UMA CASA
Uma casa no esquecimento de anos e anos
de abandono também tem o seu lugar no
património local.
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Uma casa no esquecimento de anos e anos
de abandono também tem o seu lugar no
património local.
Não, não é uma favela do Rio de Janeiro mas uma
paisagem turistica aqui bem perto de nós, no
coração das "ditas" termas...ex do Luso....deste
Luso que não nos deixa de espantar....com
o seu turismo festeiro..
Começo por pedir desculpa aos leitores pelo título que coloquei no cimo desta crónica, referente ao espectáculo que as instituições de apoio social levaram a efeito no teatro Messias em datas recentes. E peço desculpa porque o referido teatrinho, nem drama, nem farsa, nem comédia, nem revista, mas uma amálgama de tudo, representa muitas horas e muito esforço e vontade de munícipes interessados numa área de apoio social, coisa que é importante demais no contexto da profunda crise em que vivemos para que se possa esquecer ou desrespeitar. Bem pelo contrário devemos realçar os actos daqueles que meritoriamente participam gratuitamente no bem comum e distingui-los exemplarmente daqueles outros que correm por dinheiros públicos, andando atrás de tachos e panelas num frenesim maior que nos velhos tempos de Salazar. Então, havia mesmo algum comedimento, hoje não há nenhum.
Se fizermos as contas á receita do teatrinho, chamo-lhes saltimbancos referindo-me á participação do Luso, receita que suponho irá para os cofres sempre vazios das instituições de solidariedade social e a compararmos com os custos que as autarquias suportarão com as festas, iluminações e espectáculos de Natal, na sua grande maioria inúteis, essa receita, fruto do trabalho voluntário dos munícipes, será ridícula. Muito mais ridícula se a comparação for com um ano de festas e romarias ou com os subsídios ao futebol e outros desportos, estes acrescidos dos custos de construção, manutenção, energia e água das estruturas respectivas, tudo verbas que o munícipe, mercê de políticas absurdas, tem que pagar. E ainda mais ridícula se acrescentarmos os custos dos políticos e das suas asneiras, dos assessores, fundações e por aí fora, um rol de benesses criadas no pós 25 de Abril, aproveitadas por alguns, num contraste evidente com a vida da esmagadora maioria dos portugueses que se limitam a viver pouco além dos limites da sobrevivência. Neste contraste, incluem-se aqueles que vivem da esmola, da sopa dos pobres igual á de antigamente, das lojas sociais, coisas que estiveram nas razões que levaram á revolução dos cravos, hoje contrariada, explorada e esquecida por políticos que se colam como lapas ao lodo marginal de oportunidade e amadorismo.
Nesta perspectiva considero que o espectáculo que há dias decorreu no Teatro Messias não passa, para a politiquice concelhia, dum teatrinho da treta, algo que teve por objectivo os votos do ano que se avizinha para perpetuar os lugares de donos disto tudo. A presença de alguns oradores de improvisos acautelou o assunto justificando o acto. Talvez um teatrinho com nome grande, mas teatrinho pela sua própria condição de simples amadores interessados no bem comum e por isso massa capaz de gerar essa popularidade que a politiquice prontamente aproveita. Dispensava-se essa acutilância oportuna maculada por fins autoritários. Tiremos pois ás coisas aquilo que ás coisas não pertencem para separar o que é trigo do que é joio.
Brilharam os saltimbancos do Luso, eu chamo-lhes saltimbancos porque de facto são o que são enquanto a Câmara Municipal, que é da ex-freguesia da Antes, com desculpas aos naturais do lugar que nada tem a ver com isto, continuar com a sua desastrada actuação política que mete o Luso, tal como mete a Mealhada, nos alforges do esquecimento, continuando a destruição das Termas e da vila por pura omissão e a da Mata Nacional pela história do sapateiro que não tem pés para os sapatos que se dispõe calçar. Assim se compreende a ausência de representantes das duas freguesias, e outras que me não dizem respeito, no elenco partidário da área do poder, curiosamente sempre oriundos como por hereditariedade dos mesmos locais. É a democracia que temos, de chafuz !
