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ÁGUASDOLUSO

BURRIQUEIROS,OS QUE TOCAM OS BURROS...

ÁGUASDOLUSO

BURRIQUEIROS,OS QUE TOCAM OS BURROS...

13
Out20

MIRALINDA

Peter

miralinda.JPGCasa construída pelo nativo e conterrâneo José Troncho de Melo, médico,provavelmente até pelo pai Manuel Troncho de Melo, nos princípios do séc. XX, está nos dias de hoje em lamentável ruína, sem donos e sem futuro. Diríamos que está em decomposição, apesar de estar situada no centro do Luso, a dois passos de tudo e abandonada por todas as forças políticas , quer da  autarquia cãmara, quer da freguesia.

José Troncho de Melo, nasceu no Luso filho de lavradores com grande folha de bens. Formou-se em medicina na universidade de Coimbra e exerceu em Lisboa, no Luso e no mar, a bordo de paquetes  que faziam as viagens transatlânticas entre a Europa e a América latina. Médico, estudioso, um pouco de cientista, escreveu vários livros. Entre eles Luso-Bussaco Estação de Repouso, Buçaco e seus Horizontes ou Leonor de Lencastre. Na sua época,teve a sua Vida, teve uma  Obra, depois  foi esquecido pela terra que o viu nascer. Foi um homem de carácter , impulsivo, dinâmico , que não esqueceu o seu lugar no mundo que era o seu. Fez conferências em Portugal e Brasil, onde conviveu e colaborou com a comunidade portuguesa e com a família de Melo Pimenta, originária do Luso. Foi presidente da Câmara do seu concelho. Homem ativo e controverso no bom sentido, passava muitos dias nas suas propriedades e fazia prospeção de água, abrindo numerosos poços nos seus terrenos,  no entanto, sem grande êxito na busca,  chegou á conclusão por experiência própria que a vertente oeste da serra do Bussaco é parca de água. Muitos desses poços ainda subsistem nos seus pequenos caudais ou simplesmente choros de água que sobrevivem.  Por ser ativo, participante e polémico, os conterrâneos obsequiaram-no com a alcunha de Ciclone, numa época em que poucos passavam sem um apelido extra, uma alcunha adaptada a um jeito ou um feitio.

A Miralinda foi vendida em meados da séc. XX ao industrial de azeites Correia da Silva, quando construiu em Stª Eufémia uma fábrica de extração de azeites por processos quimicos. Depois de a recuperar e modernizar, este industrial do Porto ali viveu alguns anos com a família.  Depois de moradia familiar, passou a Casa do Povo e finalmente a posto médico da segurança social. Hoje, esta casa está abandonada , entregue á sua própria ruina.

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Por volta da viragem do século,  a segurança social  retirou-se do edficio, que ficou então entregue á última direção eleita ,como propriedade sem dono. Se tivesse sido entregue á Câmara Municipal, poderia ter sido recuperada com apoio da comunidade europeia, direcionada para biblioteca publica, museu de hotelaria ou outro destino consentâneo com necessidades da terra, no entanto, não se conseguindo esclarecer a situação o desleixo e a incuria tomaram conta do bem até aos dias que correm . A vila, além de não ter poder próprio, também passa  pela  falta de iniciativa dos naturais  para lutar por estruturas próprias.  Um museu de hotelaria ou um monumento dedicado aos homens ,estruturas de entretenimento capazes de criar desafios e atrair o turista,  uma entrada na Venda Nova espaçosa e digna , onde a água tenha um lugar de eleição, lutar pela construção da barragem  projectada para o Vale de Ribeira, uma bacia liquida necessária para apoio à floresta e aos fogos, mas também ao turismo, uma  funivia entre o Luso, o Bussaco e a Cruz Alta, uma pista de squi alpino numa encosta da serra, usando materiais modernos que substituem a neve com êxito, como existe Europa fora, uma praia fluvial nas margens do lago que hoje não tem uma utilização que se dirija á industria da terra , turismo e alojamentos. De facto , o Luso habituou-se a ter tudo feito e hoje, quando a crise se instala e fica, não há outras respostas para atrair e fixar o visitante, quando até as falhas do contrato de concessão das termas não se faz  cumprir, algo que é degradante para nós , enquanto portugueses.Os seiscentos euros anuais pela concessão da mina de água termal, foram substituidos pelo nada que fica na vila, pela mudança do engarrafamento da água de Luso , pelo fecho e transferência da sede da empresa para Lisboa e pelo, uma dádiva perversa da comunidade europeia que permite o roubo da riqueza por outros membros da união. pagamento dos impostos na Polónia.

Depois, enquanto existirem cavacos que vendem os bens públicos ao capital estrangeiro, Tap,Cimpor, Galp, CTT, EDP, Central de Cervejas e até a água de Luso e socraticos que dolorosamente nos fazem pagar  as dividas  até às gerações dos nossos netos e bisnetos, mediante contratos faraónicos que fizeram  em favor  de compadres e familias,  e com lucros não sabemos para quem, não existem formas de sair desta agonia que já tem barbas e séculos. Um Portugal no mesmo lodo   da injustiça e duma democracia que tem imperadores no topo dos partidos.

Hoje, o imóvel da Miralinda, como outros palacetes valiosos existentes, vai processando a sua ruína  perante um  poder abúlico, cego, inerte, onde a incuria e a noção do património e das irresponsabilidade que cai sobre os  que se candidatam aos lugares politicos, se limita ao silêncio e á ignorância . Nem a freguesia, nem o município , nem as pessoas naturais e residentes, se levantam em voz ,  para que se faça um aproveitamento digno do imovel antes que se transforme definitivamente nuns restos de lixo urbano.

