PURISSIMA E COM GÁS !
Para quem não lembra ou não sabe, o Luso já teve água gaseificada. Por mais de uma vez . Uma delas, publicitada neste extrato sublinha os refrigerantes, o Yogura e a água gaseificada, 'soda water' em inglês,ou água com gaz na lingua vernácula. Vendida em toda a parte e preferida, diz o 'actualizado' panfleto, pela classe médica, coisa que hoje não acontece. Quanto ao gás, o melhor 'Soda-water', não conseguiu destronar a afamada àgua do Castelo , usada para juntar ao uisque , no tempo em que não era importado. Mas se bem se lembram os bebedores , o verdadeiro uísque era substituido pelo 'uisque saloio' , onde um bom brandy substituia o uisque original ao qual se juntava igualmente a àgua Castelo num copo 'Johny Walker' para aguçar as papilas gustativas.Também o Cruzeiro teve água com gás e o próprio Luso a teve em outras épocas.
Refrigerantes, yogura, soda water
Conclusão,O Luso actual já teve tudo e muito mais do que tem hoje,foi morto por sucessivas vendas do património a intermediários para fazer lucros imediatos , isto com o aval , o silêncio e a omisssão de organismos responsaveis pela concessão das minas. Este regresso do gás, que por razões das propriedades quimicas da água não obteve resultados, não é pois novidade nenhuma, oxalá uma solução hibrida possa resolver o assunto.
Emanatório Termal doutros tempos
Mas este regresso, como se vê, nada acrescenta ao Luso, morto por sucessivos concessionários. De facto, historiando fora do negócio a vida termal que começou com a Comissão de Melhoramentos em 1852, depois de existirem banhos desde há cem anos atrás, foi concessionada a actividade Termal e o Luso cresceu com as Termas, não com as garrafas de água. Pode-se dizer que a terra é filha das Termas e de Emídio Navarro. A concessão, como em qualquer zona de jogos, pede pagamento e desenvolvimento, porém os últimos concessionários nada mais fizeram do que matar as Termas, cujo lucro é irrisório perante o lucro das águas. Todos tem feito o possível e o impossível para destruir as Termas, pretendendo assim sacudir a responsabilidade da parte Termal, cujo crescimento, aumento e modernização também lhes cabe. È assim que o contrato de concessão estará longe de ser cumprido, perante a ineficácia e a irresponsabilidade de políticos eleitos que vão da autarquia ao governo, embora a autarquia da Mealhada nada tenha a ver com a concessão perante a lei vigente, mas, pretendendo tirar dividendos a seu favor e não do Luso, como ultimamente se tem visto, não tem tido, a par dos órgãos governamentais da tutela, homens capazes de defender os interesses nacionais, não só aqui, como em muitos sectores onde se tem vendido tudo a patacos com prejuízos para Portugal e os portugueses.
Repouso e relax na sala de descanso
No Luso, por meio tostão de mel coado mantém-se a concessão em permanente hibernação sem a evidente defesa dos interesses nacionais. Acredito que um dia, com gente idónea, capaz e cidadãos conscientes dos interesses do país, que são a defesa do cidadão e não dos banqueiros, políticos e corruptos, venham a fazer-se cumprir as leis e também a água do Luso venha a ter um concessionário obrigado a cumprir objectiva e rigorosamente as suas obrigações como tal. Isto porque a razão e os interesses são os interesses dos portugueses e a tutela tem sempre, como gestora da propriedade, a faca e o queijo na mão. Se não o corta é porque não quer, talvez alguma vez se consiga apurar porquê. Acredito que gente que saiba governar um país com consciência e dever de servir honestamente, possa governar o património que é de todos nós, portugueses, entre ele esta pequena parcela que é a mina donde nasce a água do Luso. Enquanto isso, o Luso tem que viver com o Zero de compensação que lhe é atribuído. São poucos, os eleitores e nenhumas as vontades, mas é vergonhoso que se dê o subsolo á exploração estrangeira sem a devida compensação por parte dos exploradores que vem sucessivamente enganando e manipulando a seu favor a destruição do património termal.