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ÁGUASDOLUSO

BURRIQUEIROS,OS QUE TOCAM OS BURROS...

ÁGUASDOLUSO

BURRIQUEIROS,OS QUE TOCAM OS BURROS...

09
Set14

FUMOS TÓXICOS

Peter

 Na foto os fumos tóxicos e a Cruz Alta do Buçaco, em fundo. Cem metros

á frente um centro de estágios desportivos e para a esquerda as Termas

do Luso . Duzentos metros atrás o engarrafamento das àguas de mesa

Luso, Luso sabor, Luso Sumos, Luso Formas...Foto de 9/9/2014

Conheci o velho Alcides Branco no ano de 1968 no Clube Feirense. A sede era na rua principal da então Vila da Feira, um pouco abaixo da Câmara onde a rua estreitava entre o casario e se compactava com uma multidão no dia da procissão das fogaceiras. Caía ali o Carmo e a Trindade com as vinte e uma freguesias e faziam-se naqueles dias largas centenas de fogaças para dar resposta á procura do mercado que batia records de vendas ano após ano. A vida era tranquila á sombra do castelo, do tribunal e da igreja, três edifícios símbolo erguidos na colina medieva onde nasceu o burgo.Aquele Clube Feirense, que nada tinha a ver com o Feirense da bola, reunia uma pseudo aristocracia local seleccionada pelo estrato social, pelo comportamento e pela indumentária e um destacado membro era sem dúvida o Alcides dos azeites, industrial de lagares. O zelador do clube abria as portas á noite e com alguma solenidade se entrava no salão, uma espécie de clube inglês á moda de Julio Verne, com o seu Phileas Fogg e o seu Passepartout, na volta ao mundo em oitenta dias, um filme com David Niven ,  Cantinflas  e a inesquecível Shirley Mac Lain , princesa Aouda ,que então corria nos cinemas. A sala principal, pesada, silenciosa, tinha no meio uma mesa de bilhar e nos cantos mesas de pano verde para os jogos da sueca, damas, xadrez ou gamão. Uma estante de estilo sóbrio em pesada madeira de carvalho, guardava alguns livros de Julio Dinis, do Eça e do Camilo, além dos diários Comércio do Porto e do Janeiro obras e jornais á disposição dos sócios daquela agremiação onde surgi como hóspede da renovada pensão Ferreira.

 

Ao professor Manuel Zagalo fiquei a dever essa entrada na seleta tertúlia, depois de muita teimosia da sua parte e foi na sua companhia que frequentei algumas vezes o Clube. Numa delas apresentou-me o Alcides Branco, um homem alto e magro, solene, bem vestido, dialogante e milionário. Simpático nas palavras saudou a minha chegada como um sopro de juventude aos anais da colectividade, mas de facto nunca passei a sócio, o clube rondava em média o dobro da minha idade e na realidade nada me dizia aquela cívica frequência.

 

Hoje é dos herdeiros do velho Alcides a ‘fabriqueta’ destiladora de bagaços a que chamamos da baganha de Stº Eufêmia e que faz o favor de nos inundar a atmosfera de fumos, vapores de benzeno e cheiro rançoso, juntando-se a outros destruidores das termas do Luso com a pestilência desta poluição ambiental para quem, entidades que vão das Policias á Câmara da Mealhada, à Secretaria de Estado do Ambiente, às Direcções Regionais e Nacionais do Turismo , à CCRC, entre outras, tem sido impotentes.

 

Foi assim que o meu velho conhecido Alcides Branco, ou dos Azeites, um homem que na altura me pareceu acessível e correcto, sério e cumpridor na fiança do professor Zagalo, deixou por morte esta pesada herança e havia de caber ao Luso, uma vez mais, acomodar o prejuízo do desastre sobre os seus negócios e pessoas! Isto perante a nulidade das entidades responsáveis, incapazes, inoperantes ou colaborantes, talvez por linhas travessas não alheias à política, de fazer cumprir a lei. Mais uma evidência clara de dois pesos e duas medidas no concerto do saque a que o país assiste, plasmado na impotência. Se alguma coisa mais faltasse à destruição das Termas e da terra, era a obrigatoriedade de usar máscaras para sobreviver aos gases tóxicos que se espalham pelo ar. E afinal, por falta de autoridade capaz de suspender a laboração ilegal duma xafarica que não cumpre a lei vigente nem cumpriu os compromissos de filtrar as instalações a que se obrigou pela mesma lei!Ao poder, se existisse poder, bastava a interrupção da licença ou cassa-la em definitivo. Mas os poderes perderam o sentido de Estado e de nação, do bem comum e das responsabilidades por troca com a impunibilidade total na coisa pública. Há uma dúzia de anos seguramente que andamos nisto! Gozando duma libertinagem que obriga o cidadão a usar máscaras, tanto contra poluidores de chaminé, como contra governantes eleitos que dia a dia desgovernam a vida de cada um. Mesmo camuflados, vai ser difícil sobreviver entre resíduos tóxicos de tanta proveniência.                           Luso,Agosto,2014

