Numa recente classificação relativa aos complexos desportivos de melhor qualidade do país,o Luso com as suas estruturas aparece no terceiro lugar, mercê do seu Centro de Estágios do Euro 2004 e do Pavilhão Gimnodesportivo, aos quais acrescentamos nós uma piscina olímpica e quatro courts de ténis de igual qualidade. Destas estruturas sobressai hoje o orgulho da Câmara da Mealhada, honrada com as estruturas, não com o Luso que, através dos seus orgãos , esteve na origem, base e iniciativa das estruturas, só não concretizadas porque infelizmente as freguesias não tem acesso a fundos comunitários e estamos dependentes duma câmara abulica, morta e de paroquianos. Pela voz do atual presidente que, além de nada ter tido a ver com a construção das estruturas, não saberá que elas não se devem a iniciativas da Câmara da Mealhada, mas da Junta de Turismo Luso-Bussaco, da Junta de Freguesia do Luso, do Comité de Geminação de Contrexeville e só depois da autarquia Câmara, por favor, no contexto de ser o órgão autárquico do concelho com direito a receber ajudas da comunidade económica europeia, uma obrigatoriedade da nova democracia, no tempo do presidente senhor Marqueiro que não se opôs , pelo contrário, tratou da burocracia pertencente à Câmara.
O senhor presidente da Câmara atual, que não é do concelho, toma como camarária uma obra que o é de facto, pela ação dos eleitos do Luso e não da Câmara da Mealhada, que depois destas obras, a que podemos sem dúvidas acrescentar o Parque de Campismo, a piscina e o Restaurante do Lago, um court de ténis, nada mais fez em prol da freguesia do Luso, do Turismo e da Hotelaria, a não ser com o silêncio do desmoronamento da indústria e das termas com o gaudio declarado da atual vice presidente em colaboração com os destruidores nacionais e estrangeiros, nomeadamente com àgua a correr pelas vias municipais para a freguesia vizinha onde é engarrafada, cinco km de canos. A Camara, nem chus nem mus. Tal e qual como o esquecimento do atual presidente que, quer queira quer não, foi responsável pela destruição dum quadro seiscentista de Josefa de Óbidos, que valeria a má porta cem mil euros. Como sabe este autarca, então administrador “nomeado” para a Fundação da Mata do Bussaco, não tinha a peça no seguro e deixou-a arder por descuido e por incúria dos serviços que era suposto dirigir. As explicações foram o silêncio e a desresponsabilização do acidente, o quadro queimou-se a si próprio.
Para que fique claro, as obras que citei do Pavilhão, do Centro de Estagios, da Piscina, Restaurante, e um court de ténis, foram feitas a partir de iniciativas pensadas e iniciadas no Luso, nos seus órgãos de então, através do Senhor Professor António Gonçalves, do senhor prof. Ferraz da Silva, presidente e administrador delegado da Junta de Turismo, do senhor Homero Serra, e do senhor Jorge Carvalho, presidente e membro da Junta de Freguesia e da ajuda imprescindível na altura, de Madame Simone Palmier, enquanto presidente da Comissão de Geminação Luso Contrexeville. Antes de se chegarem à Câmara, os assuntos fora analisados e tratados nos órgãos locais, bem como um terceiro assunto deveras importante e que nos foi roubado pela Câmara, os centavos litro que se conseguiram obter da Sociedade das Àguas de Luso pelos litros de água vendidos, cuja receita foi pedida e sempre pensada a favor da freguesia do Luso, onde o produto é obtido e do qual não vem qualquer beneficio para o território. Espoliados pela Câmara , como no tempo do fascista Lousada nos espoliou a Fonte de S.João. A verdade dos factos, doa a quem doer, é esta.
Que a Câmara se honre pelas candidaturas que faz é o mínimo que pode fazer porque nada mais fez, mas que não se honre vergonhosamente só, espezinhando, como tem espezinhado, a freguesia do Luso onde nada mais fez nos quatro ou cinco mandatos que se seguiram e onde teve a falta de respeito para com a freguesia, ao fazer na sede do concelho um posto de turismo quando a única freguesia onde o há é na freguesia do Luso. Atitudes de ignorantes pacóvios cem anos atrazados de cabeças pequenas como pequena é a cidade, desrespeitanto a terra, as potencialidades, o território e as pessoas.