Quer as termas, quer o nome do construtor cidadão do Luso, Troncho , nem aqueles teimosos que continuam a acreditar na  vila mantendo os seus negócios com extremas dificuldades, merecem  respeito da parte de quem manda.  Esse respeito  ou cumplicidade  vai para os investidores capitalistas  estrangeiros , os que levam a nós, o cidadão comum, anos de vida e  sacos com riqueza que era nossa. Perder o que temos por incúria, é o pior que pode acontecer a um país, quando  não há massa critica nem vontade politica nas  estruturas politicas dess país,  para saber governar decentemente, agora que não há Albuquerques, Almeidas , Castros e Albergarias para assestar  canhões  nas terras indefesas conquistadas. Num concelho pobre de  património, mas muito pior que isso, pobre de ideias, as coisas agravam-se á bolina dos ventos partidários , do seu rei e do seu capelão , quando não é o mesmo. A Miralinda,  situada num sítio soberbo deste pequeno burgo, é  um   exemplo acabado da  brincadeira politica  que gere o solo pátrio.

 

15
Jul20

LUSO, PEDITÓRIO PUBLICO

Peter

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  PEDITÓRIO PÚBLICO   

O Luso  e as suas termas estão tão abandonados pela  Câmara da Mealhada ,  que penso  valer a pena voltar a registar alguns fenómenos, pelo menos para registo futuro, e não ficar a olhar pacientemente  para obras de quem investiu nos últimos oito anos  numas retretes públicas apenas, as do Lago ,que não sabemos se por necessidade, se por gozo com as gentes da terra ! Os Castanheiros estão abandonados, o Bussaco, que ainda  é da freguesia, apesar de ser a descer ,  não o conseguiram levar para a Mealhada nem para a Antes, está numa miséria como nunca esteve e já levaram o posto de saúde   ou acabaram com ele ,por não terem dinheiro para compor o telhado ou qualquer outra anomalia que exige manutenção.   Os utentes vão para a pampilhosa de táxi, que nem comboios há! Uma gestão maravilhosa a favor dos municipes que lhes pagam as loucuras.

Por fim, não por último, na estrada principal da estância de turismo (?) as pedras revoltadas levantam-se do chão e são elas que protestam contra a criançada politica dos paços municipais. Não tarda, cada automobilista que passa, tem que sair do carro e afastar a pedra para conseguir passar, que pelo passeio dos peões já se vai. E curiosamente, é uma obra feita pomposamente pela Câmara, uma tal requalificação do centro histórico das terrras,  á medida de quem exerce funções públicas sem saber o que está a fazer.  E estes políticos, ou  provavelmente emitadores, não percebem absolutamente nada, e sublinho absolutamente nada, de turismo, hotelaria, ou markting do sector.  Tanto ou tão pouco que fizeram  um posto de turismo onde não há turismo , gastando o nosso dinheiro mal  e sujamente. Por outro lado, há coisas inexplicaveis neste concelho, como é o caso da Escola Profissional da Mealhada. Um negócio muito mal contado numa autarquia que no fim do ano não tinha dividas e agora não tem dinheiro para aguentar a Escola. De joia da coroa de muita gente "ilustre" da Mealhada, passou a mal amada , ás vezes comprada e vendida sem transparência e  sem interesses visiveis para o municipio. Um lobby que se vai ou que se transforma ao sabor dos ventos de meia duzia de familias da sede do concelho, aqueles que habilidosamente  procuram empurrar o barco à sua maneira. Sejamos claros. Muita coisa haveria  que explicar nestas trocas e beldrocas onde ás vezes  também se envolvem organismos que deixam duvidas no espirito de quem pensa. E a coisa publica deve ser  tão clara e transparente ,  como um copo de àgua pura, o que não é. O cidadão fica com dúvidas , o pior  inimigo da coisa limpa , haja razões ou não haja.  No principio do ano escolar, foi anunciada a criação do Polo Escolar do Luso na ex-sede da  SAL . Acabou ridiculamente em nada.Sem decoro, sem respeito, sem vergonha!      E a talhe de foice, relembro o caso da pretensão de fechar o  Palace Hotel do Buçaco, que afinal tinha apenas um sensor avariado. Não é viável, nem sustentavel que a Câmara  pretendesse o fecho do hotel, por "burrice ou ignorância" política, muita coisa ficou por dizer  e  tudo por clarificar.  Assim como fica por dizer quanto ao destino que a autarquia dá ao dinheiro que recebe das Àgua de Luso, ou que  diga preto no branco quanto custa ao municipe a brincadeira da gestão da Mata do Buçaco com dinheiro dos municipes, a única fundação dum património nacional a ser paga pela parolice duma Câmara e seus cidadãos !  Quem quis tomar conta duma Mata Nacional que não lhe pertence  nem tem as mínimas condições para manter, fica imune ás razões de tamanho descalabro. Tempestades, ciclones ou tufões,existiram e existem sempre  e as anteriores administrações sempre resolveram. Factos que estes eleitos nem sabem, uns porque não são nativos, outros por infantilidade. Há quem explique isto  engolindo palavras e sílabas  irrepetiveis e que ninguém percebe, enche a boca de sabão para as letrinhas fugirem, já se conhece o método , mas já se viu que a esperteza deu em retórica balofa que não vence nem convence. Na minha opinião de cidadão do concelho, é tempo de acabar com esta pategada política de troca tintas e procurar gente adulta para governar o que pertence a todos, com beneficio para todos. Com transparência e responsabilidade ! Os municipios não são nem devem ser  parte de brincadeiras proíbidas, nem servir  para eternizar as  profissões  que não são.( há quem lhes chame outra coisa!).    Talvez com um peditório público porta a porta se tirasse dinheiro para assentar as pedras da rua Emidio Navarro, porque a verdade verdadinha é que  o projecto ou foi mal feito,ou o empreiteiro das obras excutou mal,  ou a Câmara e os seus canais não fiscalizaram as obras e acabaram por aceitar um mau trabalho,não sabemos razoês. Ninguém errou em todo este processo , ninguém apura responsabilidades, ninguém paga!  Duma maneira e doutra, nós, o cidadão, pagamos! Já foram repostas uma vez e já estão de novo completamente fora do sítio enquanto a edilidade (?)  assobia para o lado! Aos meus conterrânios, os principais prejudicados, só posso aconselhar a continuar a pôr o voto como quem põe um ovo, isto é, nesta gente . Continuem que breve verão a terra completamente destruída.  As intenções são claras, estão á vista! 