 

 

 

06
Set14

LUSO-INVENTÁRIO DE DOAÇÂO

Peter

 

 CÓPIA DO DOCUMENTO

 Notitia de villis vaccarice-inventarium voucam et mondecum.

Era MCII.

 Notum facimus de villas que sunt de monasterio de vaccariza inter vouga, et mondeco território collimbrie, id sunt villa nova que fuit de gundisalvo Moniz et testavit eam filius suus frojula gunsalvis ad vacarizam.Villa de musarrus com sua ecclesia que fuit de abbate lovegildo ab integro per suis terminis.Eccleziam vocábulo sancti cucuvati cum adjectionibus suis. Villar de correixe cum sua ecclesia vocábulo  sancti  martini. Et in sangalios,villa que fuit de elias exabala, ubi se avelanas infundit in certuma,Villa barriolo cum ecclesia vocábulo sancti mametis cum adjectionibus suis.

Villa moronganos ad integrum.Villa Tamengos cum sua ecclesia vocábulo sancti petri, que fuit de abba gaudio.Villa orta ad integrum.Villa arinios.Villa ventosa integra.Vinea de abba lodemiro.hic in ventosa de cepiis integra.Villa eilantes integra cum sua ecclesia vocábulo sancti felicis.In villa alfavara.Ecclesia vocábulo sancti chistofori.In villa mortede ecclesia vocábulo sancta maria , adjectionibus suis. Et in villa de magistro montagueime monasterio vocábulo sancti petri.Villa freixenedo ad integrum ecclesiam vocábulo sancta eolalia in ripa certome.Villa vimeneira ad integrum.Monasterium de lauredo adintegrum.Sancta xpri cum adjecrionibus.Villa canellas ad integrum.Villa de luzo,que fuit de abba noguram cum sua ecclesia vocábulo sancti tome.Ecclesia voccabulo sancto pelagio de varzenas.Monasterium de trazoi,quod fuit de abba trazoi.Sancta xpri de mortalogo.Monasterium de sourio ad integrum.Ecclesia sancti salvatoris de collimbria.

 (Livro Preto da Sé de Coimbra, fls 36-Era de 1102 (ano de Cristo de 1064)

 

NOTA:Trata-se dum inventário incompleto de bens pertencentes aos Mosteiro da Vacariça , feito no ano de 1064, ano da reconquista de Coimbra  aos mouros por Fernando I, o Magno, e objecto duma carta de doação escrita por Diogo Gelmires cónego da Igreja de S.Tiago , que foi outorgada em 1094, trinta anos após a conquista da cidade. Governava o território conimbricense o alvezir D. Menendo, em nome do Conde da Galiza D.Raimundo.

O inventário refere povoações da Bairrada, Luzo, Varzeas, Monsarros, Vimieira, Arinhos, Vimieira, etc, e é o primeiro documento escrito fidedigno a referir o nome do Luzo. Esta é, por enquanto, a verdadeira certidão de nascimento da hoje vila do Luso escrita em língua latina. FS

26
Ago14

ILUSTRAÇÃO

Peter

A Rua da Pampilhosa na saída do Luso 

Para ilustrar o último post editado  neste blog sobre  

passeios para peões nada melhor que duas fotografias

onde a discriminção é evidente e não deixa lugar para

dúvidas.  

 

A rua do Luso na saída da Pampilhosa

Oito quilometros antes ou depois há passeio para 

meia dúzia de casas!!!!

Algo vai mal no reino!!!!

