem do Verão, das termas e dos forasteiros que chegam. E em consequência sem preocupação com os rendimentos que dão sustento a umas centenas de famílias e pessoas e até agora nem os estudos apareceram nem a alameda foi limpa nas suas bordas caídas, tudo levando a crer que a anarquia reina nos paços municipais sem rei nem roque e restam papagaios bem pagos para nos embrulhar na falsidade pendente das notícias falsas, mundanamente dadas como Fake News.
Há uns anos fecharam as termas para obras no mês de Junho perante obras que só começaram em Outubro, fazendo perder ao Luso, com a concordância da autarquia, como então se calculou, para lá de dois milhões de euros. Uma mesma trajectória de insipientes políticos mais apostados em destruir o turismo que desenvolver o município. É que há gente por aí que se rói com as potencialidades da freguesia e tudo faz, não para roubar o molho, que não têm as condições que o sustente, mas para inutilizar o progresso por inveja, ignorância e irresponsabilidade. Como se constata a quinta do tal Alberto não caiu nem vai cair, apenas a incapacidade e incompetência dos actores políticos quer arrasar uma sala de visitas que está a deixar de ser pela vontade autárquica. No espirito da mordomia política juntou-se até a destruição do Luso com a do Hotel do Buçaco por interesses inconfessáveis a que o presidente da edilidade não é alheio.
A julgar pelo que se vê algo vai muito mal no paço partidário do município onde as fake news já têm lugar cativo e, curioso, capazes de tapar os olhos ao mais mordaz cidadão. Garantidamente, as festas, festames e festões a par dos empregos negociados entre o cartão partidário, coisa comum ao país, estendeu a doutrina das notícias falsas ao nível dos municípios, hoje uma parte nada democrática do regime político instituído .Origem dos populismos associados á direita e ao fascismo, quanto a verdadeira causa está no mau governo e no péssimo exemplo dos detentores do poder. 

 

 

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