 

25
Mar19

HÁ 70 ANOS AQUI PRENDERAM CUNHAL

Peter

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Eram cinco da manhã,do dia 25 de Março de 1949,  noite cerrada, o silêncio sepulcral espalhava-se por toda a povoação como a própria neblina se espalha subindo do sopé até á Cruz Alta, o ponto mais elevado, que fica escondida por horas e horas de madrugada enquanto, diz a gente do Luso, os frades cozem o pão.

O dispositivo político militar apertou o cerco. À frente dos verdugos, Gomes da Silva, um homem já conhecido da oposição e de Militão  Ribeiro que já tinha passado pela prisão do Tarrafal. Estavam O Gouveia, o Passos, o Mortágua , a nata dos torciários á frente dum corpo da Guarda Republicana armado de metralhadoras  prontas a disparar...

( DO LIVRO INÉDITO ÀGUAS DE LUSO E OUTRAS HISTÓRIAS )

05
Jan19

FECHOU O TONY

Peter

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N esta terra onde tudo fecha, fechou o Tony. De facto, ele vinha ameaçando e quem acreditou que brincava, enganou-se. Desta vez não era brincadeira e depois de tanta coisa que já se viu, o Tony bateu com a porta. É pena. Além de fazer falta era um restaurante genuíno de gente simpática. Alimentação caseira tradicional a preços bastantes razoáveis ele servia nativos e turistas, nem eram assim tão poucos os que aqui vinham no Verão, principalmente. Quem há meia uma dúzia de anos, pouco mais, começou a dar machadadas na freguesia do Luso, entre eles alguns eleitos que nunca abriram a boca para defender esta terra e outros que apareceram por aí depois de velhos para mostrar os galões devem dar-se por satisfeitos , cumpriram o seu dever de silêncio. O amor á terra dissolve-se no lustro dos tornozelos. Fecha tudo perante o esgar dos corvos. Uma terra tão pequena, quando a vendermos acaba, como vai acontecer. Não se guarda a memória que ela tem, não se reconhece a história nem a tradição, não há quem veja méritos dos Tónys que por aí há. Dentro dos pequenos porque grandes não há, há os mais pequenos dos pequenos que não se enxergam. Às vezes, serve-se o mérito pelas conveniências, pelas influências, pelos votos, pelos favores, pelos amigos, pelos interesses do momento

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O Tony, um homem com letra grande que manteve muitos anos o seu restaurante a funcionar, entre esses pequenos de que infelizmente falo reconhecendo que isso é muito mau para esta terra, é dos maiores. Se não o for em riquezas e mordomias é na verticalidade dos seus actos, na transparência das suas ambições e na honestidade do seu trato. Faz-me falta como faz a muita gente e fará mais falta ainda a esta terra , onde além dos pobres que são pobres há ainda os pobres de espírito. O pior pobre é esse. Não era para ricos mas estava aberto para todos, para servir o nativo e para servir o turista. Não em doses delicadas duma cozinha estrangeira como está por aí na moda, mas refeições portuguesas, com sabor a Portugal , para bolsas de quem cá vive. Penso que ninguém ficará satisfeito com mais este encerramento, estou a ver que mais dia menos dia para beber um café é preciso ir á Mealhada E desde já deixo o recado aos meus conterrâneos, entre os próximos a fechar está na calha o turismo , é mais um roubo da sede do concelho como aconteceu com a fonte. O esquema já está montado, os abutres andam por aí , já lá está feita a casa com o aplauso dos tolos.

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Se quiserem que isto seja assim, calem-se até fechar o ultimo dos Tonys e não haver mais nada no Luso, afinal a freguesia mais bela, mais rica, com mais história, mais potencialidades, mais património concelhio de valor, mais conhecida no país e até fora do país, que dá , graças ao trabalho dos seus filhos, quase meio milhão de euros todos os anos à Câmara e que não vê para onde vão. Em contrapartida não tem um emprego para oferecer aos filhos dos seus filhos. Este é o fruto do silêncio, do lambedouro das botas, da falta de noção de que sem querer não se consegue nada. Seja numa pequena terra como esta, seja num grande país! Se começarmos a pensar por aí, as soluções não passam pelos lambe botas nem pelas traficâncias , mas pela seriedade de processos e das pessoas e por uma luta cívica e firme na defesa do querer a que se tem justo direito. Quem não o fizer até esse direito perderá, por muito grande que seja. E o que nós queremos nesta terra é que os Tonys abram as portas. Pensar, é preciso! Não há outro modo de seguir em frente.

02
Jan19

2018 UM ANO PARA ESQUECER

Peter

 

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Fotografias tiradas hoje no lago do Luso ainda internado no hospital de ar livre por conta da Câmara da Mealhada. Não é o primeiro na freguesia, já existiu um de sangue no tempo das invasões. Enterrado o péssimo ano de 2018 , uma vergonha da politica para se esquecer, a estância termal ficou numa completa ruina , tal como este lago e a sua envolvente . Piscina fechada, restaurante e café encerrados, não há vivalma que se aventure neste deserto, um recurso turístico promovido pelo presidente da edilidade, génio da politiquice actual, apostado como está em destruir o Luso e creio que todas as outras freguesias em prol da cidade que governa.
No malfadado ano de 2018, o mesmo edil mandou fechar o Palace Hotel do Buçaco por sua própria iniciativa e talvez a conselho de assistentes bem pagos, e embora minta dizendo que não foi ele, a verdade é que foi ele próprio que assinou os documentos, ninguém lhe falsificou a assinatura. Com tal gestor o concelho está bem entregue e as Termas do Luso e a Mata Nacional do Buçaco ainda muito mais. Basta dar uma volta pelos respectivos locais para se ter uma ideia que a fundação camarária tem feito a favor do património que é de todos nós portugueses, o da Mata Nacional, fruto dum assomo genial do ex-ministro Sócrates que despachou a responsabilidade do Estado para uma câmara amiga e de tão pequena dimensão. Os amigos são para as ocasiões, a leviandade para sempre.
O Palace Hotel do Buçaco não fechou por seis meses renováveis a partir do verão passado, pena a que foi condenado em razão de um detector de incêndios não apitar, motivo evocado pelo protector civil, que é ao mesmo tempo edil, usou para o fechar. Como se todos fossemos, como bem diz o povo, da Lourinhã!
Valeu uma providência cautelar interposta por Alexandre Almeida, o concessionário e o bom senso da protecção civil do distrito de Aveiro para resolverem o assunto com um apito novo. O var trabalhou bem.
Foi bom porque o cidadão presidente esqueceu os quarenta profissionais altamente qualificados que trabalham na unidade hoteleira e nem pensou sequer no seu destino nem no sustento das suas respectivas famílias. A não ser que os metesse na Câmara que já é o maior empregador do concelho , mas com mulheres e filhos , primos e afilhados, a coisa tornava-se complicada…

