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ÁGUASDOLUSO

BURRIQUEIROS,OS QUE TOCAM OS BURROS...

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BURRIQUEIROS,OS QUE TOCAM OS BURROS...

23
Jan14

PARQUE DE CAMPISMO

Peter

Imagem de bungalwos do Parque de Campismo do Luso.

L i por aí em média avulsa que o parque de campismo do Luso vai de novo  a concurso de concessão e  o caso leva-me a assumir  que o parque afinal ainda não morreu, embora na prática pareça extinto e esquecido na administração municipal. As razões do raciocínio são visíveis e convém relatar algumas delas numa altura em que o Luso passa  por uma crise maior que o próprio país e por um período de abandono e destruição que o atirou para o saco das aldeias mais despidas da região onde apenas uma fonte que a liberdade dos utentes transforma semanalmente em charco fornecedor é o recurso que resta. Podemos chamar-lhe com muito boa vontade recurso turístico, tal como o podemos fazer à Mata Nacional do Buçaco, hoje uma “obra prima” de gestão municipal que nunca chegará a outro patamar por esta via senão à destruição do património. Veja-se o recente incêndio que levou de Josefa de Óbidos um valioso quadro seiscentista datado e assinado pela autora. A negligência da incapacidade estende-se como os tentáculos dum polvo!

Mas a verdade é que terminada  a  concessão do campismo, o concessionário queria uma piscina que a  Câmara da Mealhada   recusou, o parque perdeu o movimento que tinha que não sendo grande era um inicio animador e perdeu assim a sua existência no guia internacional  do gestor que o divulgava eficazmente por todo o mundo. E digamos que a piscina chegou a constar do projecto e tinha um custo, se me não falha a memória, de vinte e cinco  mil euros. Nada de especial  para o tamanho da obra. Porém, entre as trocas de  autarcas que se efectuaram durante a construção , a piscina sumiu-se, não se sabe se  do projecto se das vontades de a fazer ,mas  não foi feita ,desculpando-se o novo politico com a sua inexistência no papel  e o cessante com a sua existência no projecto. O  parque, esse é que ficou a perder na sua competitividade com a falta desta estrutura de apoio. Acrescentemos os acessos viários que nunca foram feitos, nem sequer melhorados os  existentes  e aquela zona do Luso deixou de contar para a administração da autarquia. A local, da mesma cor, evidentemente calou-se.

É pena que hoje o campista tenha que circular por estradas de  quarta categoria para chegar ao seu destino e  corra o perigo de ser atropelado nas suas deslocações pedonais por não existirem passeios para peões e muito menos para ciclistas. Obrigado a utilizar um troço de  estrada sem regras de trânsito fiáveis, só por mero acaso ainda não morreu ninguém entre as mais de setenta famílias que ali moram  ou os tais campistas que procuram o centro do lugar, o mercado, a fonte  ou o resto das Termas. Para um município onde se vêm estas estruturas destinadas aos peões em pinhais e terras de cultivo, é estranho o fenómeno! Depois durante a noite  a iluminação pública espaçada e tuberculosa , não deixa perceber a quem circula onde põe os pés, além de meter medo a um estranho  que pagou uma taxa presumida para beneficiar dum parque de campismo oficialmente rotulado.

Estas estruturas não foram feitas porquê? Só pode haver uma razão  para cada caso, o campista não vota na Mealhada  e o cidadão não paga impostos ao município. A ter estas razões, as únicas visíveis, a Câmara faz como a mordomia das festas do Senhor! Batem á porta para pedir o obulo mas  no dia a musica não aparece,a procissão muito menos, as ornamentações ficam-se lá por cima  e os foguetes ouvem-se de longe.

 No caso da Câmara estou convencido que ninguém pagará impostos e a discriminação aí está! Porque afinal , dinheiro há. Há para o futebol, pavilhões, entrudos,para associações recreativas comprarem capital de empresas, para sucata imobiliária, para substituir  escolas novas por novíssimas escolas, para levantar pisos de ruas e granitar o chão, para manutenções de estádios entregues com oportunismo ao município, e outras barbaridades. A equipa de gestores mudou, não tanto como parece ,mas no caso do campismo o seu primeiro promotor voltou à liderança na mesma estaca onde o deixou ficar. Vamos ver se desta vez o resultado é outro. Quinze anos depois, é mais que tempo para acabar a obra!                                                                

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