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ÁGUASDOLUSO

BURRIQUEIROS,OS QUE TOCAM OS BURROS...

ÁGUASDOLUSO

BURRIQUEIROS,OS QUE TOCAM OS BURROS...

31
Out14

CHEIROS QUE NÃO CHEIRAM

Peter

cheiros.jpg

Luso, onde os cheiros não cheiram...

Há muito, muito tempo que não recebo cartas. De amor é impensável, esgotou-se, mas outras, mesmo essas, escasseiam nesta época de emails e de mensagens, de bites e celulares. Mas para espanto meu chegou hoje uma carta pelo correio e senti-me  tão feliz  que  gritei para dentro alto e bom som como se fosse uma primeira vez:

-Recebi uma carta, Luciana, recebi uma carta!

Luciana é a gata. Não percebeu nada, está claro, levantou o focinho, cheirou o ar abafado dos dias de calor fora de tempo, deu duas turras na bainha das calças quando eu abri a porta e correu escada acima á minha frente. Estava com fome e entendeu deste aparato que ia chegar a hora. Antes porém rasguei o envelope da missiva, consultei os horóscopos quando vi o remetente e fui sentar-me a ler na sala dos meus solenes actos. Era a resposta a uma reclamação que tinha feito como cidadão municipal, junto, tanto quanto sei, com reclamações de umas centenas de cidadãos. Suponho assim não ser o único a receber das autoridades uma resposta ligada aos cheiros da baganhuça que nos incomoda as narinas e a saúde há uns anos a esta parte. A banha de Santa Eufêmia, no Luso!

Em termos ambientais estava convencido que o infestar da atmosfera com fumos tóxicos e vapores de benzeno, um químico nada aconselhável á saúde dos humanos, fosse um crime! Mas afinal não é. Fiquei a saber, não há crime, afinal os cheiros não cheiram!

Crime não,diz a carta, mas eu presumo, crime será um esfomeado roubar um casqueiro para matar a fome! Poluir esta coisa indispensável á vida a que se dá o nome de ar puro e oxigénio, com cheiros nauseabundos e lixos, não é crime nenhum e se não é crime há-de ser até uma virtude! De cheiros fiquei ciente através das autoridades, ou da carta, o que vem a ser o mesmo, que os cheiros deixaram de cheirar. Coisa estranha e complexa são os cheiros! E como diverge o peso entre quem os faz e não faz! Pensei!

Eu sei que Galileu Galilei abjurou os movimentos do sol antes que a Santa Inquisição lhe queimasse os miolos na fogueira! O que não seria grande perda para o Santo Oficio, mas seria para o género humano, ora que as autoridades deste país seguissem o mesmo caminho inquisitorial, nunca pensei! Os cheiros de facto não cheiram, apesar de há duas horas atrás não se poder suportar o ranço do solo á camada de ozono. Eu sei, que temos um ministro da educação cientista, mas daí até estender a metamorfose das escolas até às investigações das autoridades, não fazia a menor ideia! Coisas de sábios, de génios!

Bendita seja a autoridade que cheirando por milhares de reclamantes não cheirou cheiro nenhum! Claro que não reclamarei mais nada, a autoridade cheirará por todos. Prescindo do olfacto, aliás para que serve o olfacto se podemos viver tão bem só com os quatro sentidos? E da visão, um olho não chega? Uma mão no tato, uma orelha? Mais zarolho menos zarolho que importância tem isso? A autoridade cheira ou não cheira?

Há contudo uma dúvida que persiste e me incomoda no que tem a ver com a comparação entre os narizes dos milhares de munícipes que continuam a cheirar apesar desta abolição dos cheiros, e os narizes dos inspectores por parte das autoridades que vieram, olharam, mediram, cheiraram e não cheiraram nada. É que na incógnita dos narizes desiguais, uns de cheirantes outros de Pinóquios, pode estar a única via para o acerto da equação matemática sobretudo se levarmos em conta que o proprietário dos cheiros, um ypsilon que afirma não os provocar nem os cheirar e que tudo não passa duma cabala que não cheira mas que vê porque não é cego, é um negociante. Tal pai, tal filho!