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Este politico, que já foi deputado e aproveitava para bater umas boas sonecas no Parlamento como mostrava a televisão ao tempo, faz uma coisa inédita, em vez de construir, destrói. E a seguir diz que não foi ele !!!!
Eu aproveitava para deixar um excerto dum texto de Eça de Queiroz que me parece oportuno para que se veja o Estado a que o Estado chegou e deixou chegar esta quintarola de artistas, sobretudo de pintores e de mordomos.
Cá vai do nosso Eça o que deixou escrito no conto “A Catrástrofe”;
“Sempre o Governo! O governo devia ser o agricultor, o industrial, o comerciante, o filósofo, o sacerdote, o pintor, o arquitecto-tudo! Quando um país abdica assim nas mãos dum Governo toda a sua iniciática e cruza os braços esperando que a civilização lhe caia feita das secretarias, como a luz lhe vem do sol, esse país está mal; as almas perdem o vigor, os braços perdem o hábito do trabalho, a consciência perde a regra, o cérebro perde e acção. E como o Governo lá está para fazer tudo, o pais estira-se ao sol e acomoda-se para dormir…”
Substitua-se o Governo pela autarquia e as coisas pioram porque a dimensão da escala é inversamente proporcional ao tamanho da asneira.
Para que quer o cidadão politicas e políticos tão bem dimensionados?
Se um dia disserem por aí que o populismo avança, não se admirem. É que alguma coisa tem de facto que mudar, para onde é que não se sabe!

23
Dez18

FELIZ NATAL MUNICÍPIO OU UM ADEUS A 18

Peter

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Galeria do Casino , Salão de  festas e bailes, foto de 1924

FELIZ NATAL!  de castigo está o município “ disse o presidente da camara a propósito do buraco do Lago!

Lago do Luso, disse eu numa das crónicas anteriores para agora perguntar : “Quereria o mestre dizer que não tinha meio milhão de euros para reparar a rotura?” Meio milhão adjudicado afinal por menos de trezentos mil euros numa mentira precoce? Fake new antes de o ser que tanto pode ser precoce como póstuma? O que pretendia dizer a Câmara pela voz do seu presidente quando poucos dias depois há dinheiro para comprar uma quinta, chamada do Murtal, por dois milhões e trezentos mil euros? Contrariedade? Obstáculo? Irritação? Ou negócios ?

Politicamente falando não existiu razão para o lamento, afinal mais uma machadada á freguesia pela câmara, tão empenhada em destruir as termas como a fundação a acarretar camiões de madeira Mata do Buçaco fora.

A pronto a ou crédito a autarquia responsabilizou-se pelo pagamento duma quantia exorbitante por mais um monte de sucata a juntar á que já existe e que fica cara ao bolso do munícipe e é suficiente para manter a paralisação em que se encontra o território em termos de economia e desenvolvimento. Este negócio de cariz socialista, esteve há anos na agenda partidária mas não se chegou a consenso sobre o caso, pelos vistos terá continuado na gaveta a aguardar a ocasião de uma qualquer geringonça passar os limites razoáveis da política adquirindo por mau preço o que não serve ao concelho nem munícipes. Poderá um dia servir a empreiteiros de obras, na próxima geração…ou talvez não!

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Hoje uma maioria autárquica que coxeia, consumou o ato. Uma decisão que foi contestada pela oposição, primeiro por falta de informação transparente, depois dúvidas sobre a oportunidade, terceiro, porque num investimento deste peso que vai influenciar as actividades da câmara por anos, a unanimidade seria essencial uma vez que vai amarrar qualquer executivo que venha a seguir a problemas no futuro. Também a clareza e a informação reflectida pelos dados da sessão autárquica não foram de modo algum suficientes para as duvidas que deixam levantadas. Resumem-se a autoritarismo e a explicações de ”lana-caprina” para tapar olhos a incautos dando conta da falta de diálogo e democracia que falta na gestão municipal. E repito, não falamos dos trezentos mil euros que custou a recuperação do lago nas termas, mas de dois milhões e trezentos mil investidos em sucata de longo prazo com base numa hipotética especulação sobre o alibi dum museu. Como se vivêssemos em patamares de riqueza de Lisboa ou Porto para deitar dinheiro ao ar. Se do espólio imobiliário que existe nunca saiu coelho da cartola, como vai sair agora duma idêntica sucata? São acções nulas num executivo de nulidade apostado em estagnar o território no seu próprio esgotamento, sem novas ideias para sair da sonolência rotineira onde se embrulhou e dorme. Ressonando.

Este ato que levanta muitas dúvidas ao cidadão comum não tem razão de ser nem assenta em qualquer estratégia de desenvolvimento. Por cumprir podemos listar á priori um campo de golfe sem buracos, um nó ferroviário sem comboios, parques industriais que não passaram de projectos, uma variante á estrada nacional que é uma necessidade á vista, uma recuperação do Buçaco que contrariamente continua em degradação, uma rede de regadio no Vale da Vacariça que ficou sem água por falta de barragem, o teatro do Luso por recuperar, bem como a recuperação da zona central e o saneamento por acabar, o teatro da Pampilhosa parado, um Palace Hotel do Buçaco que a Câmara pretende fechar com a intervenção directa do executivo e presidente á cabeça, ou o equivoco do turismo de batateiros e pé descalço. Investimento reprodutivo não há, no turismo e em estruturas não há, na melhoria das condições de vida das pessoas muito menos e o crescimento económico estagnou.