No que diz respeito ao Centro de Estágios devo esclarecer ainda o seguinte para que as coisas fiquem claras e no seu devido lugar. Aquando da construção do Centro de Estágios do Luso , a parte técnica da obra foi entregue pelo executivo ao prof. Ferraz da Silva que tratou, com o apoio do responsavel autárquico do desporto , do processo, junto do arquiteto e da Sociedade do Euro em Coimbra e Lisboa. A compra dos terrenos esteve a cargo na sua grande maioria do Presidente da Junta de Freguesia do Luso, senhor Homero Serra, e a parte financeira que incluia a gestão da candidatura junto do orgão gestor, a CCDRC de Coimbra, a cargo da Presidência da Câmara , o senhor Carlos Cabral e a Senhora Filomena Pinheiro que tinham em mãos a responsabilidade de a fazer junto do gestor. Depois de muita teimosia , a vice presidente tinha pouca ou nenhuma vontade de lançar a obra depois do projecto aprovado, por pressões na Assembleia e pelo próprio presidente deste orgão, Rui Marqueiro, a obra acabou lançada a concurso e foi adjudicada a empreitada. Até aqui, tudo bem. O projecto entrou em obra , o empreiteiro cumpriu atempadamenta e quando chegou ao ponto de receber a primeira tranche do trabalho , pediu á Câmara a vistoria necessária. A Câmara , por sua vez, oficiou á CCDRC em Coimbra, que mandasse verificar os trabalhos a fim de libertar a primeira verba da obra e para espanto de quem estava por dentro, digamos que a Câmara trabalhava na altura com uma contabilidade de merceeiro , a gestão financeira da presidência não era do conhecimento dos pelouros nem do executivo total, a CCDRC respondeu dizendo que não existia naquele orgão nenhuma candidatura da Câmara da Mealhada relativa ao Euro 2004, menos ainda para qualquer Centro de Estágios no Luso. Veio a verificar-se que a presidência, que detinha para si a exclusividade quase secreta da gestão financeira, tinha esquecido de entregar e fazer a candidatura na CCRD em Coimbra, onde decorria o concurso , entretando fechado e com as verbas disponiveis esgotadas. O projecto dormia numa gaveta da Câmara e o silêncio pairou sobre as presidências e sobrepos-se a qualquer barulho casual. Foi enorme esse silêncio|
Em conclusão , a obra fez-se, pagou a Câmara a totalidade dos custos , cerca de milhão e meio de euros, donde iria buscar , sem o auto esquecimento, mais de metade da verba, algo como oitocentos mil ou mais euros. A presidência resolveu calando-se.Curiosamente estas personagens concorreram depois às eleiçóes seguintes e ganharam e hoje voltaram a ganhar, o então presidente , hoje é presidente da Assembleia Municipal, a então vice presidente, na vice presidencia actual com o titulo de executivo camarário. A cola que utilizam é de boa qualidade, agarra-se á cadeira do poder como automovel ao teto.
Estou aqui a relatar estes factos tal qual como foram para tirar qualquer dúvida sobre o assunto e porque acho que devem ser contados e conhecidos de todo o cidadão do municipio , num país que se diz ser um estado democrático , sério, justo e transparente. E também porque a mesma Càmara se honra despudoradamente com o trabalho dos outros , escondendo as asneiras próprias, como esta que fizeram gastar à autarquia mais sete ou oitocentos mil euros do que devia gastar. Porque se calaram e , com vergonha ou sem vergonha, cada um tem a que quer, continuam a julgar-se donos e senhores do território como paróquia eterna e familiar , agora fora do partido a que pertenciam , o que também é normal para os vira casacas. Se a autarquia queria honrar alguém, era em primeiro lugar a freguesia do Luso , nas figuras do Prof.António Gonçalves, do senhor Homero Serra , ou da madame Simone Palmier, entre os primeiros que entenderam e desenvolveram as etapas para chegar a bom porto. Essa é a homenagem postuma que pretendo corrigir e dar a quem de direito, face á retórica barata dos papagaios da Câmara da Mealhada e dos eternos canditados ao lugar. A bem dizer, como fez o Salazar até ao cair da cadeira. Sinceramente, não sei se pensam que são melhores, exclusivos ou heróis, porque de facto não se vislumbra nada no sacrificio que fazem para governar o povo.