23
Ago14

O MEU MURO DE BERLIM

Peter

 

     Por onde passam os peões, digna Cãmara da Mealhada??????? 

A minha rua é uma estrada. Uma recta, concretizando, entre dois muros. Chama-se rua da Pampilhosa e  inicia-se no Alto da Maia, no Luso, junto ao Hotel Alegre. Depois faz uma curva  larga para a  esquerda e atira-se por trezentos metros de recta até à minha casa, onde curva de novo á esquerda e segue até à Rua do Luso, na Pampilhosa. Não faço ideia onde entroncam uma na outra entre os oito quilómetros do percurso que medeia a distância entre um lugar e outro, nem mesmo se se chama assim até ao seu destino e isso pode muito bem acontecer, mas o que na realidade acontece é  que na recta inicial está encravada entre casas e muros, não deixando para os peões uma zona exactamente para os peões, uma zona pedonal. Na recta final, já na Pampilhosa porém , a minha rua tem  um larguíssimo passeio para peões do lado direito de quem vai e ainda bem,  apesar de servir apenas meia dúzia de famílias, nada comparado com as mais de setenta famílias que utilizam a minha rua do lado do Luso, fazendo  contas para cima de  quinhentas pessoas  crianças incluídas .Ora um dia destes, o muro da minha rua apareceu pintado. Pintado de branco. Parecia um véu, tão puro e leve como a água que nos tiram. Disse para os meus botões que pintar o muro não adiantou nada às necessidades do muro, que por acaso são as minhas e também as dos mais de quinhentos habitantes que moram para além da minha casa. Porque os automóveis não respeitam nada nem ninguém e passam ali a grande velocidade, é preciso morrer alguém para se lembrarem do assunto e gritarem aqui Del Rei !

Posso ser eu o morto! Ou as minhas filhas! Ou os meus netos! Ou qualquer membro idêntico das mais de setenta famílias que ali moram, que a bem dizer são todos como família. Para alem de quem  mora todo o ano  existem os campistas que por ali seguem para o respectivo parque, aliás um acesso vergonhoso, e já não acrescento os que vão para o centro de estágios ou para os funerais. Não chega o cheiro pestilento dos caroços de azeitona que conspurcam o ambiente, mais ainda o perigo de ser brutalmente atropelado? Aos mortos nada faz mal, eles, ainda que não levem padre, vão de carro. Mas os vivos, coitados, num momento podem passar á condição de mortos o que, francamente, não é uma coisa muito correcta por parte das obras dos eleitos.

Ora eu que sou teimoso e burriqueiro nestas andanças dos deveres e dos gastos das autarquias, além de me lembrar bem das últimas eleições em nome das pessoas, comecei a fazer contas e  não foi  preciso ir longe  para concluir que um passeio para peões ao longo da minha rua, mesmo que pendurado no muro que já existe, é muitíssimo menos custoso que a destruição duma  boa escola para construir outra.  Muito menos que o esquartejar as ruas em pleno Verão para empedrar o excelente piso! É uma insignificância perante os gastos da manutenção dos campos de futebol, e dos custos da água e da corrente eléctrica onde jogam mercenários! Nada comparado com subsídios e apoios a festas e carnavais. E é mesmo uma dramática miséria se colocarmos na balança o prejuízo que a autarquia afinal ajudou a provocar  com uma gestão que levou ao esvaziamento das termas. Daí achar que as coisas andam a correr ao contrário e a perguntar-me se não estarão a administrar como os banqueiros, estragando o que está feito para fazer de novo, comprando sucata imobiliária para deixar ruir. E um dia destes, imagine-se, reparei que estão a encaixotar a obra mais emblemática que a autarquia fez nas  termas, um  depósito de àgua para rega e arrecadação de enxadas e vassouras na estrada nova! Uma aberrante obra arquitectónica de excelente memória para o Luso, se bem se lembram os lusenses! No meio dum passeio subsiste o exemplar, quase dentro do recinto das termas! Isto sim é turismo!  Maravilhoso!

Quanto á minha rua, depois deste comentário, espero que o espectro partidário já tenha aprendido alguma coisa e não vá amuar pelas verdades descritas e nos deixe a todos  mais aos campistas em situação precária! Porque isto de descrever  os factos caro leitor, não é escárnio ou  mal dizer e de resto as setenta  famílias não tem culpa nenhuma da teimosia dos meus protestos nem dos lapsos dos autarcas !            Luso,Agosto,2014.                                     (In JM de 19 de Agosto,014)

15
Ago14

HEINEKEN BEER

Peter

 

 

In this photo make in Luso ,Portugal, one thermal baths

where the water is explorer by  beer Heineken , seems

the company have no money to repair the little wall we

see in the center of the locality .