Perante uma oposição silenciosa e acomodada, a oligarquia instalou-se neste pequeno poder, as clientelas políticas entram em pré-campanha eleitoral procurando perpetuar os seus lugares, profissionalizam o dever cívico e rebentam em festas e romarias encomendadas através de empresas e empresários pagos, intermediários do sucesso político e fazedores de imagens de candidatos. A meu ver, o exagero das festividades ultrapassam em muito o razoável, parece-me que o munícipe, cujo dia a dia não é assim tão festivaleiro, tem necessidades mais prementes, úteis e necessárias por satisfazer que bailaricos e arraiais autárquicos, a que nem o rigor dum Inverno húmido e chuvoso escapa.
Aparentemente Portugal é um país rico, os executivos, o nosso incluído, não escondem a abundância de recursos para queimar em foguetório, mas há quem receie que os gastos pré eleitorais das administrações não centrais possa vir a impedir o cumprimento das metas de Bruxelas o que nos fará voltar ao aperto do cinto para o cidadão. Também o Presidente da Republica, um homem que surpreende os portugueses pela sua simpatia, proximidade e seriedade, aconselha moderação, equilíbrio e bom senso na defesa dos interesses do país e dos mais necessitados, coisas que festas e romarias contrariam, dando proveito sim a artistas e a bobos, quase uma constante com utilização de dinheiros públicos que diariamente pedimos de empréstimo ao estrangeiro para poder comer.
Pagando juros bem altos!
Se a procissão vai no adro como aconteceu nos bancos, não se sabe, oxalá a fatura do regabofe não venha a surgir depois, porque essa, sem dúvida seremos nós a pagar e não a ambição e cegueira dos que representam os papéis públicos com exagero de meios.
Quanto aos saltimbancos do Luso, espezinhados pelo poder local quando comprou por trinta ou quarenta mil euros o Teatro Avenida para o reconstruir, abandonando-o depois á ruina em que se encontra, esses responderam á chamada da solidariedade, cumpriram deveres que os seus representantes eleitos não cumprem nem mesmo quando recebem anualmente desta freguesia dinheiro arranjado por ela, oriundo da sua riqueza, e que dará para pôr em pé durante os quatro anos do mandato seguramente quatro teatros iguais.
Este executivo, cuja cabeça hierárquica vem da ex-freguesia citada atrás, está fora dos problemas e interesses concelhios, pouco interessado em os resolver e a sua actuação em relação a territórios como o Luso ou a Mealhada, e não quero citar outros, tem sido pouco feliz, senão mesmo desastrosa.
No caso gravoso da defesa das termas, talvez a maior potencialidade deste município, não deram um único passo na tentativa da sua recuperação ou do cumprimento dum contrato de concessão que provavelmente não é cumprido. Esta é uma inacção imperdoável, uma incapacidade que roça a completa irresponsabilidade na defesa dos interesses não só da freguesia termal, como do município, da sua riqueza, das suas mais valias e dos seus empregos. Podem contratar os assessores que quiserem que é fácil e barato, mas dificilmente apagarão a imagem dum trabalho medíocre e inexistente.
Parabéns aos saltimbancos que, ensaiando no meio da rua, deram uma digna lição de amor, solidariedade e arte cénica, mostrando que a freguesia, mesmo em condições precárias, continua a manter neste capitulo uma velha experiência de saber e qualidade, mas que corre o risco de se perder face á atitudes como estas, de autarcas com dois pesos e duas medidas num pequeno concelho de filhos e enteados.
Luso,Novembro,2016 Águasdoluso.blogs.sapo.pt
AOS LUSENSES
Hoje a Junta de Freguesia cá da terra colocou a circular um
panfleto protestando contra o encerramento anunciado do
único banco existente na freguesia. O caso não é para causar
admiração bem , pelo contrário, a admiração só pode estar no
facto de não ter fechado há mais tempo. O Luso continua
a ruir . Começou pela estação, a camionagem,
o cinema, as pensões,o Casino ,o seu café, o salão,
a fisioterapia, a sede da sociedade das àguas, a transferência
do engarrafamento pelas estradas municipais, a venda do hotel
dasTermas ,o Correio, a Caixa de Crédito,e agora naturalmente
o banco. Eu pergunto o que tem feito o concessionário termal,
a Câmara e a própria Junta de Freguesia, para que isto
não acontecesse?