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Como lembrou a oposição, o concelho tem muito mais onde investir, as necessidades são muitas e os recursos escassos. Como se pode pois comprar sucata imobiliária para apodrecer em silvados utilizando milhões de euros pedidos ao estrangeiro?

O que parece é que a Câmara resolveu o problema dos proprietários do bem e transferiu o problema para a Câmara, sobretudo para os munícipes que esses sim, é que vão pagar o empréstimo. E fico-me por aqui por falta de crença absoluta nesta política balofa de fazedores de nadas que cristalizam em poleiros e mordomias.

Há quase quarenta anos conhecedor e actor da política partidária, nunca me pareceu ir tão longe o descrédito da autarquia e o assumir uma despesa de dois milhões e trezentos mil euros na compra de mais sucata parece-me uma leviandade que passa o senso comum. Porquê? Fica a pergunta.

Àqueles que me lêem um Feliz Natal, extensivo ao município.         Luso, Dezembro,  2018      

 

23
Ago18

DE CASTIGO ESTÁ O MUNICÍPIO OU A FREGUESIA ????

Peter

 

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 "...de castigo está o Municipio todo por causa dos quinhentos mil euros que vão ser gastos em todas essas obras"

 

Estas são palavras de Rui Marqueiro, presidente da Câmara a propósito dos gastos com a recuperação do lago , da cafetaria e algumas ruas , na sequência do buraco do Calamina sob o pavilhão gimnodesportivo, tudo nas Termas do Luso, palavras proferidas na última Assembleia Municipal. 

Estou em absoluto desacordo com a sua opinião. Por variadas razões.

Em primeiro lugar porque 500 mil euros são cem  mil contos antigos que hoje mal chegam para comprar  duas ou três assoalhadas de um apartamento: segundo porque a obra  do pavilhão foi lançada e executada num tempo em que o presidente liderava a  Câmara e era responsavel por ela,  obra;  terceiro porque  se correr as actas da Câmara do ano que decorre facilmente encontro uma soma idêntica de verbas  gastas em carnavais ,festas , foguetórios e banquetes, e quarto porque deve entrar aqui a história dos dois ou três centimos que a Câmara recebe da Sociedade da Água do Luso por cada litro de água vendido que deviam ser gastos na freguesia do Luso.

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E vou explicar  porquê:

A Câmara arrecada anualmente a verba e sem qualquer tipo de transparência faz um segredo  e um silêncio que se quizermos levar ao extremo as nossas interrogações é no minimo  esquisito e comprometedor. Mas para que fique bem clara a origem desse dinheiro eu , que participei e acompanhei  o processo, vou recontar a questão e como na minha perspectiva aconteceu.

Podemos dizer que a mãe desta verba foi a geminação com Contrexeville, geminação efectuada quando estava no poder, quer na autarquia Câmara, quer na  freguesia, o partido social democrata que, curiosamente criou através dum secretário de estado chamado Licinio Cunha uma Escola de Holetalaria no Inatel Lusitano e que depois os socialistas fecharam.  Esta geminção é, não tenho dúvidas,  a primeira Eva do  parto dos tostões litro, a fonte  do contrato geminatório que mais tarde nos levou , enquanto Junta  de Freguesia e Junta de Turismo, já em tempos socialistas, áquela cidade francesa na continuação de visitas anteriores do tempo dapresidência de Emidio Santos.

Era  Homero Serra e Jorge Carvalho pela freguesia , António Gonçaves, o Carlos Alberto do Pedro dos leitões e eu próprio pelo turismo e fomos nós que, através do nosso francês escolar percebemos,  durante as visitas , o desafogo financeiro de que gozava o municipio francês, bem como as muitas e boas estruturas termais e turisticas que ali existiam. Um estádio municipal, piscinas, centro hipico e , entre outras um pavilhão,  do qual foi trazida mais tarde a cópia para o pavilhão do Luso. Esta porém, é outra via da história.

Do desafogo financeiro da Cãmara local dava-nos conta Simone , a nossa anfitriã em França , sempre solicita a receber , instalar e trocar informações ou a incentivar a nossa actuação , que em alguns casos nos abriram um caminho.

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 Foi o caso dos cêntimos/litro de água   ainda em francos franceses, que a empresa das àguas de Contrexeville dava á Câmara por cada litro de água vendida , ideia que discutimos e trouxemos connosco na mala dum regresso , com uma esperança em

cada bolso, o desafogo financeiro para a  Junta  de Freguesia e capacidade para executar algumas das obras emblemáticas que vinham de longe como um parque de campismo ou a reconversão da Quinta do Alberto, coisas dos  nossos pais e avós que á Câmara da Mealhada sempre interessaram muito pouco.

Mas as novas como  o pavilhão, o campo de futebol  onde estagiava de vez em quando a seleção francesa, uma piscina livre da privacidade dum hotel , uma biblioteca capaz ou um pequeno museu de hotelaria ou a recuperação dos Moinhos de Carpinteiros  eram hipoteses que se abriam à viabilidade do  sonho.

Foi assim que construímos e trouxemos connosco a ideia. Em sonhos. E realmente  neste mundo nada acontece por acaso, nasce  de ideias, do conhecimento, do raciocinio e só depois dos actos. Falar é fácil, diabolizar ainda muito mais, mas construir alguma coisa  é outra coisa mais dificil e responsável.