Poor company, that Know very well how to explore the

water  to sell, but  leaves the thermal baths deading

without clients !

One year ago, the wall was in the same state like today,

such as the SPAThe business of the city , whose name

is Luso, is finishing day by day, because  Heineken Bear

Company sounds see only to sell water's botle, when exist

a contract of exploration based in the development of the

Thermal Baths. 

Is  Heineken Bear joking with us, people of the city?

Or joking with portuguese people?

 

Traduzindo para português:

(Cerveja heineken

Nesta fotografia feita no Luso,onde as termas são exporadas pela cervejeira

Heineken, parece que a empresa não tem dinheiro para reparar o pequeno

muro que  se vê no centro do lugar.

Há um ano atrás, o muro estava no mesmo estado, tal como as termas.

Os negócios da cidade, cujo nome é Luso,estão acabando dia após dia,

porque a cervejeira Heineken parece ter apenas olhos para a venda de

água engarrafada, quando existe um contrato de exploração baseado no

desenvolvimento das termas. Está a cervejeira Heineken a brincar connosco?

Ou está brincando com os portugueses?)

 

09
Ago14

RUA DA PAMPILHOSA ,NO LUSO

Peter

 São trezentos metros sem a mínima proteção para os peões

 Rua da Pampilhosa,Luso. 9/Agosto/2014

Por este canal entre muros  que podem ser  de Berlim ou

da Morte passam diariamente setenta familias residentes, 

mais os utentes do Parque de Campismo,mais os 

acompanhantes dos funerais, mais os desportistas do

Centro  de Estágios, os caminheiros de Fàtima, os seniores

nas suas voltas de saúde. Umas centenas largas

de gente, de pessoas...

 

 

 È fácil fazer uma passadeira suspensa com o muro , coisa que só lembra

ao eleitos antes das eleições!!!

Por fim ligeiros e pesados, tratores, bicicletas,papa-reformas

e ciclomotores , regra geral apressados ,excedendo muito

as velocidades permitidas. Nunca cá vi um policia

controlador de velocidade e a Câmara da Mealhada, dona da

estrada, está-se  marinbando  para a vida dos peões.

Curioso, é que na vila da Pampilhosa, onde termina

a mesma via, há um largo passeio ... Vá-se lá saber porquê??

Descriminação?????? Fico-me por este intrelúdio. 

Porque é  preciso gritar antes que morra alguém.

  

18
Abr14

PATRIMÓNIO

Peter

 

 Esta casa suponho, é um património, praticamente ao

abandono.Trata-se duma casa de época , de estilo,

data da construção do Palace do Buçaco e é no Luso.

Tem recortes  e cantaria dos construtores do pavilhão real.

Uma das palmeiras, à esquerda pode observar-se o topo,

está podre,parece que atacada pelo escaravelho do Egipto,

e em perigo de ruir, provavelmente sobre a casa.

Neste  país a saque, não tem qualquer importância!!!!!

Aproveitei o sol para mais um registo, qualquer dia,  

pode não ser possível. É Portugal!!!!!!!!

Curiosamente, para a Câmara da Mealhada, que é quem 

manda cá no burgo, o barraco que lhe fica adjacente,

do qual junto uma imagem, é uma eventual obra de arte!!!!

Interpretações que o cidadão respeita, evidentemente!!!!!!

Como se pode ver, a eventual (?) obra de arte

protegida pela Câmara da Mealhada fica-lhe adjacente ...

e no meio do passeio dos peões!!!!!!

14
Mar14

REVISTA

Peter

 

Ano de 1963, 12 ,13,19,20 de Janeiro revista à portuguesa

 " ALTO LÁ COM ISSO" levada á cena no Cine Teatro Avenida

com o nome de"Costa do Sol em Festa" para passar na censura.

Um registo  fotografico  do quadro "LAVADEIRAS",com Ernesto, 

Ferraz e Rocha  nos  respectivos papeis.(da esq.para direita)

 

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