Mas podemos juntar mais coisas a estas actuações
politicas. Como se sabe as Termas não estão a servir
os interesses do Luso mas apenas dum hotel e a Mata
Nacional do Buçaco, foi municipalizada, em Fundação
isto é andou de cavalo para burro, de património dum país,
para património duma Câmara sem meios e que nem um
concurso faz para lá meter quem quer. A sua aposta no
património da humanidade que devia ter começado há
dez ou quinze anos está ainda na voz desacreditada dos
politicos e a água da fonte de S.João continua ora
imprópria ora não própria porque não há capacidade
na autarquia para resolver o problema como não
há para resolver a questão dos cheiros crónicos e
não tem, porque não quis, um vereador do Luso para
não o aturar.
Além disto,não se mexe um dedo a favor duma solução
para as Termas nem pelo retorno do bloco de
fisioterapia e muito menos para uma estratégia para
colocar em causa o cumprimento ou não cumprimento
do contrato de concessão das águas, que aparentemente
não está a ser cumprido e é necessário saber se está
ou não está. Quem, senão a Câmara?
O orçamento municipal , apesar de ainda há pouco tempo
ter relembrado os acordos Luso Contrexeville,que dão
ao municipio milhões de euros não tem verba nem
obras para o ano corrente dentro da freguesia,
isto é, em 2016 não se vai fazer nada, e ainda hoje,
num total desrespeito e ignorância para com o Luso,
e os empresários de turismo, acabou -se com a marca
LUSO-BUÇACO na Feira de Turismo de Lisboa, o que
me parece mais grave do que a saída do banco pois é
um sinal claro de que estão a trabalhar com inteiro
conhecimento e com a o opção de retirar a freguesia
do mapa do turismo trocando-a por quatro ignoradas
maravilhas que tem servido apenas para umas
jantaradas politicas sem qualquer resultado visivel.
Finalmente inaugurou na sede do concelho um posto
de turismo cuja finalidade é a curto ou médio prazo
fechar o do Luso-Buçaco.
Estas politicas são erradas, presumidamente com
propósitos pouco claros e próprias de quem não
entende um minimo da matéria neste sector.
E o que tem feito a Junta de Freguesia cá da terra?
É a pergunta que faço e fica sem resposta, sem
deixar de advertir os leitores para a máxima do
povo, quem cala, consente.
E nós, finalmente, o que fizemos nós todos,
eleitores ,para que isto não acontecesse?
Quanto ao panfleto, assinem mas esqueçam,
os panfletos postumos não servem para nada .
Hoje vai o banco e a continuarmos assim,
acomodados e sem reagir com zanga e amor á terra,
amanhã começam a ir as poucas familias que restam
por via do trabalho e do sustento obrigadas a governar
a vida fora de portas.
Como lusense, ou burriqueiro, mas também como municipe
estou absolutamente indignado !!!!
Velho postal da década de quarenta do século passado
com imagem do Largo do Casino, centro urbano das Termas.
Em frente o antigo Hotel dos Banhos, nespereiras e
recepção. Os carros em primeiro plano são dois táxis
da época.
(Ferraz, o pintor, Aurora, a rapariga, Santos, o Compere)
-Olha lá Manel, onde é que vais com tanta pressa?
-Em cumprimento de ordens da Câmara pintei as casas todas
do Luso, agora vou pintar a Câmara , que bem precisa.
( revista Alto Lá Com Isso , oficialmente Costa do Sol em Festa)
em 12/13-janeiro-1963,Cine Teatro Avenida-Luso)
Esta àrvore respeitavel, uma tilia ou tileira , ergue-se
acima da fonte das onze bicas no Luso e tem a aparência
duma juventude que não tem.
O tronco está doente no seu interior e parece não
se saber até que ponto chega a segurança do seu
altivo porte.
Ignora-se se as autoridades responsaveis fizeram
alguma avaliação do seu estado e por isso se teme
que possa provocar algum inesperado acidente.
Miralinda, uma casa sem dono , abandonada num sitio
priviligiado do Luso.Um bom Museu, um bom Arquivo,
uma boa Biblioteca.Era um excelente aproveitamento
mas os autarcas...os autarcas parece que não existem !!!!
Melhor,melhor, é deixar cair o prédio!!!!!
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