Foi quando metemos nisto Rui Marqueiro, o presidente da Câmarapara nos ajudar , e lembremos que a geminação era Luso/Contrex, que  surgiram os problemas, porque afinal o orgão freguesia , não tinha capacidade legal para assinar estes contratos , perante uma lei que não é igual para todos, como hoje continua a não ser, retirando o poder ás Juntas de  Freguesia, ao contrário do que acontece na França onde elas não existem porque tudo são Câmaras, quer sejam grandes quer pequenas, com o poder de serem donas de si próprias. Quer sejam mil, cinco mil ou  cem mil habitantes, são eles a dirigir os seus destinos e não os outros, como acontece em Portugal e nos acontece a nós, nas Termas do Luso.

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 O BUÇACO RELIGIOSO

Entre o desistir do processo e desistir dos cêntimos/litro ou aproveitar o litigio entre  Câmara e Sociedade da Àgua do Luso que corria no Tribunal  de Anadia, para atingir um melhor resultado para a autarquia concelho concordamos em fazer-se o contrato com a  Câmara, e foi assim que o Presidente   Marqueiro entrou isto  e liderou o resto da questão , mas com a verba a ser gasta na freguesia do Luso já que era dela a ideia, a iniciativa, o trabalho e o direito , que deriva dos seus próprios autarcas e representantes.  Fantasias!

O contrato fez-se com a assinatura da autarquia Câmara  que depois " fechou-se em copas"   até hoje sem se saber de forma publica o que faz a esta receita. Isto não é a democracia nem a prima dela e a falta de ética e transparência são obviamente muito pouco abonatórias para a gestão do orgão, mas este país é isto mais o compadrio, o tráfico de influências, etc,etc,etc....Nesta área, muitissimo pior que nos tempos de salazar.

Em linhas gerais esta é a história  dos cêntimos /litro que ainda hoje se recebem e,  fazendo umas contas sem  grande rigor contabilistico, nos cerca de quinze ou mais anos que a Câmara leva da receita destas águas do luso que cá não ficam nem tornam e são entre 300/400 mil euros anuais,  dependendo das vendas da própria empresa, a coisa não anda longe dos seis milhões de euros  até hoje. Foram empregues no Luso? Não. Onde foram empregues? Não se sabe. Que benefícios teve o Luso ? Nenhuns, pelo contrário ...

Não vejo pois qualquer razão para que o municipio fique prejudicado , quem de facto está prejudicado e castigado nesta contenda  é a freguesia do Luso, afinal aquela que dentro deste municipio vale alguma coisa em termos de contexto europeu, como muito bem sabe o senhor Rui Marqueiro que é Presidente da Camara e da qual todas as outras que compõem o municipio, teriam a ganhar com o seu desenvolvimento. Da mesma maneira sabe o mesmo Presidente Rui Marqueiro , se bem que não tenha sido ele a receber  a  esquisita dávida, que a Mata Nacional do Buçaco tem um valor europeu e a Mata Municipal do Buçaco não tem  esse valor europeu. São coisas absolutamente distintas, cuja capacidade de divulgação e atração nada tem a ver uma com a outra e que até em valores de apoios se distanciam completamente. 

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O BUÇACO DOS GUARDAS FLORESTAIS

Mas sabe igualmente o Presidente da  Câmara que com o orçamento de 17 milhões de euros que gere e do qual retira algum  para  a fundação socrática buçaquina, retirando-o das pertenças dos municipes , nunca terá hipoteses de recuperar  a Mata e a floresta, hoje

vergonhosamente mal tratada, no que é o património ambiental , botânico  e contruído , entre ele o Palácio Hotel que não tarda começa a ruir  interiormente bocado após bocado e que a ASAE tentou fechar por denuncia da  própria Câmara não sabemos com que intenções.

O que quer a autarquia  perante um bem nacional daquela envergadura?  Colmatar uma lacuna com aquilo que não tem na casual sede do concelho fazendo um palácio hotel igual na Mealhada junta  á sede do Turismo sem turistas? Satisfazer um capricho ? Uma vaidade? Um pôr-se em bicos de pés da maneira mais estúpida e incongruente e irresponsavel? Traficar?

Ou não quer mesmo nada , além de destruir a Mata e as Termas do Luso como aconteceu e está a  acontecer?

Toda esta política levada a cabo pela Câmara, que eu considero politicamente irresponsavel, não passa dum absurdo sem qualquer fim á vista e tanto é má para freguesia como para  todo o municipio cmo para a região.

A Mealhada que pretendem fazer não existe a não ser nas cabeças de politicos opacos , o que existe de facto é um municipio e umas tantas freguesias que são permanentemente espoliadas dos seus bens e esquecidas nas suas potencialidades a favor duma cidade imaginária , como  muitas outras que ainda não cumprindo a legislação existente são cidades meramente partidárias.

Ora é o contrário disto que deve acontecer. Respeito por cada uma das peças e pelo seu valor intrinseco. Respeito pelo território, pelo seu património e pelas suas gentes como um todo . E já que uma obsoleta divisão politica administrativa concentra  o dinheiro e o poder num centro, há que alargar esse centro até aos limites do território, isto é, em vez de roubar,deve ceder e crescer num todo até atingirmos um dia a cidade comum. O contrário é o absurdo , o esvaziar dum território já de si extremamente carente e interiorizado por politicas de abandono permanente, de estratégias ou de ordenamentos dezenraizados das necessidaes do país e da comunidade .

DSC_0836.JPG

O BUÇACO MUNICIPAL

Isto que me parece  fácil, quase intuitivo de perceber, foge ao saber de uns novos experts que nunca tendo feito nada pelo concelho durante uma vida inteira, surgem agora depois de velhos e reformados a espalhar atoardas e  mentiras em conjunto com  jogos de influências e traficâncias sem nexo como se quem andou  trinta ou quarenta anos na politica fosse leigo na matéria. Nunca duvidei das boas intenções das pessoas, ao nivel das autarquias pequenas não há rapazes maus, como dizia o Padre Américo, porém fazer politica é outra coisa de gente crescida  e é  preciso um minimo de experiência para saber o que se faz ou diz , para não cair na patetice dos tolos e  na falta de senso comum da chafurdice pindérica.