Em face destas conclusões, cá estou para assinar a acção popular, mas pelo sim pelo não vou embalsamar a carta e envia-la ao Museu de Arte Antiga para expôr daqui a mil anos como relíquia dum passado cinzento. Se existir o mundo e o cinzento e um país de Alices, como este nosso recanto na beira do mar “pasmado” !

Vou dar comida á Luciana, coitada, passou-me de todo o diabo da gata!      10/2014

31
Jul08

PATETAS AUTÁRQUICOS

Peter

                        

 

      CÂMARA E JUNTA DE FREGUESIA ,

              O DESINTERESSE

 

  Apesar das divagações poéticas duns alegres patetas da Junta de Freguesia, o Luso está em colapso. Não há um emprego, não há aquistas,não há  TERMAS. As termas  foram sempre uma prioridade  para a sobrevivência desta terra e deixaram-nas morrer. A Câmara da Mealhada, como já tenho dito muita vez, colaborou activamente , de modo muito particular o seu presidente , um filho de ferroviário que não sabe o que é turismo e muito menos o que são termas. Alheou-se, por falta de ambição, dinamismo , e conhecimento  e quiçá algum prazer nisso, e as Termas cairam.

È fácil destruir o que levou centenas de anos a construir.

  Os patetas da Junta de Freguesia, politicamente são nulos, nada fizeram , nada pressionaram para que nada acontecesse.

   Bem pelo contrário, de um  vereador do Luso  , só quem sabe avalia quanto custou consegui-lo , aconselharam o presidente da Câmara a não  o ter . ( o que estava, ou outra pessoa como lhes foi sugerido.) Preferiram um desconhecido importado que lhes dava umas manilhas de vez em quando. Grossa burridade e falta de respeito para com a freguesia !!!

Não existisse um vereador do Luso  e o Luso nem sequer tinha o Centro de Estágios ! Pago com dinheiro do Luso.

É fácil dizer que não é com eles. Mas é também com eles, foi também para isso que os elegemos. Ao Luso não serve ser um bom cantoneiro, precisa antes dum bom gestor e dum conhecedor dos meandros da politica .Os problemas de cantoneiros resolvem-se bem, os dificeis são os das termas, de estruturas de qualificação do espaço e do ambiente e outros cuja estratégia defina  e desenvolva o futuro  do Luso.

  Um exemplo simples: se lá continuasse o vereador que  estava no mandato anterior, a obra da Fonte de S. João não se fazia tal como está a ser feita. Levaria de certeza atrás a Quinta do Alberto, porque foi isso que se definiu em tempo oportuno,  e era isso que  a Câmara ia cumprir pela simples razão de que precisava sempre do voto do vereador  na sua própria maioria: a barragem de Vale da Ribeira teria, no minimo, o processo em andamento se a própria obra não o estivesse também, porque o vereador deslocava-se a Coimbra as vezes  que fossem precisas para tratar do assunto, tal como fez com o Centro de Estágios em Lisboa; o lago, teria os barcos que a  Câmara não tratou de comprar , tal como tem a vedação em  todo o seu perimetro ; até as barraquinhas da avenida voltariam ao seu lugar embutidas na quinta do alberto como foi programado e  que , pelos vistos, o presidente da Cãmara tambem não quis, mudou de ideias.Talvez os acessos ao parque de campismo estivessem em projecto , talvez a malfadada iluminação da Rua dos Moinhos que o presidente da Câmara  também não quiz  fazer, estivesse agora em obra.

  E pergunta-se: o que fez a junta de Freguesia para resolver estas questões ?? NADA , que se saiba.

  Defendi sempre  e defendo que o Luso precisa dum vereador na Câmara. Porquê? Porque é na Câmara que está o poder,  o saber,  o dinheiro, é na Câmara que se definem e aprovam as obras do municipio. Como defendi que o Luso , se fosse possível, deveria ser cidade. Posso explicar porquê. Como defendo que  o Luso deve preparar alguém que também venha a ocupar um dia o lugar da presidência.

   Estratégias destas não se definem com os menos preparados, para não lhes chamar outra coisa !!!

  Além de patetas pouco sabem de politica  os edis da Junta de Freguesia, só assim podem trocar o bem da terra por meia duzia de sacos de cimento ou gastar o dinheiro que recebem da SAL, por exemplo, em obras disparatadas.

  Mas  este, é assunto para depois... 

  O Luso tem perdido bastante. 

 (ÁGUA DO LUSO)

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