Quando ao resto , acho que o presidente Rui Marqueiro deve medir o que diz , não vá o Luso chamar aí uma televisão para contar ao país a realidade dos dias. O que não é grande coisa para ninguém....mas pode resultar. Se bem que eu nunca tenha sido angariador de off-shores nem inventor de militantes!!!

 Numa próxima oportunidade vou registar a verdadeira história do Centro de Estágios, para que fique claro para os meus conterraneos que queiram entender os factos com uma proximidade maior à realidade , realidade que é sempre uma coisa simples, clara e transparente, quando contada numa versão honesta fora dos interesses imediatos das comédias dos saltimbancos politicos, onde verdadeiramente nunca me senti bem.

13
Ago18

LUSO,QUEM TE VIU E QUEM TE VÊ!!!!

Peter

lago seco.jpg

Estas imagens referem-se ao Lago das Termas do Luso e ao estado

calamitoso em que se encontra. Construído há uns anos com

o esforço da freguesia do Luso, da Sociedade da Àgua de Luso ,

da Junta de Turismo Luso-Buçaco e da Câmara da Mealhada

encontra-se hoje nesta lastimosa  situação.

lago barco.jpg

A gestão a que tem estado sujeito lago e espaço envolvente por

parte da autarquia Câmara da Mealhada, sem manutenção, sem

pessoal, sem melhoramentos, ao total abandono  em 

termos de turismo , conduziu á destruição lenta do lago e de todo

espaço envolvente desde que foi extinta a Junta de Turismo Luso-

Buçaco, anterior  entidade gestora.

laco fundo.jpg

Esta falta de interesse politico pelo desenvolvimento das Termas do

Luso manifestamente traduzido nos actos levados a cabo pela 

autarquia é o sintoma da sua incapacidade para gerir o turismo

local . A falta de manutenção do lago provocou a abertura dum poço

entre este e o pavilhão gimnodesportivo local, outra estrutura 

turistica na gestão da autarquia.

lago 1.jpg

 A piscina sobranceira ao lago foi igualmente fechada por ameaçar

ruina e com ela a concessão dum café restaurante que completa  o

espaço , verdadeiramente indispensavel para o  funcionamento

dumas Termas com 166 anos de existência. Fechou sem  abertura

de novo concurso de concessão.

lago repuxo.jpg

Creio que estas imagens elucidativas  ilustram bem a falta de 

interesse , de conhecimentoe e a incompetência de quem gere os 

destinos das Termas  do Luso, neste caso particular na vertente do 

turismo, a única actividade que pode manter em aberto a 

sobrevivência da vila do Luso.

lago bar.jpg

Nesta fotografia , o bar cafetaria , o restaurante que servem o local

e a piscina, também fechada e abandonada , como se pode  

facilmente constatar pela imagem. Todo este espaço, embora

pequeno, faz parte dum universo local que custou muito fazer 

para determinado fim, o desenvolvimento das termas.

lago geral.jpg

Convém lembrar aos responsaveis (ou irresponsaveis)

politicos que estamos em pleno mês de Agosto e que deviam não só

saber , como refletir sobre o facto de estarmos no auge da época 

balnear  , época em que esta terra pode fazer os seus negócios e

lutar pela sua própria sobrevivência.

Como sabem, ou  devem calcular, o dinheiro não cai do céu,

como acontece aos politicos. Ou pseudo. 

O caso é mesmo para deixar aqui uma pergunta popular:

"Quem te manda a ti sapateiro, tocar viola? "

Sem ofensa para o sapateiro!!!!!!

proibido.jpg

E finalmente o espírito, proibido entrar na rua....Tacanho?

Talvez , mas assim não se vai longe !!!!

Como se pode não ver aquilo que está á vista???

É o espírito da coisa ! Cem anos, para mais!!!!

Pena ainda maior é que  também a gestão da Mata Nacional

do Buçaco , passa pela mesma autarquia!!!!

 

12
Ago18

MULTIBANCO SEM DINHEIRO

Peter

 

multi.jpg

 A falta de dinheiro nas máquinas multibanco continua a ser mais um entrave  no turismo desta terra. As queixas multiplicam-se e claro, o Verão é a melhor época para não haver verbas nos cofres do multibanco, quando os visitantes chegam, podem deixar alguma coisa e se vão embora por falta deste generoso serviço e bem. Mais um ótimo pontapé no turismo concelhio que por mais que o empurrem estrada  abaixo não se desloca um passo deste local onde está. Talvez aqui a  autarquia câmara não tenha a maior culpa, mas comprometeu-se a tomar conta destas coisas quando , acabadas as Juntas de Turismo passou a ensacar também as verbas que estas recebiam directamente do Estado. Pelos vistos o responsavel politico não se apercebe, naturalmente porque não andando por cá não tem conhecimento do fenómeno nem sequer é informado pelos respectivos serviços e servidores. Eu digo o responsavel politico porque segundo leio nas actas da autarquia ele é o único que manda, os outros não mandam nada. Põe e dispõe democráticamente.

O Verão das termas, em termos de estruturas paralisadas é um desastre total, desastre que começa com a falta de estacionamentos e vai acabar na falta do dinheiro no multibanco depois duma passagem por buracos  de vários feitios e tamanhos. O mais ridiculo, o do estacionamento, assenta agora numa  aparente falk new , não se pode limpar a barreira porque os depósitos da água correm perigo de ruir. Se assim fosse, há muitos anos teria acontecido , uma vez que a dita barreira já nasceu exactamente na fonte e foi sucessivamente cortada até aos limites actuais e continuará a ser por imposição das intempéries e da geologia do solo local.No entanto,se  apesar de improvavel tal acontecer como acontece ao cinema, cabe á mesma autarquia a total responsabilidade pois foi ela que escolheu e mandou fazer nos respectivos locais os depósitos domiciliários.Esperemos que não estejam concebidos  como o lago ou o pavilhão para que não lhes aconteça o mesmo. O facto concreto e irreversivel é que apesar de todas as asneiras e anomalias desta geringonçada gestão camarária, o Luso-Buçaco tem turistas e mantem as potencialidades,enquanto  a freguesia sede não os tem, não lhe valendo de nada o "imaginário" posto de turismo ali  feito por cobiça, incompetência , até imbecilidade, não no interesse  do municipio mas de pirosas vontades indidividuais. Se uma cidade se fizesse assim, Lisboa , que  é uma cidade, era apenas a freguesia do Castelo rodeada de muralhas com muçulmanos em volta a lutar contra  cruzados!!!!! É uma pena !!!!! É uma pena que a autarquia seja incapaz de gerir politicamente o que são as Termas do Luso !!!!

PS. È claro que estes protestos ou comentários  não contam para nada, a consciência disso é plena. Não há  poder, nem gente, nem votos suficientes neste pre-interior para alguém ser ouvido e ter justiça, mas mesmo assim  a critica é a única via de manter vivas pretensões, velhas e novas, dentro duma democracia sonhada que por enquanto é utópica e cruel para as pessoas, excluindo essa classe politica, como é evidente. Mas a alternativa do  silêncio, do seguidismo , do carreirismo ou do populismo são os piores caminhos para nada acontecer. Só a consciência das coisas  e a sua  discussão podem abrir  os meios de mudança.Coisa que já se vai fazendo  mundo fora em muitos sítios com base na razão e no interesse do cidadão e da colectividade. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

03
Ago18

FONTE DO CASTANHEIRO

Peter

boneco1.jpg

 O Manel  rodeado pla selva

Q uando o governo acabou com os antigos orgãos de turismo, chamados então Juntas de Turismo, passou a transferir  a verba que estes orgãos recebiam para as Câmaras Municipais  e com a transferência da verba foi a competência sobre o respectivo território no âmbito da actividade turistica. No caso  presente das Termas do Luso, o fim da Junta de Turismo foi catastrófico para a freguesia e para a as termas , pois a Cãmara da Mealhada  abandonou pura e simplesmente os interesses da freguesia nunca sabendo nem querendo defender a estância  termal.  A obrigação que a lei lhe conferiu foi rapidamente esquecida e o resultado está patente no que é hoje o turismo neste municipio , com prejuizo evidente para todos os que viviam e vivem da actividade. A ação daqueles orgãos, pioneiros do turismo em Portugal, foi esquecido e a Câmara da Mealhada, rápida a fazer o seu ridiculo e abusivo posto de turismo, deixou morrer as Termas sem um unico gesto  em sua defesa , salvando-se hoje apenas o pequeno nicho de turismo no desporto, a última estratégia pensada e cozinhada na ex-Junta de Turismo ,ao tempo presidida pelo professor António Gonçalves, a quem se deve em boa parte o avanço do projecto . Mesmo assim, sem manutenção, o mesmo abandono abriu um tunel sob o pavilhão desportivo , deslocando esta oferta para a Freguesia de Ventosa do Bairro que, por muito respeito que se tenha por aquele local não tem qualquer vocação para turismo nem oferece as condições necessárias para estágios profissionais.

boneco3.jpg

 Uma bica quase invisivel

 

O Luso hoje é uma  pequena imagem do que foi, em termos de turismo a única freguesia vocacionada e com recursos  que continua a manter as suas potencialidas, mas abandonada e desprezada , como disse , pela autarquia Câmara, onde grassa a incompetência sobre o assunto. A traficância política tem feito calar as vozes mais atingidas perante  uma gestão paroquial e de defesa dos interesses partidários de quem tem governado o território rotinando  a actuação por interesses que não são os do municipio nem dos municipes.

A Avenida do  Castanheiro ,uma rua soberbamente aberta por Emidio Navarro juntamente com a estrada nacional até Bolfiar, foi uma obra com dezenos de anos de avanço em relação ao seu tempo e hoje continua a ser um local acolhedor, ameno, tranquilo e convidativo. Porém, o seu estado degradado é tal, que nem um vassouro  o municpio  ali manda para limpar a rua , a vegetação, as ervas ou manter dignamente a conservação do "boneco"

Deixo aqui duas fotografias lamentando que os eleitos desta terra na Assemleia Municipal não digam uma palavra do lugar onde nasceram, bem pelo contrário, estão ao serviço dos interesses municipais , apostados em destruir o que resta das  Termas do Luso e da Mata do Buçaco, um património nacional, continuo a repetir, inconscientemente entregue ao poder municipal.

boneco2.jpg

 A paisagem completamente tapada, o abandono total...

Cumpre-me lembrar, que quando há anos passei pela Câmara cumprindo um dever civico que me deu gosto cumprir, ali ficou um  projecto da autoria do arquiteto Sidónio Pardal que incluia o parque de estacionamente do Vale, junto á igreja , bem como a requalificação de todo o espaço superior entre a estrada de Viseu e a estrada do ex Hotel Serra que acabava junto ao cruzamento do Castanheiro com uma ligação pedonal em estudo para unir os dois espaços, ou seja, um parque desde a igreja até ao boneco que deitava água e agora  já nem deita. Quando a Cãmara optou por não ter vereadores do Luso, a terra mais importante , mais conhecida e com maiores potencialidades deste municipio, este ante projecto terá sido metido na gaveta  e até hoje, nem sequer a ligação do saneamento dessa zona traseira da estrada de Viseu foi feito, quanto mais o projecto de que falo !!! Tal como aconteceu a um estudo previo de autoria do mesmo arquiteto sobre o aproveitamento da Quinta do Alberto .

boneco.jpg

Tudo o que a vista não alcança tapado pela vegetação

No meu modo de ver é pouco digno e vergonhoso para esta terra não haver ninguêm que a defenda desde que desapareceu Homero Serra, um homem que, apesar de ter eu próprio  algumas discordâncias políticas com ele, sempre defendeu com veemência os interesses locais , as obras necessárias , as termas e as pessoas.   Quanto ás responsabilidades da autarquia Câmara, o abandono a que votou o Luso e o turismo  é absolutamente inqualificavel. A legitimidade dos  votos tem limites na razoabilidade dos actos e do senso comum. 

 

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